domingo, 31 de janeiro de 2010

Mensário: Janeiro

Mensário de Janeiro

- Fui ver a Viagem de Inverno, de Schubert, à Casa da Música, com o Remix e Christoph Prégardien
- Estou a ler o África Minha, de Karen Blixen
- Estou a ler «A Estrada», de Cormac McCarthy
- Estou a reler A Selva, de Ferreira de Castro
- Vi o pôr do sol no dia 24 (um dia glorioso) na Aguda com a minha miúda
- Já perdi seis quilos desde o início do ano
- Deixei de roer as unhas (com a excepção do polegar direito)
- Montei a cavalo por quatro vezes
- Saboreei um Tinto Defesa 2007, Herdade do Esporão
- Fui uma vez a Lisboa, essa cidade gloriosa
- Dormi menos
- Ofereci dois livros e três garrafas de Vinho do Porto
- Fui ao ginásio e à natação cinco vezes por semana
- Nadei mais de 20 km e andei mais de 60
- Vi dois filmes: A Estrada e Avatar (de que já dei conta aqui)
- Ofereci um jantar a um primo meu
- Fui a uma festa de anos de um tio e ofereci-lhe seis garrafas de vinho
- Vi menos TV (com excepção do Open da Austrália, ganhou o Federer, para variar)
- Bati os meus recordes de natação
- Passei mais tempo com os meus filhos (boas futeboladas na praia)
- Passei muito mais tempo com os meus pais (grande francesinha num bar de praia)
- Aumentei a garrafeira (com meia dúzia de exemplares)
- Comprei uma meia dúzia de livros (pechinchas), entre eles O Sol dos Scorta, de Laurence Gaudé e Henderson, o Rei da Chuva de Saul Bellow
- Bebi mais champanhe (Murganheira, Primavera)
- Tentei conflituar menos com os próximos (estou a tentar pegar mais leve)
- Vi 4 peças de teatro (O Ano do Pensamento Mágico, de Joan Didion, no S. João, com Eunice Muñoz, (a dor e a morte) encenada por Diogo Infante.
Blackbird, no D. Maria, com Miguel Guilherme (grande actor), um homem e uma mulher encontram-se, 15 anos depois de terem tido uma ligação – quando ele tinha 40 anos e ela 12. Ao longo de uma hora e meia não se chega a pronunciar a palavra ‘pedofilia’. É do escocês David Harrower e o jovem cineasta português Tiago Guedes encenou.
A Febre, peça com o João Reis no Carlos Alberto. Um monólogo sobre a culpa.
E a peça com Ana Bustorff, um monólogo de Franz Kroetz, conta a história da senhora Rasch, solitária, fria, sempre igual, no silêncio. Peça sem uma única palavra.
- Recomecei a correr mas ressenti-me da lesão no joelho
- Fumei apenas 3 cigarros neste mês
- Fui (ou tentei ser) mais paciente com a dona
- Engoli menos sapos
- Li mais poesia
- Fiz uma longa caminhada entre Miramar e Granja
- Levantei-me mais cedo
- Ouvi muita música clássica e descobri o Concerto nº 3 de Saint-Saëns para Violino e Orquestra, com Joshua Bell
- Um amigo meu ofereceu-me um jantar só de marisco no Ribadouro, em Lisboa, e pagou este mundo e o outro - nesse dia havia a ante-estreia da Bela e o Paparazzo, no S. Jorge, mesmo ao lado e por isso o restaurante estava cheio de bedettes.
- Visitei dois museus (o acervo geral da Gulbenkian – com os seus Rubens, Rembrandt e Turner e o do CCB – exposição da Amália – só para apreciadores)
- Observei demoradamente as estrelas
- Arranjei um novo cliente (a AIMMP)
- Joguei oito vezes golfe
- Dormi num hotel de 4**** com pequeno-almoço a condizer
- Fiz duas listas (de vinhos e livros) no blogue
- Estou mesmo feliz com a minha vida
- Já cumpri cerca de quarenta objectivos da minha lista anual

