terça-feira, 30 de junho de 2009

Desculpem. Não resisti.



B W V 1068

Prepara o corpinho.Vem aí o verão.

Vem Julho. Chegam as férias. Olé!





Maçã de Junho

És a estrela da alvorada e a madrugada junto ao cais
És tudo o que eu vejo em ti, és a alegria e muito mais
És a minha maçã de Junho, és o teu corpo e o meu
Amo-te mais que à vida, que a vida sem ti morreu
Amo-te mais que à vida, que a vida sem ti morreu

És a erva perfumada, debruada a girassóis
O trago do café quente nas manhãs entre lençóis
És a minha maçã de Junho e a minha noite de Verão
Anda, vem comigo, vamos, dá-me a tua mão
Anda, vem comigo, vamos, dá-me a tua mão

És o encontro na estrada, és a montanha e o pôr do sol
O vinho bebido em festa, és a papoila e o rouxinol
És a minha maçã de Junho e a minha estrela polar
Sem ti eu não tenho norte, sem ti eu não sei amar.
Sem ti eu não tenho norte, sem ti eu não sei amar.

Jorge Palma

Pina Bausch, 1940-2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Que futuro para as nossas crianças?

Encontrei este vídeo perdido na blogosfera. Partilho-o aqui na certeza que vos irá provocar o mesmo impacto que causou em mim. Dá que pensar!..

Escola-armazém

Pais querem escolas do 1.º ciclo abertas doze horas por dia e dizem que ME já deu luz verde (?!...)

“A educação consiste em saber dar à criança a quantidade certa de amor” - Sigmund Freud

domingo, 28 de junho de 2009

Em que café é que paras?

Porto, 26/6/2009 (Fotografia tirada pelo Deibaidei)

Na última sexta-feira o saudoso Piolho fez 100 anos. Passámos por lá, por volta das onze da noite, para picar o ponto. Um mar de gente distribuía-se em volta do café, entrar era tarefa impossível! Eram várias as gerações presentes no evento enoveladas umas nas outras na penumbra da noite. Deambulámos por entre a multidão tentando ao mesmo tempo descortinar algum rosto conhecido, alguma presença que nos fizesse recuar uns anos no tempo, e perceber o tipo de gente que ocupa actualmente aquele lugar que outrora foi nosso. Pouco depois estacámos numa clareira relembrando episódios antigos e apreciando o ambiente. A pouco e pouco fui-me apercebendo que faltava qualquer coisa naquele happening, algo que mobilizasse as pessoas e desse algum sentido àquele ajuntamento. Grupos de copo de cerveja na mão, alguns empregados atarefados tentando equilibrar travessas cheias de bifes com batatas fritas, alguns acenos e sorrisos e pouco mais. A busca de antigas vivências, porventura o desejo profundo partilhado por muitos dos presentes, não se concretizou. São bem certas as palavras do filósofo: "Não voltarás a banhar-te nas mesmas águas de um rio"...

A vida de café, tal como existia no nosso tempo, está em vias de extinção. Dantes, quando conhecíamos alguém que por alguma razão nos interessava, dirigia-mos a sacramental pergunta: em que café paras? Actualmente as pessoas já não param em lugar algum. Andam, circulam atarefadas num frenesim constante. Comunicam através da net e de sms's mas esqueceram o significado de convivência e de "conversa à mesa do café". É pena, porque perdem uma boa oportunidade de se formarem na escola da vida.
Uma parte do que sou e penso foi construída pelas cadeiras do Piolho, na companhia de amigos e conhecidos de ocasião, em amenas cavaqueiras ou acalorados debates. Como diziam os versos do nosso amigo Gregório, na lápide que ainda perdura nas paredes do café:
O Piolho é mais um departamento, talvez o que cadeiras mais tem
Se o café e a conversa não faltarem basta um dia para fazê-las todas bem.
E se o amor os cientistas experimentarem qualquer laboratório, do Piolho, fica aquém.

Jantar de 25 Setembro 2009

Julho e Agosto serão porventura os 2 meses de férias que qualquer trabalhador que se preze usufrui. Aqui deixo as minhas desculpas para quem emigra 3 meses.
Se tornarmos o pensamento em realidade, será o mesmo que dizer que só faltam dois meses para a rentrée dos jantares convívio.
Assim, a minha proposta é que no jantar de 25 de Setembro nos juntemos para mostrar o bronze conseguido, e por favor, por uma vez, convidem as vossas adoradas e dedicadas esposas para vos acompanharem. Quem não vier acompanhado e bem cheiroso salta fora.Nessa noite, prometo não voltar a casa antes das 4 da matina, nem que tome 1 litro de café de Madagáscar.
Estão abertas as propostas para os locais de degustação da francesinha.
Estão abertas as propostas para os locais do pós-degustação e charme (vinho do porto seguido de noite dançante?).
Estão abertas as inscrições para os casais.
Labrosca e esposa estão já inscritos.

