domingo, 30 de novembro de 2008

Pink Floyd: Time

Para ouvir enquanto lemos as publicações do Labrosca...
TIME...
Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain
You are young and life is long and there is time to kill today
And then one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run, you missed the starting gun
BREATHE...
For long you live and high you fly
But only if you ride the tide
And balenced on the biggest wave
You race toward an early grave.

THE LUNATIC IS ON THE GRASS
THE LUNATIC IS IN MY HEAD...
THERE'S SOMEONE IN MY HEAD BUT IT'S NOT ME.
Money, get back
I'm all right Jack keep your hands of my stack.
Money it's a hit
Don't give me that do goody good bullshit
I'm in the hi-fidelity first class travelling set
And I think I need a Lear jet...

sábado, 29 de novembro de 2008

Casa Matos: o império do arroz de grelos!

O último encontro foi bastante concorrido. Dez esfomeados atacaram sem dó orelha grelhada com alho e coentros, choquinhos em caril, lulas recheadas com alheira, pataniscas de polvo, mão-de-vaca com feijão vermelho, moelas e carapauzinhos em escabeche. Tudo acompanhado com o esplendoroso arroz-de-grelos (o melhor arroz da galáxia!) e bem regado com o tinto da casa, um vinho alentejano da região de Pias a € 3.5 a garrafa (!!!) capaz de se bater com outros cinco vezes mais caros.
Um lugar como este, onde se come divinamente e se paga muito pouco, existe mesmo! É em Salreu (Estarreja). E ainda por cima prima pela limpeza e pela simpatia do dono e dos empregados!
Pois é. Como é tão bom, repetimos a dose e voltámos ao "lugar do crime" um mês após a última tertúlia.

A conversa versou essencialmente três temas: o blogue, vinhos e fotografia. Como sempre, aprendemos qualquer coisa nestes encontros. Fiquei por exemplo a saber que a tendência actual é para os vinhos serem cada vez mais semelhantes uns aos outros por culpa de senhores como Robert Parker e da tão badalada globalização.
Família, política e actualidade, com a avaliação dos professores à cabeça, foram também assuntos versados durante o jantar.

O próximo encontro será a 19 de Dezembro. Desta vez vamos atacar para os lados do Porto. Os petiscos que se cuidem!

O melhor e o pior de Espanha

Estranhamente, não temos nenhum visitante espanhol. Só para provocar a procura aqui vão as
10 coisas que eu gosto em Espanha:

- Vista aérea de Barcelona e Barcelona
- Bares de Tapas e tapear con amigos
- Churros ao pequeno almoço
- O salero
- Flamenco e seus cantadores
- a Língua Castelhana (que me pone...)
- a Happy Hour (nós temos o tristonho lusco-fusco)e as cañas
- A mentalidade «aproveita a vida hoje»: isso inclui comer, beber, dançar e f...!
- A sociabilidade (qualquer pessoa te fala com facilidade na rua);
- Espanholas com pouca maquilhagem (há poucas) a beber cava ao fim da tarde


e as cinco que não gosto
- O mau café (em todas as províncias de norte a sul nunca aprenderam a tirar um cimbalino);
- Touradas e toreros;
- El Corte Inglés (o shopping marado);
- Televisão reality show, filmes e séries dobradas (Marlon Brando com sotaque de Alcalá de Henares dá vontade a apanhar o avião).
- A importância da vida cor-de-rosa.

Madcon

Beggin’

Perdoem mas não resisto!
Esta é a minha paixão mais recente – se calhar não vai durar muito mas enquanto dura delicio-me…!
Noruega?! Hem!!
Ah, quero lá saber…! É África! É ritmo! É alegria! É… contagiante! Adoro!
Quem consegue manter os pés colados ao chão?

É para ouvir out loud!

A importância do protector solar

Cuidado com a tradução, que é marada...


Ana Free

É a minha mais recente embirração, logo seguida de André Sardet.

  • A primeira porque não sabe cantar e muito menos tocar;
    .
  • O segundo pela profundidade (ou longitude – daqui até à lua!) das suas letras.



  • Da primeira, por vergonha, nem me atrevo a publicar aqui qualquer exemplo;
    .
  • Do segundo, não resisto a transcrever este excerto que me inflama os tímpanos e me desbarata os nervos sempre sou obrigado a ouvir.


(…)
Quanto é que gosto de ti.
Gosto de ti desde aqui até à Lua.
Gosto de ti desde a Lua até aqui.
Gosto de ti simplesmente porque gosto,
E é tão bom viver assim…
(…)

Isto é o que há de pior gosto.
Apetece-me dizer como Almada Negreiros

MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Angie - Rolling Stones

A musica da minha vida!



E em homenagem aos meus amigos... enquanto jantam...
Uma das minhas bandas preferidas da actualidade no tema "Waiting On A Friend" também dos Stones.



I’m not waiting on a lady
I’m just waiting on a friend

Desejo-vos uma noite inesquecível e..., por favor ponham os cintos de segurança durante as viagens!
Espero da próxima não estar sem cheta, para terem o privilégio da minha companhia!

Soon

Em memória daquelas tardes de Inverno da nossa adolescência passadas na praia.

Para o Hagarra.

Cavatina e amigos

É mais um dueto improvável porque Williams não conheceu O´Neill, acho eu. E uma cena hilariante de um filme de sempre - O Caçador.







Amigo

Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».

«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!

«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

«Amigo» é a solidão derrotada!

«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Duetos Improváveis: Du Pré e Torga

Jacqueline Du Pré foi umas das maiores violoncelistas contemporâneas. Infelizmente uma doença degenerativa acabou-lhe com a carreira e com a vida. Aqui está com o marido, Daniel Baremboim, como maestro numa obra de Elgar, cuja linha melódica é reconhecida por todos. Ao lado temos esse homenzarrão que é o Torga, e que, apesar da sua força, derrama momentos líricos como o que agora se publica. Que eu saiba nunca se encontraram...




Mãe

S. Martinho de Anta, 1 de Junho

Mãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?

Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
que não tem coração dentro do peito.

Chamo aos gritos por ti - não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto - sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.

Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!

Duetos Improváveis: Piazolla e Sophia

Começa aqui outra rubrica que não seguirei: Duetos improváveis. Duas personalidades imorredoiras que provavelmente não se conheceram, mas podiam ter-se cruzado em palco e teria sido bonito.
Agora: Piazzolla com a «Milonga del Angel» e Sophia «Porque».



Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Sting: We can't kill our joy!

Sabias que...

...o cinto de segurança é para usar sempre? Saber sabias mas agora vais perceber porquê. (Cuidado com olhares mais sensíveis).


...não se deve atirar água para um incêndio provocado por óleos ou outros líquidos inflamáveis? Não sabias mas vais ver porquê.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Atahualpa Yupanqui

Em meados dos anos oitenta fui ao Rivoli ver um concerto do senhor que a seguir apresento. Foi um concerto que me ficou na memória por diversas razões. Uma era que o cantor, como o verdadeiro artista, era muito sóbrio, simples e disse uma coisa que embatucou a plateia: «Em vez de estarem sempre a bater palmas por tudo e por nada, tentem ouvir a música em silêncio». A sala ficou gelada, mas o resto do concerto foi delicioso. Muitos cantautores deviam seguir mais este mandamento... Sem mais, ei-lo:



Atahualpa era argentino e morreu em 1992. Ficará para sempre na minha memória.

Avaliação dos professores: Ana Drago outra vez...

Se há pessoa que fala de uma forma clara, fundamentada e contundente sobre avaliação ela é a Ana Drago. Que jeito faria a qualquer bancada parlamentar uma deputada deste nível! Isto para não falar do Ministério da Educação (e do ensino em Portugal!).

Avaliação dos professores

Ao ver a animação publicada não pude deixar de pensar na situação caricata do Ministério da Educação tentando a toda a hora remendar o seu MODELO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS PROFESSORES...



Se a Ministra teima em seguir com as suas ideias é bem provável que as histórias tenham um final semelhante!..

Borodin: Prince Igor

Alexander Porfirievitch Borodin nasceu em São Petersburgo, em 11 de Novembro de 1833. Filho natural do príncipe Guedeano (descendente dos Reis de Imeretie), a sua paternidade legal foi atribuída a um servo do príncipe, chamado Borodine.
Apaixonado pela química, e já formado em medicina, aperfeiçoou a sua formação científica em Heildelberg. Na música mostrou dons precoces, mas, aprendeu-a como autodidacta: considerou-se toda a vida um amador e, de facto, dedicaria mais tempo à ciência do que à música, embora a celebridade lhe advenha sobretudo desta última.
Em 1862, conheceu Balakirev, que lhe deu úteis conselhos e integrou-se no célebre Grupo dos Cinco (já conhecia Mussorgsky desde 1856). Devido à falta de tempo e, talvez, também em virtude de lacunas da sua formação musical, compôs pouco, mas todas as suas obras são perfeitas, e algumas valeram-lhe êxitos importantes. Liszt, que o encontrou em Weimar, durante uma das suas numerosas viagens à Europa Ocidental, foi um dos melhores artífices da sua reputação como músico.
Borodin trabalhou durante 18 anos na composição da primeira epopeia musical russa, O príncipe Igor, a sua obra prima (1869-1887), escrevendo, quadro após quadro, o texto e a música. Mas não pode terminar esta importante partitura de que somente alguns fragmentos foram interpretados durante a vida. Muito cansado e envelhecido pela cólera, que tinha contraído, em 1882 ou 1883, morreu subitamente, vítima de uma crise cardíaca, durante um baile de máscaras na Academia de Medicina, na noite de 27 para 28 de Fevereiro de 1887.
Deixou a ópera O Príncipe Igor, terminada por Rimski-Korsakov e Glazunov (São Petersburgo, 1890), 3 sinfonias (da última, apenas 2 movimentos foram terminados por Glazunov), o poema sinfónico Nos estepes da Ásia Central, 2 quartetos para cordas, um quinteto para piano, melodias, bem como várias obras científicas. (Fonte: http://www.classicos.hpg.ig.com.br/borodin.htm).

Da pesquisa pelo Youtube aproveitei três diferentes interpretações:
- A primeira, a mais clássica, é da autoria da Orquestra Filarmónca de Berlim sob a batuta do maestro Seiji Ozawa;
- A segunda é da responsabilidade do grupo vocal Ensemble Planeta;
- A terceira é uma coreografia apresentada pela bailarina Marta Ramos a partir de uma versão moderna adaptada do tema original.

Sei que hoje em dia (sinal dos tempos!) ninguém tem pachorra para gastar tanto tempo numa publicação. Apesar de valer a pena, prometam-me que pelo menos dão uma espreitadela decente (!) em cada um vídeos!..



A Morte o Amor a Vida

Neste momento de dor profunda, um abraço e um poema para o ArViSo, nosso amigo, que não teve sorte agora, mas os amigos estão cá para o ajudar a reerguer-se...



A Morte o Amor a Vida

Julguei que podia quebrar a profundeza a
[imensidade
Com o meu desgosto nu sem contacto sem eco
Estendi-me na minha prisão de portas virgens
Como um morto razoável que soube morrer
Um morto cercado apenas pelo seu nada
Estendi-me sobre as vagas absurdas
Do veneno absorvido por amor da cinza
A solidão pareceu-me mais viva que o sangue

Queria desunir a vida
Queria partilhar a morte com a morte
Entregar meu coração ao vazio e o vazio à vida
Apagar tudo que nada houvesse nem o vidro
[nem o orvalho
Nada nem à frente nem atrás nada inteiro
Havia eliminado o gelo das mãos postas
Havia eliminado a invernal ossatura
Do voto de viver que se anula

Tu vieste o fogo então reanimou-se
A sombra cedeu o frio de baixo iluminou-se de
[estrelas
E a terra cobriu-se
Da tua carne clara e eu senti-me leve
Vieste a solidão fora vencida
Eu tinha um guia na terra
Sabia conduzir-me sabia-me desmedido
Avançava ganhava espaço e tempo
Caminhava para ti dirigia-me incessantemente
[para a luz
A vida tinha um corpo a esperança desfraldava
[as suas velas
O sono transbordava de sonhos e a noite
Prometia à aurora olhares confiantes
Os raios dos teus braços entreabriam o nevoeiro
A tua boca estava húmida dos primeiros orvalhos
O repouso deslumbrado substituía a fadiga
E eu adorava o amor como nos meus primeiros
[tempos

Os campos estão lavrados as fábricas irradiam
E o trigo faz o seu ninho numa vaga enorme
A seara e a vindima têm inúmeras testemunhas
Nada é simples nem singular
O mar espelha-se nos olhos do céu ou da noite

A floresta dá segurança às árvores
E as paredes das casas têm uma pele comum
E as estradas cruzam-se sempre
Os homens nasceram para se entenderem
Para se compreenderem para se amarem
Têm filhos que se tornarão pais dos homens
Têm filhos sem eira nem beira
Que hão-de reinventar o fogo
Que hão-de reinventar os homens
E a natureza e a sua pátria
A de todos os homens
A de todos os tempos.