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

J. D. Salinger, 1919-2010

J. D. Salinger, escritor americano e autor de The Catcher in the Rye, (Uma Agulha no Palheiro), morreu ontem.
Escreveu pouco (quatro livros) e viveu muito... recluso - uma espécie de Herberto Helder, mas da ficção.
De facto, o que há a reter é essa obra inicial, iniciática e seminal que é The Catcher...
É o livro da minha vida - aquele que mais vezes li e mais vezes ofereci.
Há duas traduções em Português, uma que se chama À Espera no Centeio, salvo erro de José Lima - a evitar - e outra velhinha na colecção Livros do Brasil, de João Palma Ferreira, cujo título referi acima e que é muito boa. Mas o melhor mesmo é ler no original, até porque está numa linguagem liceal e coloquial dos anos quarenta americanos, goddam!!!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

9,3!!!

Afinal são 9,3!!!!!
Todos temos o direito de errar e cometer enganos mas também o dever de os corrigir ou pedir desculpa por eles, em tempo útil. Ou, se for tarde de mais, assumir responsabilidades e arcar com as consequências.

Cimeira monami6f (2)

O plano "Ataque às Iscas" foi abortado. Missão alternativa: Galeria de Paris, 8 horas. Inscrevam-se ou assinalem a falta, mas digam qualquer coisa!!! (Já há 3 pré-inscrições).

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cimeira monami6f


A próxima tertúlia aproxima-se. Atenção Labrosca, não te esqueças das coordenadas para as iscas e de abrires as inscrições1

Poema do Menino Jesus

Caeiro dito por Maria Bethania. Palavras que fascinam e comovem. Ideias das quais me apropriei e que fazem hoje parte da argamassa que constitui a minha própria individualidade.

Sugestão: ver em ecrã completo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Teorias da conspiração

1. Falsa pandemia?

O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa encara a gripe A como uma falsa pandemia e diz que este é um dos maiores escândalos médicos do século.
Notícia aqui

2. A nova arma secreta americana

Hugo Chávez, através dos meios noticiosos venezuelanos estatais ou controlados pelo Estado, acusou os EUA de serem os responsáveis pela catástrofe no Haiti.

Para Chávez é irrelevante que a ilha de Hispaniola seja um ponto de convergência de placas tectónicas. A tragédia que se abateu sobre o Haiti é o «claro resultado» de um teste de uma arma experimental da Marinha Americana (Será que o homem se passou de vez???).

domingo, 24 de janeiro de 2010

Jazz ? Japão ? Toma. Vai buscar.










"FINALMENTE O SOL" ou "DEDICADO AOS POLÍTICOS" ou "SIMPLESMENTE ALBERTO CAEIRO"




Se o homem fosse, como deveria ser,
Não um animal doente, mas o mais perfeito dos animais.
Animal directo e não indirecto,
Devia ser outra a sua forma de encontrar tini sentido às cousas,
Outra e verdadeira.
Devia haver adquirido um sentido do "conjunto";
Um sentido como ver e ouvir do "total" elas cousas
E não, como temos, um pensamento do "conjunto";
E não, como temos, uma idéia, do "total" das cousas.
E assim - veríamos - não teríamos noção do "conjunto" ou do "total",
Porque o sentido do "total" ou do "conjunto" não vem de um total ou de um conjunto
Mas da verdadeira Natureza talvez nem todo nem partes.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ainda o apito dourado...


Será que alguém ainda pensa que o futebol é um desporto? Hoje, mostraram-me as escutas do Pinto da Costa que estão (não sei por quanto tempo) disponíveis no Youtube. Aquilo dá ao mesmo tempo para rir e para chorar, é mau de mais para ser verdade.
A minha primeira reacção foi pensar que tinha ali material para põr no blogue. No entanto...

Em conversa com a NF cheguei à conclusão que realmente não fazia sentido postar aquilo por duas ordens de razões: primeiro porque é mau de mais, é lixo! E o lixo não cabe no monami6f; depois, porque tão ou mais grave que o conteúdo das escutas é o facto destas terem sido divulgadas publicamente (mas afinal o que é que é isso do segredo de justiça?) e acho que não devo pactuar com tal situação.