Ganhar e Perder

A Taberna Boavista está perdida.
Momentos de glória aproximam-se.



Tal como na vida, os momentos menos bons alavancam os momento menos maus e estes os excelentes e fugazes que seguirão.

sábado, 27 de junho de 2009

Tasca Boavista: sem futuro!

Desta vez seguimos a sugestão do Labrosca e metemos pela Rua do Viso direitos à Tasca Boavista. Logo à entrada, porta fechada ao público o que augurava grande futuro à mesa. Infelizmente, não se concretizou. A tripinha enfarinhada estava mole, fria e esbranquiçada (onde é que eu já vi isto?), a orelha era demasiado gorda e o resto do prato misto cogumelado não apresentava iguarias de se tirar o chapéu. Salvaram-se as iscas, mas também não merecem nova visita. As sobremesas eram todas artificiais, tendo-se optado pelo queijo com marmelada. Também não deixou saudades. 9 aérios foi a conta.

Agora o que eu quero dizer é que à chegada apenas vi, além do mencionado Labrosca, o sempre presente e alerta Óscar e o ausente blogueiro Deibaidei.
Quero por isso alertar toda a gente que lê este blogue que o Al Prazolam, o Hagarrakiman, o Fernandinho, o Paulinho, Arnaldinho e o Tullius cheiram mal da boca, são conós, têm piolhos, andam metidos com o Tono da Reboleira (à vez) e do que mais gostam sei eu... (e agora vocês)

Michael Jackson – o génio ainda incompreendido

Desculpem mas a violência a que assistimos no vídeo Black Panther, não me parece nada gratuita; não me parece nada violência sequer. Ali, Michael Jackson simboliza a destruição de ideais nazis, de segregação racial e de todas as guerras em geral. Ideais de fanatismo, esses sim violentos e que tantas vezes já todos condenamos. Conheço séries de desenhos animados com verdadeira violência e que continuam a passar diariamente nas programações infantis. Michael Jackson é um génio incompreendido que chegou onde apenas um punhado de Homens se podem orgulhar de ter chegado. E só não foi mais longe, por não ter no seu carácter a força necessária para lutar contra a maledicência de uma de certa classe jornalística sem escrúpulos. Quando andava no liceu, aprendi depressa que o altruísmo era constantemente confundido com imbecilidade e que saber perdoar era lorpice!
Michael Jackson era um ser humano sensível mas demasiado frágil às críticas desonestas e difamatórias. Optou por se fechar na sua concha de silêncio, tal como muitos de nós fazemos quando somos crianças e nos calamos perante um castigo injusto que nos foi imposto por alguém mais forte, privando assim o mundo de assistir a muitos mais momentos geniais de musica, dança e encenações verdadeiramente originais e de talento sem igual. Não foi tanto um desperdício de talento mas antes, talvez, um optar por não dar pérolas a porcos.
Michael Jackson tentou melhorar o mundo em que vivia, debaixo de holofotes devassos, o que é muito mais do que muitos de nós nos podemos orgulhar de fazer nas nossas vidinhas escuras e hipócritas.

Michael Jackson - Earth Song
http://www.youtube.com/watch?v=4FZcAzZOyOg

Michael Jackson - Earth Song

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Jacko: o desperdício do talento

Como já referi, não sou fã de Wacko Jacko. Julgo que foi sobretudo um grande talento desperdiçado. Alguém que preferiu a loucura. Que não aguentou o talento. E quando assim é, é um duplo desperdício. Mas fica na mesma a homenagem. Por aqui poder-se-á ver até onde poderia ter ido...

Black Panther

Só mais um apontamento sobre Michael Jackson: um vídeo controverso que veio a ser proibido nos EUA e mais tarde retirado do mercado em vários outros países dada a violência gratuita exibida nas imagens. Embora a violência seja de gosto duvidoso, a qualidade da dança é sublime.

Morreu o génio da dança

Michael Jackson passou ontem à galeria dos mitos desaparecidos. Um homem que, como tantos outros, acabou vítima da sua própria fama. Apesar dos erros e das excentricidades levadas ao limite, da qualidade da sua música que para muitos poderá ser duvidosa, uma coisa é incontestável: dançava como ninguém. Era o ritmo feito pessoa.
Aqui fica, como homenagem, o saudoso Billie Jean que tantas vezes curti em discotecas e que sempre me causou uma estranha sensação de euforia. O Billie Jean que ouvi pela primeira vez na fenomenal discoteca Horta II com o tecto aberto sobre um céu brilhante de estrelas. Assim como ele.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A brincar, a brincar...

Número de visitas ao blog durante esta semana


... o nosso blog está com uma média de 56 visitas diárias!..
Parabéns ao monami6f e obrigado a todos os visitantes!

