Esta história é mais uma do Algarve. Desta vez férias da Páscoa. Local: Lagos, as usual. Já tínhamos ouvido falar do Zapata, um bar onde tinham ferido ou morto um tipo. Fomos (tanto quanto recordo pelo menos eu e o Óscar) até lá. Não que fossemos valentões, mas porque tinham dito que era o único bar com gente naquele Março.
Pensava que era um bar lúgubre, mas sai-nos um duplex todo catita, branquinho e tudo.
Miúdas, nada. Era quase tudo pica-chouriços nacionais ao balcão com a cervejola a arrefecer a mão.
Fomos para o andar de cima e vimos duas misses bem ajambradas com ar teutónico. Mas muito bem esgalhadas. Ficámos a ver em que paravam as modas. E vimos quasi boquiabertos que não havia dupla de pica-chouriços algarvios e quejandos que não aterrasse na mesa para meter conversa. Mas nem chegavam a sentar-se. E se se sentavam eram corridos com a pressa de um fósforo. De facto, as mädchens despachavam os rançosos com grande rapidez. E era um corropio de duplas a tentar.
Eu vendo como os profissionais eram despachados, olhei para o Óscar com ar de quem não tem qualquer hipótese, mas o Óscar, senhor de uma grande autoconfiança, não achou assim. Logo que a última dupla de pica-chouriços foi corrida, o Óscar, seguido por mim descrente, dirigiu-se para a mesa das duas raparigas e em inglês solta esta:
« - Já vi que hoje vocês estão muito concorridas e não vos queremos maçar como os outros. Vocês parecem muito interessantes. Fica, talvez, para amanhã?»
« - Não, não, claro que não aborrecem, sentem-se, por favor, estes tipos daqui são uns chatos e vocês parecem tão diferentes, podem sentar-se», responderam solícitas e simpáticas.
E nós sentámo-nos.
O resto, como diz o outro, é história...
2 comentários:
Estes publicitários...
Tá visto que pica chouriço não deu. Deu o chourição do norte.
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