Paul Eluard, in "Algumas das Palavras"
Tradução de António Ramos Rosa

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Go now...

Aqui está uma bem antiguinha... que os meus amigos não sabiam que era dos Moody Blues

90 Grandes Filmes

Esta é uma lista curiosa de 90 grandes filmes; grande parte deles consta da mesma com toda a justiça; a ordem, bem como a inclusão e a omissão de alguns filmes é "da responsabilidade do autor (da lista... claro!).
Pareceu-me interessante, no mínimo, pela oportunidade de relembrar alguns grandes títulos.
Salvo uma ou outra excepção, não são, obviamente, os "filmes da minha vida"... e a ordem ainda me parece mais questionável.



#90 The Crow 1994
#89 The English Patient 1996
#88 True Romance 1993
#87 Rain Man 1988
#86 Die Hard 1988
#85 The Green Mile 1999
#84 Amelie/ Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain 2001
#83 Twelve Monkeys 1995
#82 The Bridge on the River Kwai
#81 Schindler's List 1993
#80 Cries and Whispers/ Viskningar och rop 1972
#79 Modern Times 1936
#78 Crimes and Misdemeanors 1989
#77 Raiders of the Lost Ark 1981
#76 The Terminator 1984
#75 Bonnie and Clyde 1967
#74 Blade Runner 1982
#73 Downfall/ Der Untergang 2004
#72 Marathon Man 1976
#71 The Maltese Falcon 1941
#70 The Pianist 2002
#69 Midnight Cowboy 1969
#68 The Matrix 1999
#67 Reservoir Dogs 1992
#66 Turtles Can Fly/ Lakposhtha parvaz mikonand 2004
#65 The Silence of the Lambs 1991
#64 Life is Beautiful/ La Vita è bella) 1998
#63 The Omen 1976
#62 The Rocky Horror Picture Show 1975
#61 Jaws 1975
#60 V for Vendetta 2005
#59 Taxi Driver 1976
#58 Apocalypse Now 1979
#57 Dog Day Afternoon 1975
#56 The French Connection 1971
#55 The Last of the Mohicans 1992
#54 Spartacus 1960
#53 Annie Hall 1977
#52 Spring, Summer, Fall, Winter... and Spring/ Bom yeoreum gaeul gyeoul geurigo bom 2003
#51 The Treasure of Sierra Madre 1948
#50 Nosferatu/ Nosferatu, eine Symphonie des Grauens 1922
#49 Throne of Blood/ Kumonosu Jô 1957
#48 Heat 1995
#47 Pulp Fiction 1994
#46 Kagemusha/ The Shadow Warrior 1980
#45 The Elephant Man 1980
#44 Forrest Gump 1994
#43 Jean de Florette 1986
#42 One Flew Over the Cuckoo's Nest 1975
#41 Pride and Prejudice 2005
#40 The Seventh Seal/ Det Sjunde inseglet 1957
#39 The Deer Hunter 1978
#38 Yojimbo 1961
#37 Monty Python and the Holy Grail 1975
#36 Chinatown 1974
#35 City of God/ Cidade de Deus 2002
#34 Star Wars: Episode IV - A New Hope 1977
#33 The Dirty Dozen 1967
#32 Natural Born Killers 1994
#31 Scarface 1983
#30 The Lord of the Rings: The Return of the King 2003
#29 Easy Rider 1969
#28 Rashômon/ In the Woods 1950
#27 12 Angry Men (Twelve Angry Men) 1957
#26 The Good, the Bad and the Ugly/ Il Buono, il brutto, il cattivo 1966
#25 Faust/ Faust - Eine deutsche Volkssage 1926
#24 Sunset Boulevard 1950
#23 Ordinary People 1980
#22 Dr. Strangelove (or How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb) 1964
#21 The Shawshank Redemption 1994
#20 Once Upon a Time in the West 1969
#19 The Great Dictator 1940
#18 The Godfather: Part 2 1974
#17 For a Few Dollars More/ Per qualche dollaro in più 1965
#16 Monty Python's Life of Brian 1979
#15 The Cabinet of Dr. Caligari/ Das Cabinet des Dr. Caligari 1920
#14 Léon (The Professional) 1994
#13 Excalibur 1981
#12 Psycho/ Alfred Hitchcock's Psycho 1960
#11 Casablanca 1942
#10 The Shining 1980
#9 The Boat/ Das Boot 1981
#8 Henry V 1989
#7 To Kill a Mockingbird 1962
#6 The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring 2001
#5 A Clockwork Orange 1971
#4 Ran/ Chaos 1985
#3 The Godfather 1972
#2 Blue Velvet 1986
#1 The Seven Samurai/ Shichinin no samurai 1954

O carteiro entrega a carta...

Começa mal, mas...

Body Heat - a paixão

Quando um homem perde a cabeça...

A melhor coboiada de sempre

E o melhor duelo de sempre:

Isto é uma declaração de amor

Sem mais palavras:

Maus, sujos e feios

Talvez a melhor abertura cinematográfica de sempre...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Cenas para sempre...

Inicia-se (ou não) aqui uma nova rubrica: cenas de filmes da minha vida.
Eis aqui uma que acho que é todo um programa de vida: companheirismo, desenrascanço, tolerância e classe. Num minuto. Se isto não é cinema...

A espantosa realidade das cousas

A espantosa realidade das cousas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada cousa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.

Basta existir para se ser completo.

Tenho escrito bastantes poemas.
Hei de escrever muitos mais. naturalmente.

Cada poema meu diz isto,
E todos os meus poemas são diferentes,
Porque cada cousa que há é uma maneira de dizer isto.

Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada.
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.

Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.

Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem estorvo,
Nem idéia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.

