quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Comitiva, Bebitiva e Passeativa...

Comitiva presidencial para visita de 5 dias aos Açores:

Mulher e mais 30 marujos. A saber: 12 seguranças, chefe da casa civil mai-la mulher, quatro assessores, (o das vacas, o dos sorrisos, o das anonas e o dos sorrisos das anonas) dois consultores (o das vacas e das anonas), o médico pessoal, a enfermeira pessoa, dois bagageiros (o das vacas e o das anonas), dois fotógrafos oficiais (o das vacas e o das anonas) e… um mordomo (acumulava as vacas com as anonas)

Naturalmente, Cavaco nos Açores alerta: «Ninguém está imune aos sacrifícios».

Dasse…

iPhonografia




Embora estas imagens captadas na Tunisia ( fez agora um ano) não tivessem sido realizadas com um iPhone, mas sim com uma G10 (Cannon) a sua edição foi feita através de várias aplicações com este telemóvel. IPhonografia é um termo novo a entrar para o dicionário, e, penso eu, um termo de conhecimento obrigatório para quem gosta de fotografia. Não tanto pela qualidade de imagem, por não conseguir competir com as verdadeiras câmaras mas sim pelas inúmeras capacidades de edição que nos proporciona.

domingo, 25 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

Hospital


- Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse
informações sobre os doentes. Queria saber se determinada pessoa está melhor
ou se piorou...
- Qual e o nome do doente?
- Chama-se Celso e está no quarto 302.
- Um momentinho, vou transferir a chamada para o sector de enfermagem...
- Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?
- Gostaria de saber as condições clínicas do doente Celso do 302, por favor!
- Um minuto, vou localizar o médico de serviço.
- Aqui é o Dr. Carlos, de serviço. Em que posso ser-lhe útil?
- Olá, Sr. doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre o estado de
saúde do Celso que está internado há três semanas no quarto 302.
- Ok, vou consultar a ficha do doente... Só um instante! Ora aqui está: ele
alimentou-se bem hoje, a tensão arterial e a pulsação estão estáveis,
responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado
do monitor cardíaco
até amanhã. Continuando bem, o médico responsável dar-lhe-á alta em três
dias.
- Ahhhh, Graças a Deus! São notícias óptimas! Que alegria!
- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da
família!?
- Não, sou o próprio Celso que telefona daqui do 302!!! É que todo mundo
entra e sai do quarto e ninguém me diz a ponta de um corno... só queria
saber se estava melhor!!!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Memórias de um Verão já ido

De Menorca ficam as vivências, os amigos, a aventura, a beleza, a simpatia, a natureza, bela e diversa, tão cheia de contrastes. E o mar. Sobretudo o mar.


Para ouvir enquanto se visualizam as imagens:




São inenarráveis as paisagens submarinas e os seus habitantes , a cor das águas bem como a temperatura que ronda os 28ºC.
.

Praias de areia branca, no Sul da ilha e cor de bronze na  Norte.

A natureza é de uma beleza agreste, mediterrânica, por vezes amaciada por manchas de pinhal que se debruçam sobre o mar. 

A tranquilidade é uma constante...

Ao fim da tarde multidões procuram o topo Oeste da ilha para reverenciar o Pôr do Sol. Ouvem-se palmas quando este se esconde no mar . No Bar do nosso amigo Maxi's este momento é sempre acompanhado pelo Bolero de Ravel. Magnífico!
Ciutadella é uma cidade lindíssima onde predominam as cores pastel e as ruas são tão  limpas que apetece andar descalço.

As noites tépidas são animadas por música flamenca, Beleza, sensualidade e garra.  Não deixa ninguém indiferente.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

W. B. Yeats, 1865-1939 (Quando Fores Velhinha)

William Butler Yeats foi um poeta e dramaturgo irlandês. Começou por ser romântico, continuou mais austero abandonando os longos poemas, teve influência e cargos políticos e terminou místico e com uma poesia mais inspirada no universo pessoal e familiar. Foi Nobel de Literatura em 1923.
Também teve um castelo e pediu em casamento uma mulher que recusou. Depois pediu a mão da filha dessa mulher e ela... também recusou.



