sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Halloween no monami6f!..

Amsterdam bikes

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Encontro logo à noite

É só para lembrar! A petisqueira está à nossa espera. Concentração às vinte horas no Bar do Alex, Praia de Valadares. Até logo!!!

Não gosto de...

A pedido do Deibaidei, Não gosto de pessoas superficiais, conversas fúteis, dos tugas, dos bimbos, dos incultos, de moda, de roupa, de chatos, de guerra, de conflito, de tristeza, de neurose, de perder o controlo, de monotonia, de perder tempo, de interesseiros, de zoos, que me gritem, que me mintam, de mentir mas tem de ser, de meios termos, de meias tintas, de iô-ios, de pessimistas, de atrasos, de quem não cumpre, de complicações, de desnecessidades, de yuppies, de invejosos, de hipócritas, de confusões, de lutas, que os miúdos se peguem, de ouvir, de pedir desculpa, que me peçam desculpa, de indefinições, de palavras vãs, de eternos planos, de ficar calado, de não ficar calado, de estar longe dos meus, da lentidão, da imobilidade, da resistência à mudança, de cinismo, de ser ignorante, de me irritar, de ser desarrumado, de me chatear, do Steven Seagal, do Bruce Lee, do Chuck Norris, do Tonecas, dos Malucos do Riso, da Marina Mota, da Maya, do António Vitorino, da Rita Ferro Rodrigues, da entrevistadora de serviço do Canal 1 de que não me lembro o nome, do marido não sei quê Seabra, do excesso de futebol, do Pinto da Costa, do gajo do Benfica, do gajo do Sporting, de futebolês, de economês e de culturês, dos políticos portugueses, da maioria dos portugueses, de falta de educação, da descortesia, de líderes, de homens-providência, que joguem com sentimentos, de tarólogos, de cartomantes, de videntes, de adivinhos, de locais poluídos, de mau hálito, que esperem por mim, de esperar pelos outros, de vaidosos, que não acreditem em mim, de música minimal repetitiva, de free jazz, de filmes gore, de snuff, da tropa, da violência, do Quim Roscas e não sei quê, de reality shows, de big bredas, de telenovelas portuguesas, de telenovelas brasileiras, de telenovelas mexicanas, de telenovelas venezuelanas e de telenovelas do Butão, de wrestling, de boxe, de touradas, da Bárbara Guimarães, da Mila Ferreira, da Manuela Moura Guedes, de botox, daquela matéria para aumentar as mamas e de que não me lembro, de Alzheimer, do Marco António Costa, de comunistas, de capitalistas, de anarquistas, do politicamente correcto, do acordo ortográfico, do José Saramago, dos livros do José Saramago, da personalidade do José Saramago e dos disparates do José Saramago, do trânsito, da lentidão do trânsito, do Porto, da falta de jardins no Porto, da falta de parques infantis no Porto e Gaia, que não invistam tempo nas crianças, da falta de civismo, da bisga, da catota, do bufo, de enfiar a carapuça, de discussões, de segundas agendas, de revistas cor-de-rosa, de paparazzi, de blogues carpideiras, da morte, de funerais, dos programas televisivos cor-de-rosa, de machismo, de marialvismo, do fado manhoso, dos que acham que está sempre tudo bem, do amiguismo, do carreirismo, de feijão verde, de já ter passado mais de medade da minha vida, de ter feito pouco, de ter produzido pouco, de não fazer a diferença, de não deixar saudade, de deixar fastio, de já não ver a minha avô A., de muita arte contemporânea imperceptível, dos queques, da palavra queca, da palavra jinhos, de acrónimos idiotas, de bjs, de xis, de bolas em cima de is, dos songamongas, dos espertalhões, das construções em barda com 414 fogos e nem um metro de relva, das obras deixarem sempre um lancil, muro ou paralelo por terminar, da incúria, injustiça, da justiça em Portugal, de ver premiados os incumpridores, do riso alarve dos cretinos, da impunidade, dos colunistas sociais, dos gays que fazem desse facto uma arma, de racismo, que não queiram mudar o mundo, e dos outros... quando não gostam de mim!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

And now something new: ZERO 7



Para aceder ao site do grupo, e ouvir a sua música, clicar
aqui.

Silêncio! Vai tocar o mestre...

Dedicado ao Tulius e à NF.

Eu gosto de...

Eu gosto de rir, da Feira do Livro, dos meus amigos, das fotos dos meus amigos, de água, de ser provocado, de nada, de inventar histórias, do cheiro da terra molhada, da pele com pele, de transpirar, de correr, de nadar, de jogar, de aeroportos, de arroz, de filmes, de aviões, de esplanadas, de pataniscas, de jantar sexta-feira, de encontrar velhos amigos, de certas palavras sussurradas, de convites para jantar, de chocolate, de jazz vocal, de cheirar, de campismo selvagem, de liberdade, de jacarandás em flor, de mulheres bonitas, de mulheres bonitas com classe, de queijos, de mini-saia, de árvores de fruto, de paz e harmonia, do Rio de Janeiro, de melancia, de muito calor, do som das cigarras, de encontrar antigas namorada, de Longres, de aviões grandes, de navios, de portos, de mulheres com rabo de cavalo, de pastéis de nata, de Frank Sinatra, de jesuítas, de Marlon Brando, de lingerie, de propostas indecentes, de vinagre balsâmico, de enchidos, do cheiro de enchidos, de lençóis frescos, de vinho, de vinho branco, de vinho tinto, de férias, dos preparativos para férias, de não fazer nada, de montar a cavalo, de Picasso, de elogios, da casa com gente, dos meus filhos, do mar, de decotes, de gatos, de sedução, de ópera, de sushi, de Frankfurt, de cerveja, de cerveja fresca, de cerveja fresca preta, de Beethoven, de primeiros beijos, de jornais, de Dali, de massagens, de surpreender, de fazer rir, de ler, de revoluções, de livros, do cheiro dos livros, de discos, de dançar, de danças de salão, de Angola, de jogar ténis, de muamba, de viajar, de escrever, de livrarias, de bibliotecas, de Vergílio Ferreira, de museus, de pintura, de De Chirico, de preversidade, de praia, de bom senso, de tripas, de cozido à portuguesa, de Régio, de saias com racha, de cinema, de Wagner, de dormir, de Sergio Leone, de Genesis, de ronronar, de Torga, de lambidelas, de cunnilingus, de minis-saias de padrão escocês e meias altas, da chuva miudinha, de comer no sofá, de biquinis, de falar com a minha mãe, do Velho e o Mar, da voz feminina, de explicar, de Pink Floyd, de bilhetes escritos à mão, do Ricardo Araújo Pereira, do José Pedro Gomes, do Miguel Sousa Tavares, de dentes direitinhos, de concluir, de objectividade, de chocolate, de mimos, de Bach, de lingerie preta, de Maradona, de planear viagens, de ensinar coisas aos meus filhos, de esplanar, deste blogue, de criar suspense, de Chico Buarque, de ver os olhos dos meus amigos, do livro Uma agulha o Palheiro, de surpreender, de fazer bolos, de biografias, de Mozart, de provocar os meus amigos, de Moore, de champanhe, de Maria Callas, de anúncios publicitários, do número 7, 13 e 83, de Vila Real de Santo António, do sapal, de citações curtas, de Oscar Wilde, de contos, de neve, de água com gás, de manhãs muito cedo, de Nureyev, de lareiras, de pontes, de fellatio, de cabelos ondulados, de passear em Picadilly, de mapas de países, de votar, de superstições, de Margot Fonteyn, de tradições, de quebrar tradições, de poesia portuguesa, do Brasil, da minha prima M, de francesinhas, de inter-rail, de água, de Rita Hayworth, de chuva no vidro quando estou na cama, de velhos, do livro Alma, de feriados, de arco-íris, de Berlim, de pão-de-ló de Arouca, de aldeias portuguesas, de picanha, de Madrid, de poetas, do Bolhão, de La Boqueria, de James Dean, de conhecer outras pessoas, de Barcelona, da Feira de Espinho, de Sergio Leone, de comida étnica, de gin, de fumar (pouco), de cocktails, de ovos moles, de Robert Redford, de ir ao cinema e ser surpreendido, de Era uma vez na América, do Padrinho I e II, de bolinhos de bacalhau, de jantar em casa de amigos, de oferecer prendas, de Paul Newman, do Sabugueiro, de me surpreender, de falar com o meu pai, de ouvir os mais velhos, de recordar a minha infância, de pensar no futuro, de estar vivo... e da minha sogra!