Moral da história: em Portugal, pior que o futebol ainda está a justiça!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Razão tinha o Vital

Antes das eleições, todos prometiam não subir os impostos, alguns falavam até em descê-los e pelo menos um, “se bem me lemboro", prometia acabar com o PEC. Agora parece que andam todos a negociar como subi-los sem darmos por isso. Quando a politica for um jogo honesto eu também jogo!

Se a cor do governo tivesse mudado, agora estaríamos a ouvi-los dizerem que isto afinal está muito pior do que eles pensavam; que têm de subir os impostos; que a culpa é toda do governo anterior...

Como o governo é o mesmo, a culpa deve ser do povo que é estúpido, não trabalha e está cheio de dívidas!

Então mas onde anda o senhor que gostava de dizer que “Há mais vida para além do défice.” Reformou-se? Já foi tarde…

Infelizmente tenho-me lembrado demasiadas vezes de que razão tinha o Vital quando, depois do Verão, dizia que o desemprego havia de chegar aos dois algarismos este ano.

Os melhores espumantes, alvarinhos e verdes abaixo dos 10 Euros

Com uma ou duas excepções, eis os melhores espumantes, alvarinhos e verdes do mercado, abaixo dos dez Euros.

Espumantes
17 – Murganheira, Távora Varosa Espumante Velho Reserva Branco 2002, 9,40
16,5 – Murganheira, Távora Varosa Espumante Super Reserva Branco 2004, 7,50
16 - Milheiro Selas, Bairrada Espumante Branco 2006, 4,50
15,5 - Primavera, Baga, Espumante Bruto, 2007, 4,99
15,5 - Quinta da Pedreira, Espumante Bruto, 2006, 4,95

Alvarinhos
18 – Muros de Melgaço, Verde Alvarinho Branco, 2008, Anselmo Mendes, 14
17,5 – Soalheiro, Alvarinho Branco, 2008, Vinusoalleirus, 9,50
17,5 – Contacto, Verde Alvarinho Branco 2008, Anselmo Mendes, 9
17 – Muros Antigos, Verde Alvarinho Branco, 2008, Anselmo Mendes, 9
16,5 – Portal do Fidalgo, Alvarinho Branco, 2008, Provam, 7,35
16,5 – Deu La Deu, Verde Alvarinho, Branco, 2008, Adega Coop. Reg. de Monção, 5,85
16,5 – Aveleda Follies, Alvarinho Branco, 2008, Aveleda, 7,89
16,5 – Casa de Canhotos, Alvarinho Branco, 2008, Fernando Rodrigues, 6
16,5 – Reguengo de Melgaço, Alvarinho Branco, 2008, Hotel do Reguengo de Melgaço, 8
16 – Encosta dos Castelos, Alvarinho Branco, 2008, Manuel Rodrigues de Oliveira, 5
16 – Dom Salvador, Alvarinho Branco, 2008, Manuel Salvador Pereira, 6
16 – Adega do Sossego, Alvarinho Branco 2008, António Castro, 5
16 – O Nogueiral, Alvarinho Branco, 2008, Augusto João Fernandes, 5,50