A música das estrelas

A imagem é daqui

Foi descoberta uma flauta de osso (de grifo) com mais de 35 mil anos no sudoeste da Alemanha. Os especialistas indicam que se trata do instrumento musical mais antigo até agora encontrado, sendo que os mais antigos que se conheciam remontavam há 30 mil anos.

Se acreditarmos em Pitágoras, a música existe há muito mais tempo que o Homem na Terra: para o filósofo grego, o cosmos era o maior, o mais belo e o mais complexo instrumento musical, cujas melodias são entoadas pelo movimento dos planetas e das estrelas (a harmonia da "música das esferas").

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Neda - Morte e Mártir

Estive para publicar o video da morte de Neda, uma estudante iraniana baleada no meio da rua. Mas é tão pornográfico que não tive coragem. Mais uma vez o mundo assiste sereno, quieto, como se não fosse nada com ele às maiores atrocidades. Agora, com o youtube é tudo à nossa porta. É tão perto como se fosse o nosso vizinho. E contudo as reacções são débeis, as críticas veladas. A coberto da não ingerência essa figura desculpabilizante das boas consciências.
É por isso que mantenho, hoje mais do que nunca e cada vez mais, com a excepção de alguns exemplares admiráveis - que confirmam a regra - o Homem é de facto a maior besta ao cimo da Terra.
Mata sem razão os da sua própria espécie, destrói o seu próprio meio ambiente, daí que provavelmente é melhor ficar com as palavras do Filósofo: «O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele», Friedrich Nietzsche.

Mudam-se os tempos, muda-se a família...


Visto aqui

terça-feira, 23 de junho de 2009

Thriller dos betos

Este vídeo é dedicado aos jotas que dormem com o Pessoa debaixo da almofada!.. (em resposta ao post "Fernando Pessoa versão ano de eleições")

A Turma

Ontem vi "A Turma", um filme realizado por Laurent Cantet e interpretado por François Bégaudeau,o próprio professor que escreveu o livro que originou o argumento. Nomeado para os Oscares e vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, A Turma (Entre les murs na versão original) retrata de uma forma exemplar os desafios, as dificuldades e complexidades da vida de professor mas, ao mesmo tempo, tudo que há de fascinante e de belo (e de útil!) nesta profissão.
Um filme imprescindível para quem não é professor, sobretudo para os que desconsideram a classe docente.

Ai meu rico são João



São João tens de me ouvir
Não me deixes apeado
Arranja maneira d’eu ir
Passar um bom bocado

Ajuda-me a soltar a rosca
Que me trava o andar
Esta nota do Labrosca
Não se pode recusar

Estar ao vivo com a malta
É boa maneira de folgar
Pão e vinho fazem falta
Pois não chega só “blogar”

segunda-feira, 22 de junho de 2009

26 Junho 2009 é já 6ª feira

Chegou o verão


Antes que se dê o início da migração de veraneantes vamos lá fazer o nosso jantar.



Já estamos quatro inscritos.
Gostaria de chamar a atenção a quem passa aqui pelo blog em voo rasante, ou às vezes em movimento vertical, direcção ao espaço sideral:
Aterrem.
Vejam a proposta lançada no post de 16 de Junho.
Respondam vou ou não vou.
Afinal, querem ou não morrer cedo com enfarte, úlcera nervosa, derrame, excesso de gordura, coma alcoólico, excesso de azeitonas, gases de estufa aprisionados nos intestinos com origem orgânica em broa de avintes, zumbidos e náuseas, alucinações alimentares, excesso de coisas boas, demasiada cerveja no sangue, fígado cansado de tanto bombar, unhas encravadas e outros disturbios ????????? ????????? ????????????? ??????????? ??????????????? ?????????? ?????????? ?????????????????????????????????? ???????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????? ????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
Toca a inscrever urgente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 21 de junho de 2009

Já é Verão!

A imagem é daqui

O Solstício de Verão foi celebrado hoje em Stonehenge por 30 mil pessoas, gostava de lá ter estado! Não sei bem explicar porquê mas tenho assim uma costelazita mística e panteísta, é por isso que encontro nestas datas um certo encanto. São sempre uma oportunidade de reverenciarmos as forças primordiais da vida e da natureza, tal como os nossos ancestrais o fizeram durante alguns milénios antes de nos caírem em cima os sentimentos do medo, da culpa e do pecado impostos pela maioria das religiões que entretanto dominaram o mundo.

Viva o Verão!

Eu sei que esta música não é lá muito original no nosso blog, e que até já a publiquei em momentos semelhantes como este... desculpem mas não resisto! SOOON oh SOON the light!