O primeiro dia sem...

Salvo erro, ontem foi o primeiro dia sem novas mensagens dos meus caros amigos. Tal como eu previa, dá-vos forte mas passa depressa. Este é o problema do homunculus lusitanus: fica-se...
Assim, deixo-vos para reflexão,

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Ainda não é desta... ...mas tomem lá disto!



In taberna quando sumus (Carmina Burana - Carl Orff)

Com letra e tudo, em latim, que fica "chique a valer"

In taberna quando sumus, non curamus quid sit humus, sed ad ludum properamus, cui semper insudamus. quid agatur in taberna ubi nummus est pincerna, hoc est opus ut quaeratur; si quid loquar, audiatur. Quidam ludunt, quidam bibunt, quidam indiscrete vivunt. sed in ludo qui morantur, ex his quidam denudantur, quidam ibi vestiuntur, quidam saccis induuntur; ibi nullus timet mortem, sed pro Baccho mittunt sortem. Primo pro nummata vini; ex hac bibunt libertini; semel bibunt pro captivis, post haec bibunt ter pro vivis, quater pro Christianis cunctis, quinquies pro fidelibus defunctis, sexies pro sororibus vanis, septies pro militibus silvanis. octies pro fratribus perversis, nonies pro monachis dispersis, decies pro navigantibus, undecies pro discordantibus, duodecies pro paenitentibus, tredecies pro iter agentibus. Tam pro papa quam pro rege bibunt omnes sine lege. Bibit hera, bibit herus, bibit miles, bibit clerus, bibit ille, bibit illa, bibit servus cum ancilla, bibit velox, bibit piger, bibit albus, bibit niger, bibit constans, bibit vagus, bibit rudis, bibit magus, Bibit pauper et aegrotus, bibit exul et ignotus, bibit puer, bibit canus, bibit praesul et decanus, bibit soror, bibit frater, bibit anus, bibit mater, bibit ista, bibit ille, bibunt centum, bibunt mille. Parum sescentae nummatae durant cum immoderate bibunt omnes sine meta, quamvis bibant mente laeta; sic nos rodunt omnes gentes, et sic erimus egentes. qui nos rodunt confundantur et cum iustis non scribantur.

A força da publicidade (II)

Para ver e reflectir...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tá de chuva...

Sexta aproxima-se...

Ei, Labrosca! Hagarraqui, por onde andas? Al, será desta que apareces?
Uma vez que a tertúlia vai decorrer um pouco mais longe do que é o habitual (meia-hora de carro) proponho que o pessoal se organize em Gaia (local a definir) e parta em conjunto. Desta forma, podemos optimizar o transporte.
A concentração terá lugar por volta das 20.00 horas. Aceitam-se sugestões para o local de encontro (Bar do Alex?).
Atenção às inscrições! Fiquei de confirmar o número de pessoas até 5ªfeira.
Se o Al nos quiser presentear com a sua pessoa poderá lá ir ter directamente. Enviar-lhe-ei as instruções através de email.
Vá!.. digam qualquer coisa! Já começa a cheirar a arroz de grelos e orelha grelhada!!!

A força da publicidade

Mensagens simples; que nos tocam, ou induzem um sorriso. A publicidade também pode ser fascinante!
Estes dois spots circulam pela net e com certeza já foram parar à caixa de correio de muita gente (Tulius, perdoa-me se já os conheces!). Mesmo assim vale a pena rever...

domingo, 26 de outubro de 2008

Elliott Ewritt






Mais um foto-repórter, do clã Leica, mestre do preto-e-branco.
Filho de emigrantes russos, Elliott Erwitt estabeleceu-se nos EUA, desde 1941. Formado em cinema, entrou na mitológica agência Magnum a convite de um de seus fundadores, ROBERT CAPA.
A sua obra, caracterizada pelo humor e pelo absurdo, revela as emoções humanas mais ingénuas no contexto do pós-guerra.

Para conhecer mais da sua obra, clicar aqui.

Nimrod (from Enigma Variations) - Elgar

Atenção: ouvir o mais alto que for possível. Isto sim, é música de elevador. Eleva-nos até à eternidade.

Debate: porque gostam mais os homens do dirty-talk?