Vinho Verde e Regional do Minho

17,5 – Quinta do Ameal, Reg. Minho Escolha, Branco 2004, 12
16,5 – Muros Antigos, Verde Loureiro Escolha 2008, Anselmo, 5
16,5 – Passionada, Verde Escolha Loureiro, Branco, 2008, Anselmo, 7
16,5 – Quinta do Ameal, Verde Loureiro, Branco 2008, 7
16,5 – Quinta da Massôra, Reg. Minho Col Sel. 2007, Rui Viseu Cardoso, 6,50
16,5 – Quinta da Massôra, Reg. Minho Branco 2008, 6,50
16 – Quinta dos Carapeços, Reg. Minho Espadeiro Rosé, 2008, 4,60
16 – Quinta de Linhares, Vinho Verde Avesso, Branco, 2008, Agri-roncão Vinícola, 5
16 – Encosta d’Aregos, Reg. Minho Branco, 2008, Álvaro Monteiro Ribeiro, 4
16 – Mito, Verde Branco, 2009, Anselmo, 5,60
16 – Casa do Valle, Verde Branco, 2008, 5,50
16 – Nopa, Vinho Verde Grande Escolha Branco 2008, Wine Vision, 5,90
15,5 – Paço de Teixeiró, Reg. Minho Branco 2008, Montez Champalimaud, 3,99
15,5 – Rosa dos Mares, Verde Escolha Branco, 2008, Anselmo Mendes, 3,75
15,5 – Dom Diogo, Verde Azal, Col. Sel. Branco 2008, J. D. Teixeira Coelho, 3,20
15,5 – Clemen, Vinho Verde Reserva, 2008, Touquinheiras, Soc. Agro-turística, 4
15,5 – Dom Diogo Verde Col Sel. Padeiro Rosé, 2008, 3,75
15,5 – Quinta da Raza, Verde Grande Escolha, 2008, 4
15,5 – Quinta da Lixa, Verde Loureiro Branco 2008, 3,20
15,5 – Quinta da Lixa Verde Branco 2008, 2,95
15 – Arizo, Verde Branco, 2008, Quinta do Pinheiro, 2,50
15 – Plainas, Verde Branco, 2008, M. Teresa Marques Leandro, 2,70
15 – Plainas, Verde Rosé, 2008, 3
15 – Quinta de Curvos, Verde Superior Branco, 2008, 2,95
15 – Quinta da Lixa, verde Trajadura Branco 2008, 3

Adiamento

As palavras visionárias de Fernando Pessoa - ou o Sebastianismo bem português -, na voz de Jô Soares. Quem é que não enterra a carapuça?

Fausto: Todo este céu

A música de Fausto, belíssima, acompanhada de uma animação de recortes a partir de uma colecção de postais antigos, fotografias e outras imagens.
Só ficará indiferente quem não tiver um mínimo de sensibilidade.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Efeitos secundários do Magalhães...


Avatar, a evitar...

Respeitando quem no cinema queira valorizar outras coisas e outras verdades e não procurando polémicas eis a minha opinião sobre o filme Avatar, de James Cameron.
Cometi o erro de o ir ver ao cinema (tinha evitado o Titanic, mas então os meus infantes não tinham a persuasão de hoje).

No plano ideológico, Avatar é um manifesto pseudo-revolucionário, uma apologia maniqueísta do terrorismo e uma distorção e simplificação patética da história política da década.
Avatar é um filme grande, mas não é grande coisa como filme. É um filme longo, muito longo, mas, entendamo-nos, não é CINEMA. Há mais cinema em dois minutos de qualquer filme de Ford, Leone, Hawks, Cukor, Wyler, Wilder ou Peckimpah do que nas três horas de pirotecnia tecnológica de Avatar.
É tudo tão básico que chega a ser confrangedor. Os Na'vi são uns índios azulados e patudos com gritinhos de comanche em formato Schtrumpf matulão com umas trancinhas que ligam directamente a caspa à energia vital do planeta Pandora (peles azuis? Pandora?, como isto é inventivo e novo...).
Claro que no início (cinco minutos) falam Na'vi, mas passado um bocado, pronto, já todos falam Inglês. Mas hoje com as actividades de enriquecimento curricular quem é que não fala?
O «teleporte» dos humanos para Na'vi estão ao nível do «Espaço 1999» em que o transportado faz descer uma rede metálica sobre o peito num sarcófago. Bolas!
Depois os humanos são apresentados na sua dicotomia mais básica: de um lado os «bons», liberais, amantes do outro, do indígena, ambientalistas em busca da expiação para os pecados cometidos contra a Mãe-Terra.
Do outro lado, os «grunhos», caricaturas dos militaristas capitalistas (Bushismo no seu melhor) em busca do vil metal precioso (então isto passa-se no futuro e o chefe usa fato e gravata dos anos 90?) e dispostos a queimar tudo e todos por uma jazida mineral que fica debaixo de uma árvore. (Por falar em árvore, então há gravidade e depois há ilhotas rochosas com árvores no ar?).
Escusado será dizer que o herói faz todo o caminho da redenção, desde bronco-looser marine jarhead (uh-ah) paralítico até um absolutamente nature-lover. Num ápice. E tudo por uma moça. Não é lindo o amor inter-racial? (No DVD o amor concretiza-se, aqui não porque senão o limite de idede teria de subir e... os milhões teriam de descer.)
O elemento central do argumento é mesmo a destruição da árvore dos Omaticaya, uma desavergonhada inversão ficcional do ataque terrorista às torres gémeas americanas.
Daí a nada o martírio é a única solução.
Por fim, em Eywa tudo é harmonioso, não há contradições, os animais não se devoram, são todos domesticáveis, (serão comestíveis?) o bem triunfa não sem antes assistirmos ao martírio final da cientista Sigourney Weaver (pouco alienada neste papel, tão iconoclasta que até... fuma!).
Claro que do ponto de vista bélico-redentor, num carnaval de violência assassina e gratuita do pior que vi, de hora e meia, os guerreiros montados em pterodáctilos e com simples flechas dão cabo da esquadrilha aérea dos mauzões armados com... mísseis, ogivas nucleares e o diabo a sete. Ah, mas quanto vale o engenho e a razão de um coração puro...