Uma vez chamaram-me poeta materialista,
E eu admirei-me, porque não julgava
Que se me pudesse chamar qualquer cousa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.

Alberto Caeiro

Upa la guitarra clássica e os seus 20+1 maiores de sempre

Eu ontem elegi o tio Narciso Yepes como o maior violonista de sempre, mas a pedido de várias vozes, aqui vai uma lista dos 20 + 1 maiores violonistas de sempre:

Fernando Sor
Francisco Tárrega
Laurindo Almeida
Alexandre Lagoya
Heitor Villa-Lobos
Narciso Yepes (o tal de ontem)
Manuel Barrueco
Leo Brouwer
Gabriel Estarellas
Carl Volk
Sharon Isbin
David Tanenbaum
Andrew York
Eliot Fisk
Nigel North
Pepe Romero
Filomena Moretti (já aqui a apresentei) em quinto lugar
Ana Vidović (merece que vejam no tu tubo) em quarto,

Em segundo e terceiro lugares:
Julian Bream
e John Williams
que podem ver numa das músicas da minha vida - Clair de Lune, de Claude Debussy


e Andrés Segovia (para muitos o maior de sempre, il numero uno) a seguir nesse monumento que é «Asturias», de Isaac Albéniz (Ana Vidović por exemplo é mais rápida e perfeitinha mas o mestre ostenta outra alma). Apreciem:

Jantar confirmado! Iabadabadu!..


O jantar está marcado para 8 pessoas (as que se inscreveram no blog ou através do telefone).

Vamos optar pelo mesmo circuito do mês passado: 20.00 / 20.15 horas no Alex. Arrancamos por volta das 20.30 horas utilizando o número mínimo possível de carros. O jantar está marcado para as 21.00 horas.

Sugiro que vão entretanto pensando numa opção para a fase dois (leia-se do copo!).

Lisa Ekdahl na Casa da Música (18/Novembro)

Tudo aconteceu ao contrário das minhas previsões.

As minhas expectativas estavam em alta para o concerto: os temas que Ekdahl canta são de um modo geral interessantes; os arranjos são muito ao meu gosto, balanceando entre o soft jazz e a bossa nova; os músicos que a acompanham nos álbuns, especialmente o flautista e o guitarrista, são do melhor... um único senão: o timbre e a fragilidade da sua voz que, imaginava eu, daria algum trabalho aos engenheiros de som dos estúdios de gravação.

Início do concerto. Ekdahl entra no palco... o quê? Onde foi ela arranjar aquela indumentária toda tão pirosa? Chapeuzinho de palha, vestido todo às flores com botas (sapatos?) brancas...
Depois a atitude: uma verdadeira dondoca, dengosa, misto foleiro de mulher fatal e jovenzinha inocente (ao estilo da Marylin, mas muuuuitos furos abaixo!). Intervenções despropositadas e sem graça... caso para dizer: uma verdadeira desgraça!

Os músicos começam a tocar. Onde está a viola acústica? E a flauta? Os temas foram todos travestidos de uma nova sonoridade. Ok, não estava nada mal! Mas eu vinha com o ouvido preparado para outra coisa... Daybreak sem batida de bossa? Sem aqueles magníficos solos de flauta? Pois foi. Foi assim mesmo!

A parte surpreendente do concerto foi a sua voz. Frágil? Sim, mas muito segura, com nuances, por vezes sussurrada, e sobretudo com um falsete de se lhe tirar o chapéu (de palha! Está claro!). A voz é realmente qualquer coisa! E ainda por cima cantou menos vezes à bebé, o que me deixou extremamente feliz!

Resumindo e concluindo: foi bom mas..., Ah, nada para ficar retido na memória.

domingo, 23 de novembro de 2008

Eis o grande Narciso Yepes...

Há muito quem não goste do tipo de afirmações «este é o melhor que há», «é impossível melhor», etc., porque já se sabe que não são politicamente correctas e ninguém gosta de se pôr a jeito de ser contraditado. Pois bem, eu não! Para mim, Narciso Yepes é o maior violonista de sempre. Ele é técnica, à-vontade, criatividade, segurança, respeito pela partitura e loucura.
Vejam (num tema que permite comparações e que é uma das músicas da minha vida)

Charlie Chaplin: O génio do cinema

Durante esta última semana tive o privilégio de rever o saudoso Charlie Chaplin em dois filmes fantásticos: "A Quimera do Ouro" e "Tempos Modernos". Este último é verdadeiramente um dos filmes da minha vida!

Argumento, realização, música, interpretação... tudo vindo da cabeça deste homem, deste verdadeiro génio. Tudo com uma qualidade assombrosa!
Cenas hilariantes, outras comoventes, uma forte mensagem política e social, tudo na mesma película! Temas musicais que ficaram para a posteridade... é impossível ficar-se indiferente!

O "Ciclo Chaplin" vai seguramente continuar cá por casa nos tempos mais próximos.

Deixo-vos, entretanto, estes pequenos excertos para vos aguçar também o apetite...

Arroz de grelos volta a vencer!


Finda a votação é necessário que hoje, domingo, toda a gente faça a sua insrição para o encontro. O tempo é apertado. Agradecia que contactassem os monamis mais distraídos, já que nos últimos eventos passei a vida agarrado ao telefone e ao correio electrónico. Segunda-feira vou fazer a marcação (contando com os entretanto inscritos).
Se por acaso já não houver lugar sugiro que:
1) Se opte pela segunda alternativa mais votada (nesse caso terá que ser o Labrosca a marcar mesa!)
2) Caso não seja possível, poderemos revisitar a casa mãe.

Não deixem os petiscos arrefecer!!!

sábado, 22 de novembro de 2008

Afinal onde é que estamos?



E acham que isto se resolve com diplomacia? Isso gostava eu mas o melhor era dar-lhes com as tabuletas.

Sabias que...

Garfield, o obeso gato comedor de lasanha, ganhou um clone no mundo real? Pesa 16 quilogramas e mora em Itália. Confirma.

Na Florida, é ilegal uma mulher solteira, divorciada ou viúva praticar pára-quedismo ao domingo à tarde?

No Líbano os homens podem ter relações com animais, desde que estes sejam fêmeas? E que se o fizerem com animais machos sujeitam-se à pena de Morte?