Eis o segundo tema de debate (para-sociológico): ha hora H, parece facto que, a existir, os homens apreciam mais o dirty-talk, do que as mulheres. Apreciam mais dizer e ouvir. Ou não? Por que será? Hoje num pré-anúncio do tema, ouvi dizer que o tema está ligado à educação. Estará?
Por favor, esclareçam-me, porque o tema apaixona-me, seus filhos da mãe...
Atenção: quem não participar é gayola que não sabe se gosta de dirty-talk. Melhor, não sabe o que é o dirty-talk...

sábado, 25 de outubro de 2008

Notícias frescas e saborosas

1. Está confirmado o próximo encontro na Casa M... . Uma vez que o tasco fica um pouco mais longe, marquei-o para as nove horas. Se alguém souber do Já-não-Hagarraqui-man, ou do Al-fora-de-prazolam, que os avise, porque eu tenho que confirmar o número de pessoas até quinta.
2. O safari fotográfico será de hoje a quinze dias.
Mais pormenores sobre os eventos chegarão nos próximos dias.

Cirurgia para aumento do prazer

Debate: Podem os homens ser (genuinamente) amigos das mulheres (muito) atraentes?

Tema de debate da semana: gostava muito de colher as vossas (sábias) opiniões sobre este tema. Atenção isto não é brincadeira de guerra de sexos. É sério debate sociológico. Podem os homens ser genuinamente amigos das mulheres muito atraentes? Há quem defenda que sim, há quem defenda que isso é impossível, embora todos façamos um esforço. Pelo sim, pelo não, deixo aqui a citação do filme já mencionado - when harry met sally - onde o actor defende que tal é impossível porque o sexo mete-se sempre de permeio.

Harry Burns: You realize of course that we could never be friends.
Sally Albright: Why not?
Harry Burns: What I'm saying is - and this is not a come-on in any way, shape or form - is that men and women can't be friends because the sex part always gets in the way.
Sally Albright: That's not true. I have a number of men friends and there is no sex involved.
Harry Burns: No you don't.
Sally Albright: Yes I do.
Harry Burns: No you don't.
Sally Albright: Yes I do.
Harry Burns: You only think you do.
Sally Albright: You say I'm having sex with these men without my knowledge?
Harry Burns: No, what I'm saying is they all WANT to have sex with you.
Sally Albright: They do not.
Harry Burns: Do too.
Sally Albright: They do not.
Harry Burns: Do too.
Sally Albright: How do you know?
Harry Burns: Because no man can be friends with a woman that he finds attractive. He always wants to have sex with her.
Sally Albright: So, you're saying that a man can be friends with a woman he finds unattractive?
Harry Burns: No. You pretty much want to nail 'em too.
Sally Albright: What if THEY don't want to have sex with YOU?
Harry Burns: Doesn't matter because the sex thing is already out there so the friendship is ultimately doomed and that is the end of the story.
Sally Albright: Well, I guess we're not going to be friends then.
Harry Burns: I guess not.
Sally Albright: That's too bad. You were the only person I knew in New York.

Que acham os meus amigos? Isto tem fundo de verdade? Ou os homens olham para as mulheres bonitas como olham para o António Vitorino?
Aguardam-se as vossas contribuições.

nec plus ultra

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

1812

Yuri Temirkanov conduz a orquestra filarmónica de Leninegrado e as orquestras militares de Leninegrado. Canhões reais a disparar fora da sala. Tchaikovky em grande!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Três lisboetas e um tripeiro

Três lisboetas e um tripeiro

Diz o 1º lisboeta
- Eu tenho muito dinheiro, vou comprar o BPI.

Diz o 2º lisboeta
- Eu ainda sou mais rico, vou comprar a Fiat automóveis.

Diz o 3º lisboeta
- Eu sou um magnata, vou comprar todos os supermercados Continente.

O tripeiro dá uma baforada no charuto, bebe um gole ... faz uma pausa ... e diz:
- Num bendo!...

Só para dizer que andamos ENGANADOS...

Robert Doisneau: O fotógrafo de rua





Doisneau (1912/1994), um dos nomes mais sonantes no universo da fotografia, tornou-se famoso através dos seus inúmeros instantâneos de rua. Documentou com humor e empatia a vida nos subúrbios de Paris. A sua fotografia mais famosa, recentemente adquirida por 155 mil euros, é "Beijo em frente ao Palácio da Câmara Municipal".

A gente precisa dos ovos...

Final de Annie Hall. Woody Allen no seu melhor...

Anedota estúpida

Uma mulher chegou a casa e disse para o marido:
- Zé, lembras-te das enxaquecas que eu costumava ter sempre vez que nós íamos fazer amor? Estou curada.

- Não tens mais dores de cabeça?!?! O marido perguntou espantado.
A mulher respondeu:
- A minha amiga Margarida indicou-me um terapeuta que me hipnotizou.

O médico disse-me para ir para a frente do espelho, olhar bem e repetir para mim mesma:
- Não tenho mais dores de cabeça.
- Não tenho mais dores de cabeça.
- Não tenho mais dores de cabeça.

Fiz isso e as dores de cabeça parece que desapareceram.
O marido respondeu:

- Mas que maravilha!

Então a mulher disse ao marido.
- Nos últimos anos não andas muito interessado em sexo... Por que não vais ao terapeuta e tentas ver se ele te ajuda a ter interesse no sexo novamente?
O marido concordou, marcou uma consulta e alguns dias depois estava todo fogoso para uma noite de amor com a mulher... Então foi a correr para casa e entrou arrancando as roupas e arrastando a mulher para o quarto. Colocou a mulher na cama e disse-lhe:
- Não te mexas que eu já volto.
Ele foi ao WC e voltou logo depois, saltou para cima da cama e fez amor duma maneira muito apaixonada como nunca tinha feito com a mulher antes.

A mulher disse:
- Zé, foi maravilhoso!
O marido disse novamente para a mulher.
- Não saias dai que eu volto logo.
Foi ao WC e a segunda vez foi muito melhor que a primeira.
A mulher sentou-se na cama, a cabeça ainda a girar em êxtase com a experiência.
O Marido disse outra vez:
- Não saias dai que eu volto logo.
Foi ao WC... Mas desta vez a mulher foi silenciosamente atrás dele e
quando chegou lá o marido olhava para o espelho e dizia:

- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher...

O velório do Zé será amanhã na capela do cemitério dos Prazeres!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Arriba Iberia!...

Porvocação(!?)

Pensamento do dia

“Se fosse possível tolerar nos outros o que permitimos em nós mesmos, a vida não seria tão difícil.”