E pronto, já se fala em sequela.
São produtos deste jaez que proporcionam recordes de bilheteira e formatam de forma simplista a opinião dos milhares de basbaques pueris. E não é que são esses mesmos patetas a matéria-prima manipulável com que se fabricam as grandes catástrofes da História?
Ah e tal, é só um filme. Sim, não não precisa de ser acéfalo.
Nem sequer é um filme para públicos infantis ou juvenis. Podia ser, mas não é. É pretensioso. É uma espécie de pastelão eco-ciber-infantilóide.
Se isto é matéria para óscares (de Hollywood) estamos conversados.
Certamente, não é disto que se fazem os sonhos...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Marilyn Crispell

Eis uma voz nova(?) - Deibaidei conheces?, - no mundo do jazz pianístico. É americana, compositora e vale a pena escutar.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Crise a quanto obrigas!









Pois, esta crise global, nomeadamente no Dubai tem algumas consequências.
É ver os coitaditos dos Dubaianos (?) a deambular por essa europa fora com ar de muito preocupados.
Graças a Deus, a crise cá em Portugal ainda não chegou verdadeiramente, dizem...

Michael Kenna




Há uma casa no Gerês profundo, perto da Malhadoura, que é conhecida no meu círculo de amigos caminheiros como a "Casa do Filho da P...". A razão é simples. Quando lá passámos pela primeira vez e nos deparámos com aquela casa magnífica, situada num local paradisíaco, a exclamação foi unânime: "Filho da p... de sortudo (do proprietário)!". É óbvio que a expressão traduziu uma generalizada e profunda "dor de cotovelo".

Esta história vem a propósito da minha reacção quando tomei contacto pela primeira vez com a obra do fotógrafo inglês Michael Kenna. O sentimento de pasmo e de inveja foi análogo.

Aqui fica uma mostra do seu trabalho, “Mundo Silencioso”, para que os meus amigos possam partilhar comigo estes sentimentos ambivalentes.



Para conhecer melhor o fotógrafo ir para aqui e aqui.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ser solidário


Todos nós assistimos nas nossas televisões à tragédia que se abateu sobre o Haiti. A notícia causou certamente algum mal-estar, algum comentário com os nossos amigos, e a nossa vidinha seguiu certamente o seu percurso. No entanto, o que se está a passar por lá vai com certeza muito para além daquilo que é a nossa capacidade de imaginar: famílias destruídas, projectos de vida arruinados, o caos e o desespero totais.

Tudo isto teve em mim um impacto maior dado que ainda tinha viva a memória da curta-metragem, Ten Minutes, que publiquei recentemente (e que teve uma excelente receptividade junto dos leitores do blogue). :P

Por isso, nestes dias, mais do qualquer outra preocupação ou reflexão, interessa sobretudo sermos solidários contribuindo para minimizar o sofrimento daquele povo. Basta realizar uma simples transferência bancária em qualquer multibanco (está tudo explicado!).