YES - SOON


Soon oh soon the light
Pass within and soothe the endless night
And wait here for you
Our reason to be here

Soon oh soon the time
All we move to gain will reach and calm
Our heart is open
Our reason to be here

Long ago, set into rhyme

Soon oh soon the light
Ours to shape for all time, ours the right
The sun will lead us
Our reason to be here
The sun will lead us
Our reason to be here

O Palácio da Ventura, Antero de Quental

O Palácio da Ventura

Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busca anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!

Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d'ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas d'ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão -- e nada mais!

Antero de Quental, 1842-1896

Bajofondo Tango Club - El Mareo

Esta para mim é a música perfeita para viajar. Nem que seja de barco. El Mareo.

Fernando Pessoa versão Ano de Eleições

Shakespeare

Verão em feminino

21 Junho - Verão quente

sábado, 20 de junho de 2009

Myrtaceae

Sim, os eucaliptus são da família das myrtaceas.
Um dia, sonhei em plantar um jardim em anfiteatro apenas com myrtaceas.
Uma das características desta família é terem as flores semelhantes às que "postei" poucos minutos atrás.Então, aqui vão alguns exemplos para esse jardim:

Callistemon viminalis (o vulgar lava-garrafas):


Eucaliptus regnans:


Goiaba:


Feijoa sellowiana:


Myrciaria cauliflora


Metrosideros florida


Myrtus communis:


Melaleuca linariifolia:


E alguns testemunhos da singeleza dos eucaliptus:






Oscar, o grande!

Sobre Oscar Peterson, que já por várias vezes trouxe aqui ao blog, não há muito a dizer... talvez somente virtuosismo, genialidade e arte na sua forma mais sublime.

Eucaliptus ficifolia














Sim são os simples eucaliptus, um dos géneros botânicos que mais aprecio pela sua beleza, exotismo e diversidade.
Se tivesse espaço suficiente, digamos, 100 ha de terreno, gostaria de ter uma colecção de diferentes eucaliptus. Cerca de 400.
Mostro algumas fotos apenas do E.ficifolia

Era o meu sonho!..

É por todos sabido que, após as eleições para o Parlamento Europeu, Sócrates prometeu procurar mudar o seu estilo de governaçâo. Pois bem, eu tenho uma sugestão a fazer-lhe: comece por castiguar os seus ministros mais incompetentes como supostamente - não tenho a certeza da veracidade do vídeo que publico... -, o Primeiro Ministro da República Checa fez com o seu Ministro da Saúde.

O meu sonho era ver o Sócrates dar um cachaço da Ministra da Educação! Teria logo o meu voto garantido!

Tenho vergonha dos meus confortos

Sim.Em cada compra, em cada consumo, em cada acto da minha vida confronto-me com a realidade de milhões de pessoas que vivem num estado de desespero tal, que me pergunto o que pensaria eu se estivesse no lado de lá.
Sim, sinto vergonha por não largar tudo e partir para ajudar.
Sinto vergonha por nada fazer, nem na política, nem na sociedade, nem em nada.
Não é justo nada fazer.
Aceitar a desgraça dos outros porque sempre foi assim e assim será?
É pouco, é muito pouco, é vergonhosamente e cobardemente pouco.



Sim.Tenho vergonha todos os dias.

20 Junho 1946 - Parabéns "Xanana Gusmão"

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Jack Kerouac: prosa feita poesia


Escrito e dito por Kerouac

Das moscas e outros seres igualmente

O Bush dava-lhe um tiro com a sua Valter e só depois é que reparava que tinha ficado com um furo na coxa.
O Bush pai saltava de pára-quedas com ela.
O Clinton mandava a Monica lamb, digo, mordê-la.
O Yeltsin afogava-a em vodka.
O Putin lançava-a ao tapete.
O Sarkosi dava-lhe "un petit bisou".
O Berlusconi dava-lhe uma beliscadela.
O Kim Il Sung colava-a na ponta de um míssil nuclear.
O Mr. Barroso, mandava-a para Bruxelas e que se lixasse o governo.
O Sócrates dáva-lhe com um magalhães e voltava a embrulhá-lo...

Eu, que não sei o que mais dizer, dou-vos música.


Assim,



ou assim

Moscas mortas


Obama está a dar uma entrevista de TV na sala oval - se não é na sala oval faz de conta - quando aparece uma mosca gorducha. Ninguém quer aparecer na TV com uma mosca, bzzz-bzzz, às voltas. E, zás, Obama dá-lhe uma palmada. E gaba-se, com um sorriso feliz: "Foi bastante impressionante, não foi? Matei a sacaninha." Apontando para o bicho de pernas para o ar na alcatifa, acrescenta: "Querem filmar? Está ali."