No nosso blog, é necessário rodar o botão central do rato pelo menos 15 vezes até se poder visualizar o Arquivo do Blog?!!!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Safari fotográfico

O caminho para o êxtase da FOTOGRAFIA. O Óscar leva-nos lá!

Toiiiiinnnng! Cá estou de volta!


TÓIIIING...! Cucu! Voltei ao vosso convívio! E estive eu fechado nesta caixa a passar fome e a carpir as desgraças da humanidade este tempo todo! Mas, enquanto a nuvem se vai dissipando, vou aproveitando para dar umas garfadas e umas facadas no nosso blogue à medida que a inspiração se aproveite da sanidade cerebral. Então vá!

Steve Harley 'Sebastian' (1984)

Ainda no registo das músicas de (e da!) garagem um tema "intemporal" que conheci num single vinil (45 rpm) do Óscar (um dos meus mestres na disciplina de "bom gosto musical") e que muitos anos mais tarde recuperei em CD...
PS: O original tem mais de 30 anos!..

O Carnaval mais insólito


Caminha tem uma magia muito especial. Naquele pequeno extremo do nosso país vivi histórias inesquecíveis! Hoje vou contar uma.
Dois anos ou três depois de casado eu e a minha companheira, ainda sem filhos, decidimos aproveitar as férias de Carnaval para dar um passeio pelo Minho. Por mera coincidência, porque o Entrudo não nos dizia nada de especial, ficámos alojados na Estalagem da Boega (Vila Nova de Cerveira) precisamente na noite dos sambas e das serpentinas.

À hora do jantar começámos a conhecer a personagem, totalmente excêntrica e singular, que foi a grande protagonista da noite.

Um tal Sr. Amorim, dono da estalagem, pegou numa sineta e, fazendo-a soar, avisou que a refeição iria ser servida. A forma como organizou o jantar e se dirigiu às pessoas, autoritária e pouco afável, causou-me algum incómodo e surpresa. Parecia que nós éramos "paus mandados" às suas ordens. Que fazia o favor de nos receber.

Durante o jantar, foram inúmeras as peripécias que se foram sucedendo: "Não gosta? Então come menos porque não há mais nada para servir"; "Quem é que sabe cantar? E tocar viola?" E sem que desse tempo às pessoas para se manifestarem lá apontou dois ou três desgraçados para animarem a noite. Eu, porque a minha companheira começava a alinhar no jogo, fui um dos voluntários à força.

Passado o impacto inicial o pessoal começou a baixar as defesas e a alinhar na brincadeira. Depois do jantar lá fomos todos à ordem do Sr. Amorim para o bar da Estalagem. "Podem beber o que quiserem por conta da casa, hoje é Carnaval!". As pessoas entreolharam-se boquiabertas e começaram a conviver animadamente.

A certa altura, a dita personagem vira-se para mim, para a minha companheira e para mais 5 ou 6 pessoas e diz: "Tu, tu e tu venham comigo. " Ninguém se questionou. E lá fomos em dois ou três carros rumo a "sabe-se lá onde"!..

Pouco tempo depois parámos numa bruta moradia, propriedade de um amigo do Sr. Amorim. Entrámos para a cave onde existia um piano de cauda, várias violas e uma enorme e acolhedora lareira.

Virando-se para nós iniciou as apresentações: "Este casal é de Lisboa. Ele é psiquiatra e ela artista plástica. Aquele senhor chama-se Costa e é Industrial"... e as identidades fictícias que ele nos arranjou, fruto de uma imaginação delirante, continuaram a fazer as delícias de todos!

A noite foi inesquecível! Muita música, vinhos de Bordéus, presunto Pata-negra, queijos dos mais variados gostos, feitios e proveniências.

Era já manhã quando regressámos à estalagem. Enquanto lavava a cara em frente ao espelho da casa de banho dei por mim a pensar se tudo não tinha passado de um sonho. É que estas coisas só acontecem nos filmes!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Safari fotográfico

A administração do blogue continua a aguardar o envio das imagens do safari fotográfico "Mata do Mezio (Soajo)".


Galina Gorchakova

Momentos de ouro, vozes celestiais. Cantoras já vistas ao vivo por este vosso amigo. Eis uma: Galina Gorchakova dona de um vozeirão. E muito simpática como pessoa.

Domingo à tarde por cima do M'bridge...

Já contei uma ou duas histórias sobre a minha infância e pré-adolescência em Angola. Vou contar outra.
Em Angola não havia televisão, nem shoppings (oh, que chatice!) nem nada. Daí que o pessoal passasse a vida fora de casa (dentro, por vezes, era um forno) em lancharadas, jantaradas e outras patuscadas. Lembro-me de um gazebo (a palavra em português é coreto?) numa das esplanadas em que se estava e petiscava divinamente, mas depois contarei essa.
O que quero contar agora é outra coisa. Aos domingos a pasmaceira era total. Então, por vezes, à tarde o meu pai levava-me ao aeroporto (Ambrizete tinha duas ruas asfaltadas, mas tinha dois aeroportos - em terra batida, claro) e eu adorava aquele programa cheio de «frisson». Só à vista do cone de vento já ficava arrepiado...
Então, o meu pai alugava uma avioneta e pedia ao piloto para dar umas voltas. Uh, era demais! A pista do aeroporto era curta (daí a construção do novo e segundo aeroporto mas que mal experimentei) e já na descolagem quase me saíam os bofes com as rodas quase a tocarem as copas das árvores gigantescas que bordejam o rio M'bridge.
Depois era o êxtase, com o piloto a fazer voos rasantes (parecia-me, provavelmennte estava a mil metros de altitude) e a pôr em debandada toda a bicharada que se possa imaginar - pacaças (bois selvagens), palancas, antílopes, passarada de todo o género, raça, feitio e cores. Até hipopótamos imóveis no rio se viam. Então a passarada e esvoaçar louca com o ruído da avioneta era qualquer coisa de glorioso...
Bom, se já viram o «África Minha» podem ter uma ideia muito aproximada.
Depois das cabriolas todas enquanto comia umas goiabas refastelado ao lado do piloto e já meio surdo do teco-teco, era o regresso.
Mas lembro-me sempre que nesses domingos à noite estava tão excitado que o sono nunca vinha e eu lá revivia segundo a segundo a aventura como um mini-batedor nos céus de África.
Ainda hoje, por vezes, ao domingo, o sono custa a chegar...