Sejam solidários, contribuam! Vão ver que não custa nada.

Victoria de Los Angeles, cinco anos de ausência

Victoria de los Angeles, 1923-2005.

Morreu faz hoje cinco anos. Foi um soprano e uma recitalista espanhola, de Barcelona, de alto coturno. A carreira começou nos anos quarenta, atingiu a plenitude nos 50 e 60 e ainda cantou nos JO de Barcelona em 1992.
A voz era de uma pureza ingualável. Fez dupla operática com o grande tenor Jussi Björling.
Mesmo no fim, os que lhe eram mais próximos diziam que mantinha uma voz de uma pureza extraordinária.
Verifiquem:


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Dia Festivo

Hoje é um dia festivo. O nosso oscarizado mentor bloguista nasceu neste dia há uma pipa d'anos. Para ele vai um hip-hip-hurrrra da cambada das sextas-feiras.

Ten Minutes

Mais uma excelente curta-metragem no monami6f para reflectir.

O filme foi realizado por Ahmed Imamovic e foi galardoado com o prémio Best European short film of 2002.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Elliott Erwitt


"The most important thing is to be able to ‘see’".

Elliott Erwitt é talvez o fotógrafo que mais admiro. Deixo aqui hoje, para os interessados, uma entrevista e o seu site oficial.


Enjoy it!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A sabedoria da 3ª Idade

Bonecas


Parece que é desta que a Barbie vai ter concorrência à altura...

Ver notícia aqui

O mar a preto-e-branco





Ao realizar estas fotografias procurei evidenciar o carácter agreste e impetuoso do mar em dia de tempestade. Optei por fazê-lo a preto-e-branco pois, despido de cor, o mar revela-nos a sua natureza mais selvagem, uma força primordial e redentora que nos enche de vitalidade.
Objectivo conseguido?


Nota: clicar nas imagens para observá-las com mais definição.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Lhasa de Sela, 1972-2010

É sempre com tristeza que vemos uma grande artista deixar-nos...

35 obras-primas publicadas em 2009

Uma lista diferente: uma lista de livros publicados em 2009 e que é (quase) consensualmente uma resma de obras-primas. Há de tudo, ficção, biografias, ensaio. É só escolher
Para evitar que os meus amigos percam tempo e dinheiro com merdas do Dan Brown, Sveva não sei quê, do apresentador do telejornal, do Júlio Magalhães, da Júlia Pinheiro ou da outra loira cujo nome não recordo...

Caderno Afegão, Alexandra Lucas Coelho, Tinta da China
Obra Completa 1969-1985, Nuno Bragança, Dom Quixote.
Contos Completos I, John Cheever, Sextante.
Obra Poética Completa, Edgar Allan Poe, Tinta da China.
Ofício Cantante, Herberto Helder, Assírio & Alvim.
Veneza, Jan Morris, Tinta da China.
Os Desaparecidos, Daniel Mendelsohn, Dom Quixote
A Breve e Assombrosa História de Oscar Wao, Junot Díaz, Porto Editora.
O Resto é Ruído. À Escuta do Século XX, Alex Ross, Casa das Letras
História de Portugal, VV.AA., Rui Ramos (org.), A Esfera dos Livros.
Caderno de Memórias Coloniais, Isabela Figueiredo, Angelus Novus.
História de Israel, Martin Gilbert, Edições 70.
A Montanha Mágica, Thomas Mann, Dom Quixote
Entrevistas da Paris Review, VV.AA., Carlos Vaz Marques (org.), Tinta da China.
A Ilha, Giani Stuparich, Ahab
O Século XX Esquecido, Tony Judt, Edições 70.
Ruído Branco, Don DeLillo, Sextante
Outras Cores, Orhan Pamuk, Presença
Beloved, Toni Morrison, Dom Quixote.
Poemas Portugueses, VV.AA., Jorge Reis-Sá e Rui Lage (org.), Porto Editora.
Filho da Mãe, Bernardo Carvalho, Cotovia.
Gabriel García Márquez. Uma Vida, Gerald Martin, Dom Quixote.
A Torre do Desassossego, 2006, Lawrence Wright
Hitler, 2008, Ian Kershaw
Lisboa. História Física e Moral, 2008, José-Augusto França
As Benevolentes, 2006, Jonathan Littell
Amigos até ao fim, 2003, John Le Carré
Carnaval no Fogo, 2003, Ruy Castro
A Grande Guerra Pela Civilização, 2005, Robert Fisk
Pós-Guerra, 2005, Tony Judt
Uma Vida Inacabada. John F. Kennedy, 2003, Robert Dallek
Brando Mas Pouco, 2006, Darwin Porter
O Mago, Fernando Morais, Planeta
Proust era um neurocientista, Jonah Leher, Lua de Papel
A Solidão dos Números Primos, Paolo Giordano