WHEN YOU ARE OLD (1893)

When you are old and grey and full of sleep,
And nodding by the fire, take down this book,
And slowly read, and dream of the soft look
Your eyes had once, and of their shadows deep;

How many loved your moments of glad grace,
And loved your beauty with love false or true,
But one man loved the pilgrim soul in you,
And loved the sorrows of your changing face;

And bending down beside the glowing bars,
Murmur, a little sadly, how Love fled
And paced upon the mountains overhead
And hid his face amid a crowd of stars.

§

QUANDO FORES VELHINHA

Quando fores velhinha, grisalha e cheia de sono
Cabeceando à lareira, toma este livro,
E lê-o devagar, e sonha com o doce olhar
Que teus olhos já tiveram, e com as suas sombras profundas;

Com quantos amaram os momentos de teu alegre encanto,
E amaram a tua beleza com sincero ou falso amor,
Mas só um homem amou tua alma peregrina,
E amou as mágoas do teu rosto que mudava;

E inclinando-te sobre os ferros incandescentes
Murmura, algo tristemente, como o Amor te fugiu
E em largos passos passou as altas montanhas
Escondendo o rosto numa multidão de estrelas.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Anne Sexton

ANNE SEXTON (Newton, 1928 – Weston, 1974) foi uma notável poetisa americana conhecida principalmente pela sua poesia de forte pendor confessional, através da qual abordou temas invulgares como a depressão, de que padecia, e as suas próprias tendências suicidas, bem como assuntos igualmente pouco frequentes na poesia americana à altura como a biologia intíma da mulher. Sexton venceu o Pulitzer em 1967. Tal como Sylvia Plath, foi aluna de Robert Lowell, um mestre da poesia confessional. Suicidou-se a 4 de Outubro de 1974, após um almoço com a sua amiga Maxine Kumin, onde estivera a rever o seu manuscrito The Awful Rowing Toward God, que viria a ser publicado em Março do ano seguinte. Regressando a casa, vestiu o casaco de peles da mãe e fechou-se na garagem com o automóvel ligado.

Eis um poema de Anne Sexton.



IN CELEBRATION OF MY UTERUS

Everyone in me is a bird.
I am beating all my wings.
They wanted to cut you out
but they will not.
They said you were immeasurably empty
but you are not.
They said you were sick unto dying
but they were wrong.
You are singing like a school girl.
You are not torn.

Sweet weight,
in celebration of the woman I am
and of the soul of the woman I am
and of the central creature and its delight
I sing for you. I dare to live.
Hello, spirit. Hello, cup.
Fasten, cover. Cover that does contain.
Hello to the soil of the fields.
Welcome, roots.

Each cell has a life.
There is enough here to please a nation.
It is enough that the populace own these goods.
Any person, any commonwealth would say of it,
“It is good this year that we may plant again
and think forward to a harvest.
A blight had been forecast and has been cast out.”
Many women are singing together of this:
one is in a shoe factory cursing the machine,
one is at the aquarium tending a seal,
one is dull at the wheel of her Ford,
one is at the toll gate collecting,
one is tying the cord of a calf in Arizona,
one is straddling a cello in Russia,
one is shifting pots on the stove in Egypt,
one is painting her bedroom walls moon color,
one is dying but remembering a breakfast,
one is stretching on her mat in Thailand,
one is wiping the ass of her child,
one is staring out the window of a train
in the middle of Wyoming and one is
anywhere and some are everywhere and all
seem to be singing, although some can not
sing a note.