A propósito da última declaração pública da Al-Qaeda...

O segundo na linha de comando da rede terrorista Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, criticou ontem o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, e afirmou que “um legado de falhas e crimes” o aguarda na Casa Branca. Num vídeo de 11 minutos divulgado pela internet, Zawahiri comparou repetidamente Obama com o muçulmano Malcolm X, activista negro americano assassinado em 1965.

“Você (Obama) representa directamente o oposto de negros americanos honoráveis como Malik al-Shabazz (Malcolm X)”, afirmou Zawahiri. “Você nasceu de um pai muçulmano, mas escolheu tomar a posição dos inimigos dos muçulmanos e rezar as preces dos judeus”, declarou, enquanto era exibida uma imagem de Obama no Muro das Lamentações, em Israel.

No vídeo divulgado ontem Zawahiri disse ainda que, assim como Obama, o ex-secretário de Estado Colin Powell e sua sucessora no cargo, Condoleezza Rice, confirmam a definição de “negros domésticos”. O termo era utilizado com frequência por Malcolm X para se referir a negros subservientes aos interesses dos brancos. (Notícia completa aqui).

Esta declaração demonstra o grande impacto que a eleição de Obama teve no mundo. É nada mais que um esforço no sentido de reforçar o sentimento de hostilidade dos islâmicos relativamente aos americanos.

O que Zawahiri não compreende, porque não pode (e não quer) compreender, é que foram também os negros (numa esmagadora maioria) que contribuíram para a eleição do actual presidente e que Obama representa, de uma certa forma, a unificação do povo americano em torno de um ideal comum.

Obama não agrada (não pode agradar!) aos radicalistas e extremistas. Mas, no seu país, reduziu-os à sua verdadeira insignificância. A Al-Qaeda já percebeu o risco que ele representa para o movimento em termos de apoio popular. Por isso reage. Esperemos que, apesar de tantos inimigos, o novo presidente consiga (re)construir as pontes do diálogo e da concórdia entre os povos.

Estará à vista o primeiro consórcio automóvel ecológico europeu?

Berlim, 19 Nov (Lusa) - A empresa de energias renováveis SolarWorld anunciou hoje que pretende comprar a Opel, a atravessar uma situação difícil devido à quebra na procura de veículos, e transformá-la "no primeiro consórcio automóvel ecológico europeu".

A proposta abrange as quatro fábricas da Opel na Alemanha e o centro de pesquisa em Ruesselheim.
A SolarWorld, numa "Corporate News" enviada à Bolsa de Frankfurt, afirma que está em condições de pagar 250 milhões de euros em dinheiro e que pretende obter mais 750 milhões de euros através de uma linha de crédito a obter com um aval do governo alemão.

Condição prévia para a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Opel é a completa separação da empresa da casa-mãe, a norte-americana General Motors.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Quem fotografa assim não é bruto!..





Brutus Östling (1958) é um dos principais fotógrafos de aves do mundo. Ganhou, por duas vezes, o prémio WWF Panda Prize, e foi considerado Nature Photographer of The Year no seu país natal, a Suécia.

Apesar de manifestar interesse pela fotografia aos 15 anos Brutus só comprou uma máquina fotográfica 20 anos depois. Porém só começou a envolver-se verdadeiramente por volta dos 40 anos, provando que o talento não tem idade.

Quando resolveu tornar-se fotógrafo de aves teve a consciência que estava a entrar num mundo muito competitivo. Para se destacar da concorrência Brutus optou, não por procurar captar a melhor fotografia, mas por ser original tentando registar momentos que nunca antes tivessem sido vistos.

Quanto às ferramentas criativas existentes no mercado e ao tratamento digital das imagens Brutus é totalmente a favor do seu uso: "Digo sempre aos amadores para fazerem o que quiserem com o Photoshop. Cabe a eles decidirem quão longe querem ir".

É claro que não há ferramenta digital no mundo que forneça a qualidade e a criatividade das imagens de um fotógrafo como este!..
Ver o seu site aqui


Magalhães só para aluno (e eleitor!..) ver

José Sócrates entregou portáteis Magalhães numa escola de Ponte de Lima na semana passada. Finda a cerimónia de entrega, os computadores tiveram de ser devolvidos pelos alunos.

Fonte da escola citada no jornal Sol explica que as crianças já sabiam que teriam de devolver os computadores, pois ainda há «questões administrativas a tratar».
Sabe-se que os computadores estão na escola, mas não se sabe «quando é que vão ser distribuídos».

Aparentemente, ainda há que «preencher toda a papelada e os pais que não estiverem abrangidos pelo primeiro escalão da acção social escolar vão ter de fazer o pagamento do computador».

Apesar da visita do primeiro-ministro, os 185 alunos da Escola do Freixo inscritos no primeiro ciclo ainda não sabem quando é que vão receber o Magalhães e foi-lhes explicado que os computadores tinham de ser devolvidos por terem problemas de bateria.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Ainda a avaliação dos professores (agora é a sério!)

Se eu pudesse escolher, esta seria a nossa Ministra da Educação!



Vale a pena também ouvir Fernando Alves (TSF) a propósito da última manifestação dos professores em SINAIS DOS TEMPOS: O Abismo

Burocracia na escola...

Perdoa-me esta ó Tulius, mas não resisto a publicar o sketch!..

Obama continua a não desiludir o mundo...

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu reconstruir "a estatura moral" dos Estados Unidos no mundo na sua primeira entrevista desde que ganhou a disputa para a Casa Branca.

Obama disse que pretende retirar as tropas americanas do Iraque, melhorar a situação no Afeganistão e fechar a prisão em Guantánamo, em entrevista ao programa 60 minutes, da rede americana CBS, que foi para o ar no domingo.

"Eu vou me certificar de que nós não vamos torturar ...", afirmou o presidente eleito.

Este é de facto o caminho correcto para que o mundo volte a olhar para a América como o verdadeiro berço da democracia e o farol da civilização moderna.

Notícia completa aqui.

Ainda o Ensino em Portugal


Nem todos somos "profs", todos somos pais e, muitos de nós, são as duas coisas. A preocupação com este assunto é mais do que legítima. Não queria "chover no molhado"... mas acho que este artigo de opinião vale a pena ser lido...

domingo, 16 de novembro de 2008

Perdoa-me, Donalzira!