William Faulkner(1897-1962)

Misty

Eu sei, não é novidade. No entanto, não deixa de ser genial!
Tema escrito por Errol Garner (1954), mais tarde enriquecido pela letra de Johnny Burke, teve (na minha opinião) o seu momento mais alto nas interpretações do dueto Stan Getz / Chat Baker e da Sarah Vaughn.
A versão que apresento, a melhor que encontrei disponível, é da responsabilidade da não menos célebre Ella Fitzgerald. Deliciem-se!..
Ella Fitzgerald - Misty


Look at me, Im as helpless as a kitten up a tree;
And I feel like Im clingin to a cloud,
I can t understand
I get misty, just holding your hand.
Walk my way,
And a thousand violins begin to play,
Or it might be the sound of your hello,
That music I hear,
I get misty, the moment youre near.
Cant you see that youre leading me on?
And its just what I want you to do,
Dont you notice how hopelessly Im lost
Thats why Im following you.
On my own,
When I wander through this wonderland alone,
Never knowing my right foot from my left
My hat from my glove
Im too misty, and too much in love.
Too misty,
And too much
In love.....

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Concurso

Tive uma ideia. E eu sou famoso por ter ideias destas. Quero lançar desde já - suas galinholas merdosas, quero dizer medrosas - um concurso:
cada um de nós decora um poema (à escolha do freguês) que vai declamar na próxima reunião. Atenção é dito, não é lido. A votação do melhor diseur é secreta e o vencedor não paga o consumo na Casa M. e ainda recebe um presente surpresa (oferta cá do moi).
Se não concordarem com o concurso eu obrigo o Tullius a declamar os nove poemas que ele já tinha levado para a reunião anterior. Escolham...

Um curso de interpretação em seis minutos

Tenho que vos penalizar por ninguém ter colocado antes este mito, este pedaço de História contemporânea ao alcance dos nossos visitantes. Pronto, agora já está. Era uma oferta que eu não podia recusar...

Poesia, marketing e simplicidade

Raposa em liberdade

Raposa (Vulpes vulpes), Salreu, 12/2/2007

I need you

Desculpem a insistência, mas não consegui resistir. Música simples, fresca e inspirada, a dos America!


We used to laugh, we used to cry
We used to bow our heads then, wonder why
And now you're gone, I guess Ill carry on
And make the best of what youve left to me
Left to me, left to me

I need you like the flower needs the rain
You know I need you, guess Ill start it all again
You know I need you like the winter needs the spring
You know I need you, I need you

And every day, Id laugh the hours away
Just knowing you were thinking of me
And then it came that I was put to blame
For every story told about me
About me, about me

I need you like the flower needs the rain
You know I need you, guess Ill start it all again
You know I need you, I need you
I need you like the winter needs the spring
You know I need you, guess Ill start it all again
You know I need you, I need you

I need you like the flower needs the rain
You know I need you, guess Ill start it all again
You know I need you, I need you
I need you like the winter needs the spring
You know I need you, guess Ill start it all again
You know I need you, I need you ...

domingo, 19 de outubro de 2008

Dia de Verão em Outuno...

É verdade, hoje esteve um dia de Verão, sem vento à beira-mar. Até vi um tipo a apanhar banhos de sol em cuecas. Estive quase para lhe dar os parabéns. Mas, contive-me por receio de ser mal entendido.

E a propósito deste blogue, onde me sinto muito bem, gostava de dizer, parafraseando outros tipos, que nós nunca fomos perfeitos, mas somos reais e somos tão mais interessantes quanto tentamos o melhor de nós. Isso basta-me.

Quanto mais compreendo o mundo, mais complexo, esquivo e confuso se me afigura. Fico mesmo sem definições adequadas da realidade. E temos de estar dispostos a admitir que não temos todas as respostas, caso contrário, nunca teremos nada de importante para dizer.

Sem mais, a palavra ao artista:



e enquanto se deliciam (ou não) com a música, aqui ficam dois pedaços de Mar, de Sophia


Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.


Mar

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

sábado, 18 de outubro de 2008

André Kertész





André Kertész nasceu em Budapeste, no ano de 1894. O seu trabalho foi um importante contributo na valorização da fotografia enquanto meio expressão artística. Talentoso e invulgarmente original (por exemplo no uso de espelhos para criar imagens distorcidas), Kertész sofreu a influência do movimento cultural pós-guerra com epicentro em Paris (são claras as influências do surrealismo e do dadaísmo em alguns dos seus trabalhos).
As fotos divulgadas dizem respeito a fases distintas do seu trabalho: período francês (1ª e 2ª imagens), período americano ( 3ª e 4ª imagens)
Descobri no baú de velharias da minha mãe, uma foto muito antiga, com alguns cabeludos deste blog, que gostava de publicar aqui. Alguém contra? Não estão lá todos mas vão reconhecer todos os que lá estão.

A foto é de péssima qualidade mas foi revelada nos Estúdios Fotográficos do Hagarraky, por isso não me culpem a mim!

Acho que seria interessante tentarem adivinhar a idade da foto. Além de que o risco de sermos reconhecidos na rua é mínimo, porque o tamanho das cabeleiras da altura, é directamente proporcional ao das nossas barrigas agora!

Melhor é impossível...

Ora vejam lá se isto não é uma música de sexta-feira. Atenção, é inultrapassável. Ouvir alto e em silêncio litúrgico. São 8'27'' de elevação divina. Tem tradução e tudo para os menos versados na Língua de Goethe, Novalis e Höderlin (poetas a que voltaremos no futuro). E por falar em poetas vejam lá se o Mário não estava inspirado (e desesperado) quando escreveu a Caranguejola




Mário de Sá-Carneiro, 1890-1915

Caranguejola

- Ah, que me metam entre cobertores,
E não me façam mais nada!...
Que a porta do meu quarto fique para sempre fechada,
Que não se abra mesmo para ti se tu lá fores!

Lã vermelha, leito fofo. Tudo bem calafetado...
Nenhum livro, nenhum livro à cabeceira -
Façam apenas com que eu tenha sempre a meu lado
Bolos de ovos e uma garrafa de Madeira.

Não, não estou para mais - não quero mesmo brinquedos.
P'ra quê? Até se mos dessem não saberia brincar...
Que querem fazer de mim com este enleios e medos?
Não fui feito p'ra festas. Larguem-me! Deixem-me sossegar!...

Noite sempre p'lo meu quarto. As cortinas corridas,
E eu aninhado a dormir, bem quentinho - que amor!...
Sim: ficar sempre na cama, nunca mexer, criar bolor -
P'lo menos era o sossego completo... História! Era a melhor das vidas...

Se me doem os pés e não sei andar direito,
P'ra que hei-de teimar em ir para as salas, de Lord?
- Vamos, que a minha vida por uma vez se acorde
Com o meu corpo, e se resigne a não ter jeito...

De que me vale sair, se me constipo logo?
E quem posso eu esperar, com a minha delicadeza?
Deixa-te de ilusões, Mário! Bom edrédon, bom fogo -
E não penses no resto. É já bastante, com franqueza...