Sweet weight,
in celebration of the woman I am
let me carry a ten-foot scarf,
let me drum for the nineteen-year-olds,
let me carry bowls for the offering
(if that is my part).
Let me study the cardiovascular tissue,
let me examine the angular distance of meteors,
let me suck on the stems of flowers
(if that is my part).
Let me make certain tribal figures
(if that is my part).
For this thing the body needs
let me sing
for the supper,
for the kissing,
for the correct
yes.


§


CELEBRANDO O MEU ÚTERO

Tudo em mim é um pássaro.
Estou a bater todas as minhas asas.
Queriam extirpar-te
mas não o farão.
Diziam que estavas incomensuravelmente vazio
mas não estás.
Diziam que estavas doente prestes a morrer
mas estavam enganados.
Cantas como uma colegial
Tu não estás desfeito.




Doce peso,
em celebração da mulher que sou
e da alma da mulher que sou
e da criatura central e do seu deleite
canto para ti. Ouso viver.
Olá, espírito. Olá, taça.
Aperta, cobre. Cobre que contém.
Olá ao solo dos campos.
Bem-vindas, raízes.




Cada célula tem uma vida.
Há aqui bastantes para satisfazer uma nação.
Chega que a populaça possua estes bens.
Qualquer pessoa, qualquer grupo diria:
"Está tudo tão bem este ano que podemos plantar de novo
e pensar noutra colheita.
Uma praga tinha sido prevista e foi eliminada".
Por isso muitas mulheres cantam em uníssono:
uma está numa fábrica de calçado amaldiçoando a máquina,
uma está no aquário cuidando duma foca,
uma está aborrecida ao volante do seu FORD,
uma está a cobrar na portagem,
uma está no Arizona a enlaçar um bezerro,
uma está na Rússia com uma perna de cada lado do violoncelo,
uma está a mexer em tachos num fogão no Egipto,
uma está a pintar as paredes do quarto da cor da lua,
uma está a morrer mas a recordar um pequeno-almoço,
uma está na Tailândia a espreguiçar-se na sua esteira,
uma está a limpar o rabo do seu filho,
uma está a olhar pela janela do comboio,
no meio do Wyomming e uma está
em qualquer lado e algumas estão em todo o lado e todas
parecem estar a cantar, embora algumas
não saibam cantar uma nota sequer.




Doce peso
em celebração da mulher que sou
deixa-me levar uma lenço de três metros,
deixa-me tocar o tambor pelas que têm dezanove anos,
deixa-me levar taças para oferecer
(se for esse o meu papel).
deixa-me estudar o tecido cardiovascular,
deixa-me calcular a distância angular dos meteoros,
deixa-me chupar o caule das flores
(se for esse o meu papel).
Deixa-me imitar certas figuras tribais
(se for esse o meu papel).
Pois para isso de que o corpo precisa,
deixa-me cantar
para a ceia,
para o beijar,
para o correcto
sim.

Então isto é assim?

NOTÍCIA JN:

Ladrão "mudo" volta ao crime mas fica solto

Mandou namorada assaltar farmácia em Matosinhos. Judiciária prendeu-os após gastarem dinheiro na droga.

Em Março, foi condenado por assaltar sete farmácias e libertado. Os juízes acreditaram que uma pena suspensa seria o suficiente para o "ladrão mudo das farmácias" se regenerar. Mas a PJ do Porto prendeu-o por mais um crime, com a namorada. E foi solto outra vez.
Fernando Lima, 38 anos, adoptou, nos primeiros roubos, um método inovador: não dizia uma única palavra mas, em vez disso, mostrava aos farmacêuticos um papel com ameaças escritas.

Qual destas afirmações é (ou são) verdadeira(s)?
1 - Os juízes não têm habilitações académicas.
2 - Os juízes fazem parte da quadrilha.
3 - Os juízes são vendedores de droga.
4 - Os juízes divertem-se à brava a irritar os polícias da judiciária.
5 - É uma partida de Carnaval divertidíssima.