Esta é a minha forma de me penitenciar.

Caminhava uma senhora com a sua filha de 4 anos, quando a menina apanhou qualquer coisa do chão que de seguida ia pôr na boca. A mãe ralhou com ela e disse-lhe que nunca fizesse isso.
– Mas porquê? Perguntou a menina.
Respondeu então a mãe que, se estava no chão, estava sujo e cheio de micróbios.
Nesse momento, a menina olhou a mãe com admiração e perguntou:
– Mamã, como sabes tudo isso? És tão inteligente...
Ao que a mãe respondeu:
– Todas as mamãs sabem estas coisas. Quando alguém quer ser mamã, tem que fazer um teste e tem que saber todas estas coisas, se não, não pode ser mamã.
– Ah, já percebi! Se não passasses o teste, tu eras o papá.
Exactamente, respondeu com um grande sorriso!

sábado, 15 de novembro de 2008

Até onde vais com mil euros?

Dois amigos, 1000 euros cada um, duas bicicletas. Uma viagem de Portugal a Dakar... e também um blog que acabou de vencer o 1ºprémio (2008) do "Super Blog Awards".

Vale a pena dar uma espreitadela ao "Até onde vais com mil euros". Entretanto aqui vai o seu 1ºvídeo para abrir o apetite...

Votação

O Pai Natal existe?
Acreditas no Pai Natal?
Declarações de voto obrigatórias para quem participar na votação.

Cartas ao Pai Natal opcionais.
Garanto a quem acredita, a entrega de todos os pedidos
em mãos e atempadamente!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sabias que...

A expressão americana O.K., teve origem na guerra?
Durante a Guerra de Secessão, quando as tropas voltavam para o quartel após uma batalha sem nenhuma baixa, escreviam numa placa imensa: "O Killed" (zero mortos). Daí surgiu a expressão " O.K." para indicar que tudo está bem!

Morreu uma mãe África...

Não sei porquê a mensagem anterior não ficou.
Aqui vai: morreu Miriam Makeba, Mamã África, dona do hit dos anos 70 «Pata Pata». Aqui fica um registo do ano passado já sem voz, mas ainda um símbolo. Agora é mais uma batucada no Céu...

O elogio da diferença

As pessoas são com os tomates do nosso quintal. Imaginem um mundo em que todos fossemos iguais...
Seria certamente muito menos interessante!

Isto vem a propósito da notícia posta a circular recentemente pela comunicação social:
"A Comissão Europeia anunciou que deixará cair a sua política de normalização dos produtos agrícolas".
Já não era sem tempo!

As vantagens são inúmeras:
- Acaba-se com o desperdício. Muitos dos produtos que não tinham o calibre desejado eram por vezes postos de parte. Esta prática não faz sentido nenhum num mundo em que tantos morrem ainda à fome!
- Os pequenos produtores podem escoar os seus produtos em pé de igualdade com os grandes. Muitas vezes isso não era possível por falta de capacidade de produzirem produtos com calibres muito semelhantes.
- Pode haver benefícios em termos de saúde pública. As exigências de normalização levam inevitavelmente ao uso de mais pesticidas e adubos químicos.
- Termina aquela sensação (péssima!) de estarmos perante frutas e legumes feitos de plástico!


Afinal a crise também pode ter os seus efeitos benéficos ao devolver aos decisores o bom senso e a racionalidade!..

Publicação inspirada no artigo "Belos feios" do cienciaaonatural.blogspot.com;
A imagem é da autoria de Claudio Menghetti.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Mitch Mitchell

O britânico baterista Mitch Mitchell, faleceu ontem nos Estados Unidos.
Mitch fez parte da banda The Hendrix Experience, que catapultou Jimi para as luzes da ribalta. O seu virtuosismo, versatilidade e talento trouxeram para o rock os primeiros verdadeiros solos de bateria.

Aqui fica o meu pequeno tributo:
– Primeiro, uma conversa com John Lennon seguido de um blues com Eric Clapton e Keith Richards.


– Segundo um solo seu de 1969.

Haja o que houver

Esta história passou-se há uns anos atrás. Foi assim:

Estávamos, na altura, a ingressar no mundo do trabalho. Um amigo meu comprou, então, uma Diane em 3ªmão. Como consequência, as boleias começaram a ser vistas na perspectiva de quem vai no carro e não o contrário! Foi o que aconteceu naquele Verão. À saída de Lagos passámos por duas raparigas, uma loura e uma morena, que empunhavam um papel dizendo: Lisboa. Os argumentos eram muito fortes: olhámos um para o outro e parámos.

“Vão para Lisboa? Então bora lá!” E partimos em viagem. Devo acrescentar que a morena tinha uma estatura imponente e era bem larguinha de ancas. O Diane fez esta viagem meio desequilibrado, inclinado para o seu lado. Na altura nós éramos pesos plumas e a loura não andava longe…
Apesar de um pouco anafada, a morena tinha uns belos olhos escuros num rosto que poderia definir como o arquétipo da mulher portuguesa (se é que isso existe!..).

Tinham passado uma boa temporada em Lagos a trabalhar num bar, os seus sorrisos cúmplices não as deixavam mentir… e a conversa foi prosseguindo fluída e divertida. E longa! Que o Diane fazia render bem o peixe!

Férias, projectos de vida, viagens, e os quilómetros iam avançando...
Música foi também tema de conversa, já que a morena estava entusiasmada com um convite para integrar um novo projecto musical e o assunto também nos dizia respeito.
Quando nos separámos houve as promessas habituais, nunca cumpridas, de um novo encontro.

Meses depois, qual não foi o meu espanto, revi aquela cara na capa de tudo quanto era órgão de comunicação social. A morena chamava-se Teresa Salgueiro e cantava nos Madredeus.

Não vou mais esquecer, por certo, aquelas horas passadas no velho Diane. Haja o que houver!!!

Mike Oldfield

Michael Gordon Oldfield (Reading, Berkshire, 15 de Maio de 1953), é um músico e compositor inglês, cuja música abrange um vasto leque de influências desde rock progressivo, folk, música étnica, clássica e electrónica, new age e dance. Um dos seus trabalhos mais conhecidos é o álbum Tubular Bells, de 1973.