E filmam mesmo. E mais, passam mesmo a cena na TV. A coisa vai parar ao YouTube num piscar de olhos - o tempo que leva a matar uma mosca. O mundo fica extasiado com a pinta do Presidente - a matar uma mosca. Os pivots dos principais canais americanos descrevem o gesto como "fixe", "felino", "ninja", em suma, qualquer coisa de fantástico. Uma pessoa olha para aquilo e pensa: por que carga de água estou a olhar para isto? Por que raio alguém passa isto na TV e - não despiciendo, em nome de quê (liberdade de aparvalhação?) o Presidente aceitou que isto fosse para o ar? Há alguma coisa de relevante no facto de o Presidente dos EUA, como qualquer pessoa não budista nem fanática dos direitos dos animais, dar um piparote numa chata duma mosca? É o facto de o fazer ele próprio em vez de chamar um segurança para lhe dar um tiro? É porque o faz com grande à-vontade e se ri? É porque é bizarro e inédito ver-se tal coisa na TV, e o que é bizarro e inédito, por mais destituído de interesse, tem de passar na TV?

Bom, imagine-se a cena com o presidente não se sabe se reeleito do Irão, aquela simpatia de pessoa. Está Ahmadinejad a dar uma entrevista, por exemplo a propósito do que se passa nas ruas do Irão, onde gente é perseguida, espancada e morta por protestar contra ele, e esborracha uma mosca. Dir-se-ia "ele mata aquela mosca com a indiferença com que manda atirar sobre as multidões", ou coisa parecida. Um torcionário a executar uma mosca durante uma entrevista: todo um programa. E Bush? Bush, o bronco, o homem que invadiu o Iraque, que fez Guantánamo e Abu Ghraib, a matar uma mosca e a rir-se da proeza? E Palin, a tonta evangélica caçadora de alces? E Clinton, o cínico aldrabão adúltero de queixo tremeluzente e voz rouca? E Obama daqui a uns anitos? Pois.

Esta coisa do amor do povo é tramada - como o amor em geral, de resto. No período de enamoramento, nada há que o ser amado faça que não deslumbre - até matar uma varejeira com a mão. Uns tempos depois e aparecem os defeitos: "Viram como ele matou a mosca com a mão e nem sequer a foi lavar, ficou ali sentado? Que nojo." Ou: "Que pessoa insensível e casca grossa, olhem o exemplo que dá às crianças, matar assim um animal e rir-se por cima." E no fim: "Quer tanto saber daquela mosca como de nós. Só pensa nele"; "É mesmo típico, mata uma mosca e pensa que fez uma grande coisa"; "Aposto que fez questão de que aquilo passasse na TV para mostrar ao povo que é uma pessoa normal, mata ele as suas próprias moscas, pffff." Isto tudo com a mesma mosca morta. E talvez a mesma pessoa.

Visto aqui

Ricciarelli, La Wally

Já vos falei aqui de Katia Ricciarelli. Ei-la num momento raro (e antigo) de perfeição. Reparem na subtileza, como deixa a milhas a Callas. Só Renata Tebaldi está neste nível. Vejam as três divas e comparem

Poesia no ar - Stabat Mater, Pergolesi

Andreas Scholl, contratenor e o soprano Barbara Bonney (uma das minhas vozes favoritas) podem encantar em quatro minutos. Reparem:

Edberg: o maior de sempre

Agora que vai começar Wimbledon (mais um passeio para Federer?) não posso deixar de recordar o meu favorito de todos os tempos: Stefan Edberg. Havia quem preferisse Borg, Lendl, McEnroe, Chang, Becker, Agassi ou Sampras. Eu fui sempre Edberg. Gostei do ténis de McEnroe, de Rios (dois esquerdinos), mas para mim o senhor ténis era Edberg.
Era elegante no serviço, tinha a melhor esquerda cortada de aproximação à rede de sempre e era um voleador nato. Era um grande desportista e reconhecidamente um gentleman cheiinho de fairplay. Depois eram aqueles micropassinhos junto à rede em Wimbledon frente a gente como Becker, Cash, Lendl. Era incrível. E por fim a sua esquerda (backhand) conhecida como a mais bonita da história do ténis. E nem sequer era uma perfeição de técnica. Ganhou Wimbledon e os opens da Austrália e EUA. Falhou apenas na final de Roland Garros em 89 em cinco sets e quatro horas de jogo frente a Chang.
Não foi o mais potente, o mais forte, o mais alto, o que ganhou mais títulos ou dinheiro. Mas para mim foi o maior. Era só elegância e amor à bolinha amarela.
Podem apreciar aqui (mas esqueçam a música que é horrível)


Poesia em movimento

Geraldine Rojas e Javier Rodriguez em Gallo Ciego. Podia ser outro tango, podia ser outro par. Mas quem negar que isto é arte e poesia em movimento é um galo cego. Reparem nas sombras...