Casta Diva, por Leontyne Price

Como falei na Norman, lembrei-me da Price(less)...

Jessye Norman sings «Je te veux», de Satie

Continuando na linha francófona.

Dor com chifre em cima

Quem se recorda deste «clássico» da malaise? Verdadeira dor de corno...
Je ne rêve plus
Je ne fume plus
Je n'ai même plus d'histoire...


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Parabéns Bowie!


O "Homem Camaleão" faz hoje 63 anos. Há pessoas que parecem não envelhecer. (Quando fazemos estas afirmações temos sempre a secreta esperança de estarmos incluídos no lote!..).


Mestrado ... "de Mestre" !

Tulius Detritus resolve "meter mais veneno" para agitar as hostes...

Já recebi esta notícia inúmeras vezes na caixa de email; não sei onde foi publicada.
Desconheço, em absoluto, a veracidade da mesma... mas é certo que "não há fumo sem fogo"...


Paco etéreo

Não sei, mas mesmo que já tenho sido aqui publicado, nunca cansa, especialmente a começar o dia. Eis o nec plus ultra da guitarra.
Paco de Lucia ao lado do compositor, Rodrigo, himself.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

JAZZZZ....

Quando um mestre (Keith Jarrett) se encontra com um clássico (Smoke Gets In Your Eyes) o resultado é este:

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Avatar de... avassalador?


Já fui ver o filme do momento. Fui desconfiado e de pé-atrás porque os títulos muito badalados, que saem dos lados dos states, muitas vezes desiludem. Ainda por cima falava-se muito dos seus efeitos especiais.... hum, caso mesmo para desconfiar.

No entanto... grande filme, o Avatar! Uma experiência sensorial única através da qual decorre uma história simples, sim, mas muito bem contada. E depois a mensagem é belíssima e fundamental nos tempos de hoje (e à qual sou especialmente sensível): a importância da conexão com o mundo natural.

Avatar é um filme poderoso, deslumbrante e visualmente revolucionário!
A não perder. Palavra de Óscar!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Dois mil e nove em fotografia


O ano de 2009 retratado pelos fotógrafos da Reuters. Uma selecção de 100 magníficas fotografias aqui.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Balanço de um ano como não houve outro

200nine num belo balanço

Munch: Madonna


Aqui fica um dos meus quadros preferidos em jeito de desintoxicação musical (da vasta lista de tubes que por aqui pululam actualmente!..) e também porque sabe sempre encontrar um bela imagem quando se entra num blogue.

METAL

Metal afinal gosto.

FRANK ZAPPA







Pois.
Foi diferente de todos os outros.
Grande músico.
Em vinil, tenho apenas:
-Them or us
-Zoot allures
-Tinsel town rebellion
-Studio tan
-FZ and The mothers of invention - one size fits all
-The man from utopia

BWV 245

BWV 245

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

As minhas 25 bandas sonoras favoritas...

Seguidas de outras igualmente boas. É verdade, além de filmes sou apreciador de bandas sonoras. Mas o mais provável é ter-me esquecido de alguma fundamental.