Desistamos. A nenhuma parte a minha ânsia me levará.
P'ra que hei-de então andar aos tombos, numa inútil correria?
Tenham dó de mim. Co'a breca! Levem-me prà enfermaria! -
Isto é, p'ra um quarto particular que o meu Pai pagará.

Justo. Um quarto de hospital, higiénico, todo branco, moderno e tranquilo;
Em Paris, é preferível - por causa da legenda...
Daqui a vinte anos a minha literatura talvez se entenda -
E depois estar maluquinho em Paris fica bem, tem certo estilo...

Quanto a ti, meu amor, podes vir às quintas-feiras,
Se quiseres ser gentil, perguntar como eu estou.
Agora, no meu quarto é que tu não entras, mesmo com as melhores maneiras...
Nada a fazer, minha rica. O menino dorme. Tudo o mais acabou.

Paris - Novembro 1915

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Acerca do próximo encontro...

Estão abertas as inscrições para o próximo encontro no... local que sabemos... às horas que sabemos... ou pensamos que sabemos!!!
A ementa passará provavelmente por uns petisquinhos género orelha grelhada, carapauzinhos, pataniscas,.... acompanhados por arroz de grelos (o melhor da via láctea!). Quem gostar de coisas da pesada também poderá contar com uma sopa de pedra, tripas em vinha d'alhos ou pezinhos de coentrada...
Gosto de ser machista.
Sem complexos.
Só faço o que quero, quando quero e como quero.
O lugar da mulher é em casa. A tratar da casa e dos miúdos. A fazer o tacho, a tratar da roupa, da lide caseira, da limpeza e de tudo o mais. Não esquecendo de dar de comer às galinhas, e porque não, nos tempos livres de tratar da horta? Tirar ervas, ancinhar, semear, podar, regar e tudo o mais. Têm tempo! Não esquecer as compras. O meu marido gosta muito do Camemberg do Pingo Doce, o arroz agulha do Suriname no LIDL, e leite do dia só o do Jumbo. Tens de conseguir. Rápido que ele deve estar a chegar. Ai meu Deus se me atraso.
Quem?
Sim, querida?
É só um segundinho, deixa-me baixar o lume, desligar o microondas e tirar o aventalzinho que já desço para te abrir o portão...

É sexta-feira
...já noite...
Falta tanto para segunda...
Gosto das segundas-feiras.
Para ir trabalhar...
E de gajas boas...
Também gosto de vinho...
Gosto de Calendários.
Especialmente os de talhos.
Alguma frustação por não ser camionista de longo curso?
Será que mensagens deste calibre retiram brilho ao Monami6f?
Mas eu gosto de calendários...
Gosto de as ver de bata. Se possível, com pouco hardware vestido por baixo. Que saudades das combinações. Porque já não usam elas as fantásticas combinações? A melhor mulher é a não preparada. Não arranjada, numa qualquer aldeia em manhã de Domingo, varrendo apressadamente o quinteiro, enquanto as achas ardem, dando calor aos tijolos e pedras que vão aguentar as batatas e o cabritinho temperado de véspera em vinha de alho. E as maçãs da Porta da Loja ou Três ao Prato, ou Pipo de Basto no tabuleiro que vão alourar no calor remanescente do forno após a saída do dito cujo. Eu gosto delas sem pintura. Sem palamentas, sem artefactos, enfim, sem tuning. Talvez até um ligeiro aroma proveniente do esforço do descascar das batatinhas para fazer fartura. E no fim da labuta, do regozijo, do ansiado repasto, do bagacinho pós café, naqueles Domingos frios e húmidos de fim de Outono, um olhar de agradecimento por tudo aquilo. Um faz de conta que não percebi o esforço, enquanto eu passeava de bicicleta junto ao mar, alguém preparava tudo sem reclamar, naquela manhã de Domingo...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Edward Sheriff Curtis






A fotografia nem sempre está directamente relacionada com grandes meios ou tecnologias de ponta (por isso é um meio de expressão tão interessante!). Curtis, foi um fotógrafo dos finais do séc. XIX. Retratou, através da técnica da fotogravura em chapa de cobre, a população índia norte-americana (The Vanishing Race). A qualidade e a beleza das imagens é superlativa!
Os exemplos falam por si...

Spot Genial (IV)

Apesar de ser muito "antiguinho", pode ser que tenha passado despercebido a alguém... e tem muita piada.
Trata-se de um spot publicitário a uma academia de defesa pesoal para crianças.


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Um ano depois, segredo

Este grande cantor - com os seus defeitos ainda tinha mais piada - morreu há um ano.
Lembrem-se dele...



enquanto lêem esta pérola da

Maria Teresa Horta (Lisboa, 1937)

Segredo

Não contes do meu
vestido
que tiro pela cabeça

nem que corro os
cortinados
para uma sombra mais espessa

Deixa que feche o
anel
em redor do teu pescoço
com as minhas longas
pernas
e a sombra do meu poço