Calvário: Flor Sem Tempo

Pode parecer piroso e é. Mas também é uma homenagem a José Calvário ontem desaparecido. Dele também a mais conhecida «E depois do adeus...». Agora fica esta flor sem tempo, por Paulo de Carvalho (grande voz). O coro é todo um tratado e o video um magnífico documento sociológico. Deveria fazer parte da História da Televisão em Portugal.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O que é aquilo?

Para os meus amigos Oscar e Tullius, por razões que eles sabem.

Descalços no Parque

Não posso deixar de dizer que este é o filme para românticos. Com Redford e Fonda em grande forma. Uma história sobre pensar diferente, fazer diferente.

Louis de Funès

Um cómico a revisitar: (pronuncia-se Luí de Fiunêz e não de Fiunê.)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sokolov: Brilho e luz à solta na Casa da Música

Nos cerca de quarenta anos que se seguiram à conquista do 1º Prémio no Concurso Internacional Tchaikovsky de Moscovo, aos 16 anos, o mundo tem sido deslumbrado com o que um crítico americano intitulou como "um pianismo, um saber musical e uma arte que pensávamos ter desaparecido para sempre". Figura proeminente da cena musical russa desde a sua juventude, Sokolov ganhou um estatuto quase mítico entre os amantes da música e do piano em particular.Grigory Sokolov é hoje considerado por muitos como o maior pianista vivo.
Tive o prazer de o ouvir tocar há pouco tempo na Casa da Música. Um concerto sem mácula que ficará por certo por muito tempo na memória dos que lá estiveram.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Splendor in the Grass

Uma vez fui com o Óscar à saudosa sala Bebé sem nenhuma expectativa e apanhei um soco no estômago. Vi juntar cinema e poesia numa obra-prima de 1961, do grande Elia Kazan, com uma comovente Natalie Wood - um portento de fragilidade e arte, delicadeza e força.



Splendour in the Grass

What though the radiance
which was once so bright
Be now for ever taken from my sight,
Though nothing can bring back the hour
Of splendour in the grass,
of glory in the flower,
We will grieve not, rather find
Strength in what remains behind;
In the primal sympathy
Which having been must ever be;
In the soothing thoughts that spring
Out of human suffering;
In the faith that looks through death,
In years that bring the philosophic mind.

-- William Wordsworth

Abbey Lincoln visita-nos novamente

Já todos sabem que eu sou viciado nesta mulher. E para ver se contagio, aqui está: a diva Abbey Lincoln.

Byron, She walks in Beauty

Cá está um dos meus poemas favoritos.


George Gordon Byron, Lord Byron. 1788–1824

She walks in Beauty

SHE walks in beauty, like the night
Of cloudless climes and starry skies;
And all that 's best of dark and bright
Meet in her aspect and her eyes:
Thus mellow'd to that tender light
Which heaven to gaudy day denies.
One shade the more, one ray the less,
Had half impair'd the nameless grace
Which waves in every raven tress,
Or softly lightens o'er her face;
Where thoughts serenely sweet express
How pure, how dear their dwelling-place.

And on that cheek, and o'er that brow,
So soft, so calm, yet eloquent,
The smiles that win, the tints that glow,
But tell of days in goodness spent,
A mind at peace with all below,
A heart whose love is innocent!



Julgo que não se pode ser mais etéreo, pois não? Ou pode?

Slow! Agora é que é!

Passou muito tempo ?

26 Junho 2009 - Uma proposta honesta em ano de três eleições

A última sexta-feira de Junho já está à espreita.
Sou cliente de alguns anos da Taberna Boavista, Rua Direita do Viso, n.º 698
Abre às 7 horas da manhã, o que é certificado de genuinidade. Dá de comer e beber à classe trabalhadora que desconhece sinónimos de pequeno almoço, tais como cornflackes, donuts, croissants, meia-de leite e pastel de nata, estando outrossim habituados desde tenra idade a identificar pequeno almoço com posta de bacalhau frito com azeitonas, broa e caneca de verde tinto, isca de bacalhau de cebolada com copinho de branco fresco, e os de barba mais rude, de quem as Gilette de 4 lâminas fogem a sete pés, um feijãozinho com pé de porco, ou, quem sabe, nos dias de dieta, uma sopinha fresca de couve galega com feijão vermelho, um fiozito de azeite puro, naco de broa e malguinha de tinto, metade bebida e outra metade vertida na sopa, à moda do alto minho.
Não falemos mais de pequeno almoço.
Ao almoço tem sempre os pratos do dia ou os petiscos.
Ao lanche, é o que Deus Nosso Senhor quiser.
Ao jantar, idem aspas aspas.
Fecha às 21 horas.
Passei por lá hoje ao almoço, falei de um grupo de 4 ou 12 ex-doentes no recobro, com necessidades especiais de alimentação, particularmente ao nível dos petiscos revigorantes.
Perguntei a medo: será que poderíamos comer lá até às 23 Horas ?
Resposta imediata que demonstra conhecimento em profundidade da realidade humana.
Claro que sim, confirme-me.

