Ceia de Natal. A sala estava cheia de gente. Nós, os mais novos, ficámos instalados numa pequena mesa de apoio já que não havia espaço para todos. A conversa estava muito animada: falávamos dos presentes do dia anterior (suponho eu…), das últimas aventuras, enfim, de assuntos de adolescentes…
O peru, a batata assada e o esparregado pululavam pelos pratos. O meu primo, homónimo, sentado entre mim e o Tulius, tal cirurgião experiente, explorava as entranhas do pedaço de animal que lhe tinha calhado em sortes. A certa altura, com um ar triunfal, apresentou-nos espetada no garfo uma pequena bola tipo rugby e exclamou: “Olha um ovinho! Hum que sorte!”. Comeu-o logo a seguir de uma só vez. Pouco depois apareceu outro: “Olha outro!”. Naquela altura o pessoal da mesa de apoio começou a ficar invejoso. Entretanto, a excitação pelas descobertas despertou a atenção dos mais velhos: “Então o que é que se passa?” perguntou o meu pai. “Estou a comer ovinhos de peru”, respondeu o meu primo. “Ovinhos de peru? Quais ovos de peru, isso são os testículos!”. Ante tal explicação, a expressão do meu primo passou rapidamente de triunfal a enjoada e envergonhada. A risota foi geral. O meu primo ainda argumentou, com ar desesperado, que tal não era possível, que aquelas bolinhas estavam dentro do animal, não estavam numa bolsa coberta de pêlos, …ou penas!!!
Um peru com testículos!.. Na altura não me passava pela cabeça que as aves partilhassem connosco tais protuberâncias. O assunto conduziu a minha memória para aquela anedota pequenina e deliciosa, o passarinho uiui: “Era um passarinho muito pequenino que tinha uns tomates muito grandes. Então, sempre que aterrava, fazia UI, FFFF, UI, UI!”
É claro que o inventor da anedota não usufruiu desta lição de anatomia…
O peru, a batata assada e o esparregado pululavam pelos pratos. O meu primo, homónimo, sentado entre mim e o Tulius, tal cirurgião experiente, explorava as entranhas do pedaço de animal que lhe tinha calhado em sortes. A certa altura, com um ar triunfal, apresentou-nos espetada no garfo uma pequena bola tipo rugby e exclamou: “Olha um ovinho! Hum que sorte!”. Comeu-o logo a seguir de uma só vez. Pouco depois apareceu outro: “Olha outro!”. Naquela altura o pessoal da mesa de apoio começou a ficar invejoso. Entretanto, a excitação pelas descobertas despertou a atenção dos mais velhos: “Então o que é que se passa?” perguntou o meu pai. “Estou a comer ovinhos de peru”, respondeu o meu primo. “Ovinhos de peru? Quais ovos de peru, isso são os testículos!”. Ante tal explicação, a expressão do meu primo passou rapidamente de triunfal a enjoada e envergonhada. A risota foi geral. O meu primo ainda argumentou, com ar desesperado, que tal não era possível, que aquelas bolinhas estavam dentro do animal, não estavam numa bolsa coberta de pêlos, …ou penas!!!
Um peru com testículos!.. Na altura não me passava pela cabeça que as aves partilhassem connosco tais protuberâncias. O assunto conduziu a minha memória para aquela anedota pequenina e deliciosa, o passarinho uiui: “Era um passarinho muito pequenino que tinha uns tomates muito grandes. Então, sempre que aterrava, fazia UI, FFFF, UI, UI!”
É claro que o inventor da anedota não usufruiu desta lição de anatomia…
A imagem é daqui
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2 comentários:
Bela história. E estás a perder a cabeça: tomates numa mensagem de toi. Tás louco ou quê, olha lá as nossas avozinhas...
Hilariante, meu caro! Hilariante!
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