Não contes do meu
novelo
nem da roca de fiar

nem o que faço
com eles
a fim de te ouvir gritar

Breve História da Fotografia

· Data descohecida: Câmaras obscuras eram usadas para criar imagens em paredes de salas escurecidas; formação da imagem através de um orifício.
· Séc. XVI: Definição e luminosidade das câmaras obscuras melhoradas através da utilização de uma lente telescópica.
· 1727: O Professor J. Schulze mistura ácido nítrico e prata num recipiente de vidro; verificou que houve escurecimento de um dos lados do recipiente quando exposto ao sol. Criação acidental da primeira composição foto-sensitiva.
· 1800: Thomas Wedgwood faz imagens em silhueta de objectos opacos colocados em couro tratado com nitrato de prata.
· 1816: Nicéphore Niépce combina a câmara obscura com papel foto-sensível.
· 1826: Niépce cria uma imagem permanente.
· 1834: Henry Fox Talbot cria imagens permanentes (negativos) usando papel embebido em clorito de prata e fixado numa solução salina. Talbot criou imagens positivas por impressão de contacto com outro pedaço de papel.
· 1837: Louis Daguerre cria imagens em cristais de prata.
· 1851: Frederick Scott Archer, um escultor londrino, melhorou a resolução fotográfica espalhando uma mistura de colódio e agentes químicos num pedaço de vidro. Este método era mais económico e permitia reproduções ilimitadas .
· 1855: Início da fotografia estereoscópica.
· 1855-57: Imagens positivas directamente em vidro e (ambrotypes) e metal (tintypes or ferrotypes). A técnica tornou-se popular nos EUA.
· 1861: O Físico escocês James Clerk-Maxwell desenvolve a fotografia a cores.
· 1861-65: Matthew Brady e o seu staff cobriram a Guerra Civil Americana, através de 7000 negativos.
· 1871: Richard Leach Maddox, um médico inglês, propõe o uso de uma emulsão de gelatina e brometo de prata sobre um vidro, o processo “vidro seco”.
· 1877: O inglês Eadweard Muybridge, usa uma sequência de fotogramas para provar que há momentos em que os cavalos mantém as 4 patas afastadas do chão.
· 1880: George Eastman cria a “Eastman Dry Plate Company” em Rochester, Nova Iorque.
· 1888: Primeira câmara Kodak.
· 1900: Introdução de um filme em forma de rolo nas câmaras Kodak.
· 1906: Aparecimento do filme pancromático (incremento da qualidade) .
· 1907: Primeiro filme comercial a cores fabricado pelos irmãos Lumiere.
· 1914: Oscar Barnack, empregado na firma Leitz desenvolve as câmaras de formato 24x36mm
· 1917: Nippon Kogaku K.K., que mais tarde se denomina Nikon, estabelece-se em Tóquio
. 1924: Surgimento das Leica.
· 1928: Karl Blossfeldt publica “Formas de Arte na Natureza”.
· 1932: Henri Cartier-Bresson compra uma Leica e começa uma carreira de 60 anos a fotografar pessoas.
· 1933: Brassai publica“ Paris de nuit”.
· 1934: Início da firma Fuji Photo.
· 1936: Criação do célèbre filme Kodachrome.
· Segunda Guerra Mundial: Margaret Bourke-White, Robert Capa, Carl Mydans, e W. Eugene Smith fazem a reportagem da Guerra para a “LIFE magazine”.
· 1947: Criação da agência Magnum (Henri Cartier-Bresson Robert Capa, e David Seymour) .
· 1948: Hasselblad, na Suécia, cria primeira câmara médio-formato; Pentax introduz o diafragma automático; Surgem as primeiras Polaroid.
· 1959: Aparecimento da Nikon F.
· 1963: Primeira câmara sub-aquática Nikonos.
· 1975: Steve Sasson, na Kodak, constrói a primeira câmara digital com sensor CCD
· 1985: Minolta introduz o primeiro sistema autofocus (chamado Maxxum).
. 1987: Surgimento do sistema Canon EOS com motor autofocus nas objectivas.
· 1990: Aparecimento do Adobe Photoshop.
· 1991: Kodak DCS-100, primeira câmara digital SLR (uma Nikon F3 modificada).
· 1993: Sebastião Salgado publica Workers.
· 1999: Surgimento da Nikon D1 SLR, 2.74 megapixel.
· 2001: Polaroid sai de cena.
· 2004: Kodak cessa a produção de filmes.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Convite

Para apreciar poesia e boa música, há que ler e dar ouvidos a Baco.
Alguém alinha?

Madeleine Peyroux: Smile

Aproveitando o som mp3 (melhor que o do youtube) partilho convosco um dos temas que mais me tem acompanhado nos últimos tempos. Gosto particularmente da interpretação da Madeleine, um pouco ao estilo da Billie Holiday, e do som superlativo do trompetista Till Bronner.
Madeleine Peyroux - Smile


Smile
Composição: Charlie Chaplin / John Turner / Geoffrey Parsons

Smile though your heart is aching
Smile even though its breaking
When there are clouds in the sky, you'll get by
If you smile through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll see the sun come shining through for you

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile

Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile

That's the time you must keep on trying
Smile, whats the use of crying
Youll find that life is still worthwhile
If you just smile

Humor Negro

Os novos outdoors do Obama...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Se isto é a Anna Moffo eu quero ser uma bola de naftalina

Acho que esta dispensa apresentações, mas ainda assim vai para todos os que acham a ópera uma seca. É difícil suplantar esta récita da Anna Moffo, mas os mais curiosos podem sempre comparar com a Dessay, a Fleming ou a Netrebko.
NB: ouvir muito alto (perto da potência máxima e sozinho)

Nos 40 anos da morte de Manoel Bandeira

MADRIGAL MELANCÓLICO

O que eu adoro em ti
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e incerteza.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Mas é o espírito subtil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem é tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.

O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.

O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto matinal
Em teu flanco aberto como uma ferida.

Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti é A VIDA!!!

Manoel Bandeira

(Re)cortes - III

Publicado no JN de hoje...
É verdade que desconheço se foi publicado, de facto, por um prof, se por um sindicalista, se por uma associação de pais, se por um político da oposição...
Em qualquer caso... dá que pensar...

Jazz falado

A última página da novela "On the Road" do escritor americano Jack Kerouac lida por si próprio.
Este livro, considerado um ícone da Beat Generation, foi escolhido pela TIME como uma das melhores 100 obras jamais escritas na língua inglesa.
O vídeo é acompanhado pelas fotos do próprio escritor e Neal Cassady (Dean Moriarty), um dos seus companheiros de estrada. A música (excelente) foi escrita por Sammy Kahn.

A FORÇA DAS IMAGENS





Sharad Haksar é um talentoso fotógrafo indiano que trago ao nosso espaço. A colecção de imagens "Brand Irony" alerta para a publicidade verdadeiramente obscena de marcas de grandes multinacionais em países pobres como a Índia. Trabalho pleno de ironia e criatividade.

domingo, 12 de outubro de 2008

Pescador

Praia da Aguda, 13/1/2007

sol da intimidade

Aqui vai uma lista (toma lá Vital) com os dez maiores enigmas da Ciência, retirada da revista Science&Vie de Agosto último

1. Porque há qualquer coisa mais do que o nada?

2. Como apareceu a vida?

3. Haverá outros universos?

4. Como se passa do ovo à galinha?

5. O que é a consciência?

6. O nosso mundo é quântico?

7. De onde vêm as ideias?

8. Qual é a natureza do tempo?

9. O que é que caracteriza o homem?

10. Como vai tudo terminar?




PS(livra!..., enfim...) - Mas por acaso alguém me pode elucidar acerca de um livro, ou qualquer coisa assim que foi editado e por aqui comentado e que eu não sei de nada???

POEMA EM LINHA RECTA

Em jeito de desabafo e porque sei que o Labrosca vai gostar!

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irresponsavelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.


Álvaro de Campos

Sessão dupla

Por vezes é assim: um grande poeta, um grande poema, um grande cantor, uma grande canção. Plagiando o Labrosca, se é assim aqui, como será no Céu?

Manuel Lopes da Fonseca, alentejano de alma e coração, sabia como nenhum outro as razões da luta: «Escrevo por ser do contra, por ver nas palavras um berro humano».
Este grande escritor, nascido em Santiago do Cacém no dia 15 de Outubro de 1911, foi um dos principais autores do neo-realismo português.