The Godfather (1972) - Nino Rota
Once Upon a Time in the West (1969) - Ennio Morricone
Once Upon a Time in America (1984) - Ennio Morricone
The Mission (1986) - Ennio Morricone
The Good, The Bad and the Ugly (1966) - Ennio Morricone
Paris, Texas (1984) Ry Cooder
Schindler´s List (1993) - John Williams
The Piano (1993) - Michael Nyman
The English Patient (1996) - Gabriel Yared
Doctor Zhivago (1965) - Maurice Jarre
Lawrence of Arabia (1962) - Maurice Jarre
West Side Story (1961) - Leonard Bernstein
The Graduate (1967) - Simon & Garfunkel
Out of Africa (1985) - John Barry
Merry Christmas, Mr. Lawrence (1984) - Ryuichi Sakamoto
Local Hero (1983) - Mark Knopfler
Manhattan (1979) - George Gershwin
One From the Heart (1982) - Tom Waits/Crystal Gayle
Blue Velvet (1986) - Angelo Badalamenti
The Pink Panther (1964) - Henry Mancini
Breakfast at Tiffany's (1961) - Henry Mancini
The Sting (1973) - Marvin Hamlisch
American Beauty (1999 - Thomas Newman
Gone With the Wind (1940) - Max Steiner
Blade Runner (1982) - Vangelis

Braveheart (1995) - James Horner
The Horse Whisperer (1998) - Thomas Newman
Forest Gump (1994) - Alan Silvestri
Dances With Wolves (1990) - John Barry
The Last of the Mohicans (1992) - Trevor Jones
Ben-Hur (1959) - Miklos Rozsa
Chariots of Fire (1981) - Vangelis
Underground (1996) - Goran Bregovic
Bridge Over the River Kwai (1957) - Alford/Arnold
My Fair Lady (1964) - Frederick Loewe
The Umbrellas of Cherbourg (1964) - Michel Legrand
E.T. (1982) - John Williams
The Empire Strikes Back (1980) - John Williams
Pat Garrett and Billy the Kid (1973) - Bob Dylan
Alfie (1966) - Sonny Rollins
The Draughtsman's Contract (1982) - Michael Nyman
Goldfinger (1964) - John Barry
Midnight Cowboy (1969) - John Barry
The Lord of the Rings trilogy (2001-2003) - Howard Shore
Chinatown (1974) - Jerry Goldsmith
Planet of the Apes (1968) - Jerry Goldsmith
Superfly (1972) - Curtis Mayfield
Cabaret (1972) - John Kander and Fred Ebb
Shaft (1971) - Isaac Hayes
Anatomy of a Murder (1959) - Duke Ellington
Psycho (1960) - Bernard Herrmann
Taxi Driver (1976) - Bernard Herrmann
The Magnificent Seven (1960) - Elmer Bernstein
The Man With the Golden Arm (1955) - Elmer Bernstein
To Kill a Mockingbird (1962) - Elmer Bernstein
Funny Girl (1968) - Walter Scharf and Julie Styne
Jaws (1975) - John Williams
The King and I (1956) - Rodgers and Hammerstein
The Last Waltz (1978) - The Band
Magnolia (1999) - Aimee Mann
Spartacus (1960) - Alex North
Ragtime (1981) - Randy Newman
A Clockwork Orange (1971) - Walter Carlos
The Sweet Hereafter (1997) - Mychael Danna
This Is Spinal Tap (1984) - Spinal Tap
The Long Riders (1980) - Ry Cooder
The Virgin Suicides (2000) - Air
Betty Blue 37º2 le matin (1986) - Gabriel Yared
Edward Scissorhands (1990) - Danny Elfman

Tempestade sobre o Porto






Penúltimo dia de 2009. Um dia bem passado com o amigo Hagarra e com o júnior entre a Ribeira e a Foz. Alguns dos momentos destas mini-férias que ficam na memória.




Nota: clicar nas fotos para ver com mais definição.



DESEJO NÃO FAZER EM 2010

DESEJO PARA 2010 : músicas e interpretes deste nível





DESEJO PARA 2010 : JAZZ

Schubert, a abrir 2034

Cá está a primeira deste ano. Como eu gosto de ser o primeiro a fazer qualquer coisa. Hum, não sei porquê, mas gosto...



Podem comparar esta versão com a de Wunderlich, Fischer-Diskau (a minha favorita, mas de incorporação proibida) ou a de Schmidt