A forma de lá chegar, é muito fácil:
- quem vem pela circunvalação na direcção Ameal-Monte dos Burgos-Recta da Mercedes, curva à esquerda, próximo semáforo esquerda (rua estreita) fica no lado esquerdo a 30 metros do semáforo.Local para estacionar, 15 metros à frente da taberna.
- quem vem da rotunda dos produtos estrela (Continente/NorteShopping) pela circunvalação em direcção ao Monte dos Burgos, logo após a primeira bomba de gasolina do lado esquerdo, vira à direita no semáforo.

Sugestão de apresentação no local dos trabalhos: 20 horas 15 minutos.

Aceitam-se sugestões alternativas, mas não adianta porque serão rigidamente boicotadas (à la Irão)e os seus proponentes severamente apedrejados.

Às 23 horas seguimos para a empresa AUDOLICI, que se situa perto da rotunda dos produtos estrela, no espaço da Escola de Gestão do Porto.
Esta empresa espera-nos para fazer uma sessão de música com equipamento a válvulas concebido nesse mesmo local, e que está a ser divulgado em diferentes países. É uma empresa criada entre o meu amigo Valerii Kurskovski, engenheiro electrotécnico formado em Moscovo na área das válvulas e a Universidade do Porto.

As inscrições estão abertas desde já.
Não há lugar a abstenção.

Eu já estou inscrito.

Começou mais uma época de exames...

A imagem é daqui

Hoje começou mais uma época de exames. Os alunos dos décimos primeiros e décimos segundos anos iniciaram uma maratona que em grande medida vai determinar a sua vida futura. Mas que raio de sociedade criámos nós? Alunos que lutam por alcançar uma média que assegure a sua entrada no curso superior pretendido numa era em que ter um catorze num exame é para muitos mais penalizante do que um dez ou um onze no nosso tempo. Trata-se de uma competição absolutamente desumana e cruel que não permite qualquer falha, qualquer fraqueza. Como é que é possível dizer-se que a escola de agora é uma fantochada? Que antigamente é que se aprendia? O nível de exigência actual é enorme. A pressão é bárbara. E não me venham dizer que os exames são muito fáceis, que é tudo permissividade. Peguem num e tentem fazê-lo! A verdade é que de um modo geral os nossos filhos sabem muito mais que nós na sua idade. Eles não fazem como nós fazíamos, não estudam para ver se dá para passar. Eles estudam para ver se não falham em quase nada!
É claro que muitos dos alunos continuam com médias baixas. Alguns reprovam e também há aqueles que ficaram pelo caminho em anos anteriores. Mas como era no nosso tempo? Da grande massa de alunos que entrava para a primária somente uma pequeníssima fracção atingia o ensino superior. Essa é que é a verdade!

A todos aqueles que se encontram em fase de exames só posso desejar as maiores felicidades e lembrar que apesar de tudo há vida para além do estudo!

A Europa do nosso descontentamento


Mas onde é que eu já vi isto?

Sou um europeísta convicto. Infelizmente, as coisas não têm corrido tão bem como gostaria. A construção desta nossa comunidade de povos e culturas assemelha-se cada vez mais perigosamente à velha história da Torre de Babel...

Visionários são aqueles que nos deixaram esta mensagem desde há milénios! E a História repete-se, e repete-se sem cessar, através da espiral do tempo.

Torre de Babel, de Pieter Bruegel

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Acerca das últimas eleições no Irão...

Não sei porquê mas as últimas eleições no Irão sugerem-me esta imagem...

A fotografia é do magnífico fotógrafo René Maltête.

Brad Mehldau: nem só de clássica vive o Homem...

Na sequência dos posts sobre o tema "Grandes Pianistas" deixo aqui mais uma sugestão: Brad Mehldau. Este músico, quanto a mim muito na linha de um Bill Evans ou de um Keith Jarrett, é reconhecidamente um dos maiores talentos do jazz da actualidade. Linhas melódicas elegantes, harmonias ao mesmo tempo leves e complexas, uma perfeita sintonia com os restantes membros da banda. Um must!

Brad Mehldau - Exit music
Enviado por MrDrive - Buscar outros videos de Musica.

Private Investigation

Tenho este vinil a tocar e não resisti a partilhar convosco a versão digital.
Quem não gosta ponha o braço no ar.