Em 1975, com revolução sonhada ainda quente, Adriano Correia de Oliveira pedir-lhe-ia ajuda para “Que nunca mais”. Neste trabalho, com a poesia de Manuel da Fonseca e direcção musical de Fausto, Adriano cantaria o seu primeiro disco em liberdade. Livre do lápis da censura, Adriano cantaria não só a liberdade mas também a ditadura que nunca mais voltará. Neste álbum, que levaria a revista inglesa Music Week a eleger Adriano “Artista do Ano”, ficarão para sempre as palavras imortais do poeta:

Tejo que levas as águas

Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar.
Lava-a de crimes espantos
de roubos fomes terror
lava a cidade de quantos
do ódio fingem amor.

Lava bancos e empresas
dos comedores de dinheiro
que dos salários de tristeza
arrecadam lucro inteiro.

Lava palácios vivendas
casebres bairros de lata
leva negócios e rendas
que a uns farta a outros mata.
Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas.
Lava avenidas de vícios
vielas e amores venais
lava albergues e hospícios
cadeias e hospitais.

Afoga empenhos favores
vãs glórias ocas palmas
leva o poder de uns senhores
que compram corpos e almas.
Das camas de amor comprado
desata abraços de lodo
rostos corpos destroçados
lava-os com sal e iodo.

Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar.

Cinco equações que mudaram o mundo

Newton e a lei da gravitação universal F=GxMxm:d2

Bernoulli e a lei da pressão hidráulica P+px1/2v2

Faraday e a lei da indução electromagnética < e =" -dB/dt" universo="">0

Einstein e a teoria da relatividade restrita E=mxc2

Por aqui já dá para ver que o meu forte é mesmo a poesia, mas era só para provocar a NF se ela é quem eu penso que é. Se não é, fica na mesma para a minha amiga pura de matemática aplicada.

sábado, 11 de outubro de 2008

Oscar Peterson sempre a abrir!

Quem acha os Emerson Lake and Palmer músicos exuberantes e virtuosos ponha os olhinhos (e os ouvidos!..) no "Oscar Peterson Trio"! Momento verdadeiramente genial!

Ave em voo


Papa-moscas-cinzento (Muscicapa striata), 1/10/2008

Dois poemas de Frost, profissão: génio

Robert Frost (1874–1963).

1. The Road Not Taken

TWO roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I—
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.


2. Nothing Gold Can Stay

Nature's first green is gold,
Her hardest hue to hold.
Her early leaf's a flower;
But only so an hour.
Then leaf subsides to leaf.
So Eden sank to grief,
So dawn goes down to day.
Nothing gold can stay

Jörg Haider

Incomoda-me a ignorância mais que tudo.
Acho mesmo que ela é a mãe de todos os pecados. Mas o fanatismo, já provocou demasiados males por esse mundo fora, para ser ignorado. Nunca fui grande simpatizante da esquerda – bem pelo contrário – mas a direita extremista também não faz falta a esta nossa sociedade, já de si demasiado pródiga em violência mesmo sem a ajuda destes grupos acicatários da lei da força. Há dias li um artigo, na Visão, sobre Berlusconi e os vários atropelos à lei e às liberdades em Itália que o seu governo vai, paulatinamente, certeiramente implementando no coração da Europa. Todos temos e devemos continuar a ter bem presente, o que esta direita extremista fez da Europa e do mundo no século passado. E então ocorreu-me, com um arrepio de pavor, que por volta de 1940, Mussolini só precisava de encontrar um aliado forte na sua vizinhança para ganhar músculo. Consegui-o com a ascensão de Hitler ao poder, na Alemanha. Felizmente que hoje não corremos esse risco – pensei. A Alemanha parece para já, estar bem entregue à chanceler Merkel. Pois mas… e a Áustria? Não é lá que Jörg Haider também vai escalando a montanha russa da frágil e moldável vontade popular?
Eu sei que uma Áustria não tem o peso de uma Alemanha mas poderá ser desprezada? Muitos pequenos não ganharão a força de um grande? Há pequenas notícias/rumores de situações parecidas na Suiça, na Bélgica… E a Itália não é propriamente pequena ou fraca!
E esta crise económica e financeira também não vem ajudar. Não vai faltar quem se aproveite dela para nos tentar roubar mais uma quantas liberdadezinhas que não nos fazem falta nenhuma, em troca de um sistema mais perfeito. Não é o sistema que está errado. É a justiça que não é correcta porque não é democrata. É controlada pelo poder do dinheiro. Se um empresário honesto vai à falência, além de ficar desempregado sem direito a subsídio de desemprego, ainda tem de responder até onde puder com os seus bens para ressarcir dívidas. Mas um gestor de uma empresa S.A. é um assalariado. Não é um sócio. Quando muito será também ele, accionista da empresa. Por isso, quando as coisas correm mal, ele já tem uma excelente reforma, uma choruda indemnização e ainda recebe subsídio de desemprego…!!!
Mas, voltando ao tema que me levou a escrever, porque será que a Europa tem esta propensão genética para a extrema-direita? Já a América Latina e a África parecem cair com mais facilidade para a extrema-esquerda. Terá alguma coisa a ver com riqueza/pobreza? Com desenvolvimento/subdesenvolvimento? O comunismo apareceu ma Rússia numa altura em que o país atravessava bastantes dificuldades económicas, não? Estou enganado? Posso estar: História (memória) nunca foi o meu prato favorito.
Alguns homens morreram tarde (mas não demais), depois de terem cometido demasiados crimes horrendos. Alguns deles ainda vivem, uns impunes e tranquilamente milionários, outros fugidos, escondidos e idolatrados pela ignorância.
Pode ser que este tenha morrido cedo…antes de tudo isso… antes do horror… antes do idolatria… antes assim!
"Uma Escola sem muros"


No passado fim de semana tive o privilegio de assistir ao lançamento de mais uma publicação do nosso camarada e amigo "monami" Oscar. Foi uma honra estar presente num momento tão significativo da sua vida profissional(e não só). Com o patrocínio do Parque Biológico de Gaia e do seu respectivo Município, "Uma Escola sem muros" é sem dúvida uma publicação a ler por todos aqueles para quem a escola tem de ter algo mais a dizer do que avaliações, papeladas e outra coisas mais a que hoje estamos votados.
Tenho a certeza de que esta não será a última das suas publicações ( o de fotografia já todos nós estamos há espera), mas uma coisa eu sei; este já está na minha prateleira.
Parabéns Oscar.
PS: Desculpa a foto, mas não tinha mais hipóteses.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Andy Goldsworthy









Os meus preferidos   #1
Andy Goldsworthy, escultor inglês, 1956, conjuga vários aspectos, penso eu, muito queridos aos nossos "Monamis".
As suas esculturas podem ser consideradas como um "happening" ecológico.
A fragilidade das suas obras e dos seus materiais, sempre exteriores, condicionam todo o seu processo artístico.
Andy Goldsworthy entende que cada obra cresce, permanece e se desfaz.
A fotografia por ele utilizada para preservar as suas obras é apenas documental.