Mike Oldfield é considerado por muitos, um dos três maiores compositores do século XX (os outros dois seriam John Cage e Frank Zappa). Independentemente do ranking (que é, provavelmente, o que menos interessa!) o facto é que vendeu milhões de exemplares e que alguns dos temas são verdadeiramente geniais.

Seleccionei uma faixa do Tubular Bells II (editado 20 anos depois de Tubular Bells) que me parece muito representativa do génio de Mike Oldfield.

O site também é de muito bom gosto.



quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Localizador de crianças e automóveis

O Child Locator é um serviço que combina comunicações GSM, localização por satélite AGPS (de Assisted GPS, tecnologia GPS melhorada) e uma aplicação Web.

O serviço exige a compra de um pequeno receptor à Inosat e a activação num site específico, que fornece mapas e localizações em tempo real, bem como o histórico dos movimentos da pessoa monitorizada.

O Child Locator contempla ainda a criação de “balizas de segurança”, que determinam as áreas consideradas seguras.

No site, o utilizador pode definir se quer receber, no telemóvel ou no computador, alertas que dão conta de entradas ou saídas nas zonas de segurança.

O dispositivo é suficientemente pequeno para passar despercebido dentro de um bolso do casaco ou de uma mochila.

Os responsáveis da Inosat acreditam que o mesmo dispositivo pode revelar utilidade na monitorização de objectos valiosos.

O Child Locator está à venda por 358 euros e implica o pagamento de tráfego na rede telemóvel relativo ao envio de alertas e actualização de localizações em tempo real.

A Inosat aproveitou ainda para dar a conhecer o Car Locator, um dispositivo que permite a localização e a imobilização do carro (em caso de roubo).

Este serviço contempla o envio de alertas sempre que o veículo sai de um perímetro de segurança pré-definido ou ultrapassa limites de velocidade escolhidos pelo utilizador.

A Inosat está a comercializar este dispositivo que faz localização por AGPS e comunica por GSM, com um preço de 529 euros (com instalação incluída).

A empresa de localização, que desenvolveu os dois novos serviços através do seu departamento de investigação, está em negociações, actualmente, com cadeias de oficinas e stands de automóveis para potenciar as vendas do Car Locator.


Este é um daqueles artigos que espero seja polémico...

Conto com os monami's para sugerirem alternativas de utilização desta tecnologia... e já agora, comecem por revistar bem os carros e o forro dos casacos... "não vá o diabo tecê-las!!!"

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Génios que vêem na escuridão

Stevie Wonder e Ray Charles ao vivo (1973) no tema "Living in the city". Um funky fantástico com a garra e o génio destes dois músicos.

Irvin D. Yalom - "De olhos fixos no Sol"

Só vive quem não foge de morrer...

Irvin D. Yalom (WashingtonDC, Estados Unidos, 13 de Junho de 1931) é um escritor americano. Filho de imigrantes russos, formou-se em psiquiatria na Universidade de Stanford e está há 47 anos em Stanford; é ateu.

O seu primeiro romance foi “Quando Nietzsche Chorou” (1992). Escreveu também “A Cura de Schopenhauer”, entre outros que ainda não tive oportunidade de ler.

Quem escreveu livros extraordinários como os que referi, decerto não vai decepcionar com este…

Reconheço que, após ler a sinopse, lembrei-me daqueles livros de auto-ajuda com que embirro solenemente... mesmo assim vou inclui-lo na lista de prendas da minha carta ao Pai Natal!..

Sinopse

De Olhos Fixos no Sol não é um livro comum. No seu estilo inimitável, Yalom faz uma abordagem única e profundamente encorajadora ao tema da mortalidade. Dando início a uma viagem através dos tempos, começa por recolher as reflexões de alguns dos maiores pensadores de todos os tempos: Séneca, Epicuro, ou mesmo Nietzsche, aliando-os a psiquiatras e psicólogos como Freud, Pinol, Jung, Pavlov, Skinner. Baseando-se na sua longa experiência como terapeuta, o Doutor Yalom constrói uma obra que será, sem dúvida, um marco histórico na compreensão de um dos temas mais importantes para a humanidade. Esta obra ajuda-nos a reconhecer que o medo da morte está na origem de muitas das ansiedades mais comuns na nossa sociedade, e que apenas confrontando-o, poderemos reorganizar as nossas prioridades, comunicar com os que amamos, atingir a realização pessoal e tirar partido das coisas belas da vida. Preenchido com alguns casos reais bastante comoventes – incluindo o próprio autor – “De Olhos Fixos no Sol” oferece métodos específicos para vencer esse medo e atingir uma vida mais feliz e com maior significado.

Confidências, de Almada Negreiros

Poema de Almada Negreiros, São Tomé, 1893-1970


Mãe! Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei!
Traz tinta encarnada para escrever estas coisas!
Tinta cor de sangue verdadeiro, encarnado!
Eu ainda não fiz viagens
E a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar.
Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um.
Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa.
Depois venho sentar-me a teu lado.
Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado!
Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa.
Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exatamente para a nossa casa, como a mesa. Como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!

Steve McCurry: quem não conhece o retrato da menina afegã?











Steve McCurry é um dos mais prestigiados fotógrafos da actualidade. Nasceu na cidade de Filadélfia em 1950. A sua carreira ganhou reconhecimento internacional quando em 1984 conseguiu infiltrar-se no Afeganistão, controlado na época pela Rússia, e fazer uma série de fotografias no acampamento de refugiados de Nasir Bagh. Esta sua reportagem tinha entre muitas, a fotografia que ficou conhecida pela “Menina afegã” e pela qual ganhou praticamente todos os principais galardões internacionais de fotografia. Esta, foi capa da National Geographic em Junho de 1985, tornando-se a mais famosa capa da revista em praticamente 120 anos de existência.

Steve McCurry não se considera um fotógrafo de guerra, acredita que o seu trabalho é mostrar a realidade humana durante um conflito nos rostos das pessoas, “Se o fotógrafo fizer as pessoas esquecer a máquina fotográfica, a alma delas aparece na fotografia”.

Mestre do retrato, o fotógrafo elevou a fotografia-a-cores ao patamar mais elevado, ao nível do melhor preto-branco (quase sempre considerado como a expressão mais nobre na arte de fotografar).

São fotógrafos como este que nos surpreendem, que nos causam inveja mas também nos estimulam e motivam. Que nos fazem continuar a sentir apaixonados pela fotografia.