A propósito do post "História do vinil" - 2

Sim, este concurso alucinante que resolvi patrocinar, se a memória não me falha
" No próximo jantar ofereço três finos a quem acertar à seguinte pergunta: qual das 15 cartridges (cabeças ou agulhas ou células) apresentadas é a minha ???"
teve o seguinte resultado (shlupp): vou eu beber os 3 fininhos.
Já sinto as perguntas impacientes dos concorrentes. Então qual é a tua ???
Meus amigos, realmente tudo isto deve ter tanto interesse para a maioria do pessoal como terá para mim qualquer questão sobre futebol.
Zero.
Mas já agora revelo que as fotos das cabeças correspondiam a algumas marcas reconhecidas, nem todas modelos de topo, mas para valores entre os 1.500$ e os 15.000$ americanos.
A minha é a 11ª.
A Denon (Japão) lançou o modelo DL103 em 1962.Tenho esse modelo original, mas agora uso a da foto, DL103R.
Se alguém pretender comprar uma cabeça mc vá pela 103R.
O preço é vergonhosamente baixo, e é considerada pelos críticos americanos como o bestseller das sub 2.000$

A jeito de despedida sabem quem concebeu a seguinte cabeça "Benz LP" ?





Pois, foi o simpático, low profile e grande conhecedor do HI-END audio, o português Luís Pires.
Desenha e constrói colunas de som de uma beleza e qualidade sonora que me fazem sentir muito orgulho de ter nascido em terras lusas.

Rossi na última curva...

Há mais emoção e adrenalina nestes dois minutos do que 99% dos jogos de futebol, provando que há desportos altamente sobrevalorizamos em detrimento de outros momentos de puro ouro. E é pena. Num desporto a que muitos não ligam - moto GP, vejam isto: velocidade, competição, respeito, técnica, rapidez, concentração, loucura e... bolas d'aço.
Apreciem:

domingo, 14 de junho de 2009

Wagner, Tannhäuser, Coro dos Peregrinos

Julgo que é crime de lesa-música palavras antes, ou mesmo depois, dizendo apenas que Wagner é o meu compositor favorito, pelo menos hoje.

Netanyahu à maneira de Obama

Primeiro uma declaração de interesses: sou totalmente pró-israelita, meio judeu e tenho uma admiração incomensurável por aquele povo.

Dito isto, fico muito contente por o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (na minha opinião, o melhor premier israelita desde Rabin) ter feito hoje uma proposta honesta, franca e aberta para a paz na região incluindo palestinianos e o seu Estado, na linha de resto do discurso de Obama no Cairo.
Claro que da Autoridade Palestiniana a reacção que chegou foi que estava a boicotar o processo de paz e do Hamas vieram as tradicionais posições consensuais e nada beligerantes.
Mas foi um passo em frente - e que também deve ter custado muito aos israelitas mais ortodoxos e ultradireitistas.

Boião da cultura

Satisfazendo um antigo desejo do Labrosca, aqui fica nada mais nada menos que... um folheto publicitário do LIDL!

Grandes pianistas: Radu Lupu

A propósito do post do Vital sobre Richter aqui vai o meu pianista nº1: Radu Lupu. Tive a oportunidade de o ouvir ao vivo tocando precisamente este concerto de Grieg (por sinal também um dos meus compositores favoritos!). Foi uma noite inesquecível, patrocinada precisamente .... pelo amigo Vital!
Quanto a mim ninguém respira tanto o piano como este músico romeno. Como se o piano fosse o prolongamento do seu próprio corpo.

Ouçamos, então, o grande Radu lupu:

Che Guevara

Se estivesse vivo, Ernesto faria hoje 81 anos.
Se não tivesse nascido, como seria hoje Cuba ?

sábado, 13 de junho de 2009

Pavane, por Richter

Tal como prometido, Sviatoslav Richter, o meu pianista favorito, em 1954, ao vivo, a tocar «Pavane pour une Infante defunte», de Maurice Ravel.

Música, essa arma do povo

Oh happy day

A propósito do Post "História do vinil"


















Obrigado Óscar pelo post.
É disto que o povo precisa.
Não é saudosismo.
Vinil não é andar para trás.
Vinil é andar para a frente.
O estilo vinil, é como o estilo pasteleira, o estilo slow food, o gosto pelo retro, o prazer do consumo vintage.
A propósito de vinil, sabem que se encomendarem um braço de giradiscos (alemão) de referência "Schröder" :



têm lista de espera de dois anos, apesar de ser coisa para 5.600 € ?
E se tiverem a oportunidade de ouvir um braço destes (ou um braço "Graham B-44 Phantom") num giradiscos "afordable" TW Raven AC ($13,800 USD) provavelmente deitam fora o BMW porque não vão precisar dele para nada. Para sair de casa ? Para quê ?


E agora, mais imagens que esvoaçam nos meus sonhos líricos de hi-end, e apenas para aguçar o apetite pelo HI-FI:
























No próximo jantar ofereço três finos a quem acertar à seguinte pergunta: qual das 15 cartridges (cabeças ou agulhas)apresentadas é a minha ???
Aqui vai uma pista: o desenho original é de 1962.
Para quem vão os fininhos ?