Árvore despida

11/11/2006

Encontro com Tony... o último romântico

Ao longo da vida todos temos encontros mais ou menos engraçados com personalidades famosas da rádio, televisão, disco, etc.

Vou contar um dos meus:
Em Angola não havia televisão (olha que pena) e por isso íamos ao cinema praticamente todos os dias ver fitas de coubóis, guerra ou karaté. De vez em quando lá aparecia um Música no Coração ou um português (ainda mais raro) e praticamente toda a gente se baldava.
Um dia, em 72 ou 73, estreou o filme «O Destino marca a Hora». A sala de cinema era ao ar livre e tinha apenas plateia com cadeiras e bancada de cimento (também tinha campo de futebol de salão entre a cabina e o ecrã). Entre as plateias estava a tribuna - nesse dia estava vazia porque como o filme era tuga tudo se baldou. Assim, mal as luzes se apagaram eu saí da Fila C, lugar 17, e fui sozinho para a tribuna reservada às autoridades. Era o rei.
Fiquei aterrado quando uns minutos após o início do filme (depois das novidades e desenhos animados) vi pelo canto do olho entrar alguém. Oh diabo, apanhado em flagrante na tribuna. E quem era a «autoridade»? Era nem mais nem menos que o protagonista da película e sentou-se - entre a dezena de lugares livres na tribuna -, logo ao meu lado. Era ele: o próprio, o grande Tony de Matos, o grande criador da música romântica: estava no celulóide lá à frente e na cadeira ao meu lado. Fiquei transido: firme e hirto tentei não olhar para o homem. Suava das mãos e respirava desordenadamente: e se ele falasse comigo?. Não falou durante a fita. No intervalo, deu-me uma palmada amigável na perna e perguntou-me: «Estás a gostar»? Balbuciei que sim (na verdade teria preferido o Sartana contra Gringo e assim como assim com o medo nem tinha percebido nada da trama). E ele: «O mais provável é não nos voltarmos a ver, porque eu regresso para a Metrópole, mas se nos virmos, não tenhas vergonha, podes vir falar comigo».
Claro que nunca mais me esqueci do evento mas também nunca mais me lembrei do homem.
No início da década de 90 era eu um valente fuzileiro investigador em Lisboa e numa demanda a casa de fim de semana, quem estava à minha frente na fila a comprar bilhete em Santa Apolónia para vir ao Porto (para uma revista qualquer marada no Sá da Bandeira), já muito velho e quebrado de tanto whisky, tabaco e noitadas.? O Grande Tony. Falei com ele e contei-lhe a história.
Achou piada.
Mas tive pena que não tivesse dito que se recordava perfeitamente daquele miúdo naquela noite num cinema de província em Angola nos idos de 70...

Ei-lo:

Publicidade enganosa




The Grey Album

The Grey Album = The white album (Beatles) + The black album (Jay-Z). Cópia? Criação?

Danger Mouse (Brian Burton) misturou os dois álbuns utilizando os instrumentais dos Beatles e as vocalizações do rapper americano. Sem ter os direitos de autor de nenhum dos artistas, Danger Mouse colocou o disco (em formato digital) a circular na Internet. A EMI, detentora dos direitos sobre a obra dos Beatles, pressionou fortemente no sentido do trabalho ser retirado da rede global. Esta situação veio pôr em causa os limites da criação musical. Será que misturar criações alheias num resultado diferente é algo novo ou apenas plágio? A controvérsia ainda agora começou...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Silje Nergaard live in concert at Paradiso - Main Hall

O concerto inteiro numa qualidade fabulosa! Para ver clicar aqui.
Pena é que o fabchannel.com não tenha celebrado protocolo com o Google blogger.com. Não é possível visualizar directamente os vídeos no nosso blog.
Site fa-bu-lo-so!!!
Só espero que os info-excluídos não desistam à primeira tentativa. Nem sabem o que perdem!...

2 poemas da minha vida (para amaciar o Óscar)

Não é com o Óscar, é o Óscar e agora cá estão os poemas, não era um trompe l'oeil

Natália Correia
(Fajã de Baixo, S. Miguel, Açores, 1923-1993)

Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,

Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,

Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro
Creio na carne que enfeitiça o além,

Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o amor tem asas de ouro. Ámen.


David Mourão-Ferreira
(Lisboa, 1927-1996)

E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.

Viagra e Diário de Notícias

Consta que o Viagra quer patrocinar o Diário de Notícias.
O slogan da campanha já está escolhido...

Não dê uma... DN

Palpite para o Nobel da Literatura

O meu palpite para o Nobel da Literatura vai para: (por esta ordem)

1.Alvaro Mutis
2.Claudio Magris
3.Joyce Carol Oates

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ah, ganda intelectual

Outra das minhas embirrações e não estou sozinho, é este intelectual, dirigente da Fenprof, sem qualquer dúvida a instituição que mais contribuiu para que o ensino chegasse ao ponto em que está.
Vejam este Sartre a perorar. E o pormenor da bandeira com o cantinho cambado? e a forma como ele afaga carinhosamente 3 (três canetas três) enquanto disserta sobre o que Sócrates disse. Mas, quê?, precisamos de tradutor, não percebemos Português?

São estes tipos que atrasam indefinidamente Portugal. Reparem: tem uma tacho que é entravar o relacionamento entre a tutela e os professores, que jura defender. Mas como se nunca deu aulas? E está afastado de qualquer estabelecimento de ensino.

São estas cavernosas e artríticas invenções completamente ultrapassadas como os sindicatos de professores que marcam o País para os próximos séculos. E têm logo estas luminárias à frente.

Reparem bem no que este inteligente diz hoje nos jornais: a convocação de uma grande manifestação de rua já durante este período de aulas tem como objectivo impedir que os «professores morram asfixiados nas escolas».

Asfixiados?





Oscar, Al, Tullius vocês estão asfixiados? Tadinhos... Falem comigo que eu faço-vos uma respiração boca-a-boca na Casa Matos...

Lisboa em essência


Lisboa, 2007