quinta-feira, 30 de setembro de 2010

De novo o mexilhão! Mas, enfim, tudo é relativo...


Belo início de dia, o de hoje, com as notícias frescas dos jornais online a acompanharem, como é costume, o café da manhã. Já todos devem adivinhar o que por lá encontrei. "Que aumentou o desconto para a segurança social. Que os salários da função pública vão diminuir (até DEZ POR CENTO???). Que a progressão nas carreiras vai ser de novo congelada (as carreiras dos funcionários públicos são tal e qual a pescada!). Que a comparticipação do estado em medicamentos vai ser reduzida,...".
Tudo notícias animadoras para começo de dia. Mas o quadro não se ficou por aqui, até o estupor do Benfica foi perder na Alemanha!
Estas "boas novas" andaram a matraquear-me os neurónios ao longo da manhã e foram tema de vivos desabafos que fui distribuindo democraticamente pelos colegas de trabalho.

Acontece, porém, que depois do almoço dei uma espreitadela ao monami6f. Aqui, encontrei o comovente post do Hagarra sobre o nosso querido AL. Afinal, tudo é relativo. Há coisas muito mais importantes do que uns jantares em Restaurantes (que afinal vão ser em casa), uma objectiva que se desejaria comprar ou umas férias que já não vão ser como o planeado.

Há principalmente o outro lado da vida. E esse não é um qualquer Sócrates que o vai roubar.

Al Prazolam - 30º dia

AUSÊNCIA

Num deserto sem água

Numa noite sem lua

Num país sem nome

Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero

Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sexta-feira 29 de Outubro

Proponho que o próximo jantar Monami6f seja numa casa de fados, e que levemos as patroas.



Prometo não dormir.

Meu amor, não venhas tarde

Sexta-feira a caminho do jantar dos monamis, lembrei-me das palavras de recomendação da minha patroa, Fátima: Meu amor, não venhas tarde

Biografia/Citações SALVADOR DALI (é bom saber)

Nome completo: Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech
Nascimento: 11 de Maio de 1904
Figueres, Catalunha
Espanha
Morte: 23 de janeiro de 1989 (84 anos)
Figueres, Catalunha
Espanha
Ocupação: Pintor, desenhista, fotógrafo e escultor
Escola: Escola de Belas-Artes de San Fernando, Madrid
Movimento: Cubismo
Dadaísmo
Surrealismo
Título: 1º Marquês de Dalí de Púbol
Princ.trab.: A Persistência da Memória
Sofá-lábios de Mae West
A Tentação de Santo Antônio
Cônjuge: Gala Éluard Dalí
Filho(s): Cecile Éluard Boaretto

... Estou pintando quadros que me fazem morrer de alegria, estou criando com absoluta naturalidade, sem a menor preocupação estética, estou fazendo coisas que me inspiram com uma profunda emoção e estou tentando pintá-los com honestidade...

...Surrealismo irá, pelo menos, ter servido para dar prova de que a experimentação total da esterilidade e das tentativas de automatizações terem ido longe demais e de terem conduzido a um sistema totalitário... Hoje, a preguiça e a total falta de técnica chegaram ao seu paroxismo no significado psicológico da atual utilização da faculdade...

(As joias de Dali)
...Sem uma audiência, sem a presença de espectadores, essas jóias não iriam cumprir a função para a qual anseei. O espectador, então, é o melhor artista...


...Eu sou o próprio surrealismo...

(obra Telefone Lagosta)
...Lagostas e telefones têm forte conotação sexual, são estreita analogia entre alimentos e sexo...

...Aqui está!!! O prometido mausoleu do meu muito grande amigo Alice Cooper...

Alberto Pimenta - Filho da puta (é bom saber)

I
O pequeno filho-da-puta
é sempre
um pequeno filho-da-puta;
mas não há filho-da-puta,
por pequeno que seja,
que não tenha
a sua própria
grandeza,
diz o pequeno filho-da-puta.

no entanto, há
filhos-da-puta que nascem
grandes e filhos-da-puta
que nascem pequenos,
diz o pequeno filho-da-puta.
de resto,
os filhos-da-puta
não se medem aos
palmos,diz ainda
o pequeno filho-da-puta.

o pequeno
filho-da-puta
tem uma pequena
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o pequeno
filho-da-puta.

no entanto,
o pequeno filho-da-puta
tem orgulho
em ser
o pequeno filho-da-puta.
todos os grandes
filhos-da-puta
são reproduções em
ponto grande
do pequeno
filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.

dentro do
pequeno filho-da-puta
estão em ideia
todos os grandes filhos-da-puta,
diz o
pequeno filho-da-puta.
tudo o que é mau
para o pequeno
é mau
para o grande filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.

o pequeno filho-da-puta
foi concebido
pelo pequeno senhor
à sua imagem
e semelhança,
diz o pequeno filho-da-puta.

é o pequeno filho-da-puta
que dá ao grande
tudo aquilo de que
ele precisa
para ser o grande filho-da-puta,
diz o
pequeno filho-da-puta.
de resto,
o pequeno filho-da-puta
com bons olhos
o engrandecimento
do grande filho-da-puta:
o pequeno filho-da-puta
o pequeno senhor
Sujeito Serviçal
Simples Sobejo
ou seja,
o pequeno filho-da-puta.

II
o grande filho-da-puta
também em certos casos começa
por ser
um pequeno filho-da-puta,
e não há filho-da-puta,
por pequeno que seja,
que não possa
vir a ser
um grande filho-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.

no entanto,
há filhos-da-puta
que já nascem grandes
e filhos-da-puta
que nascem pequenos,
diz o grande filho-da-puta.

de resto,
os filhos-da-puta
não se medem aos
palmos, diz ainda
o grande filho-da-puta.

o grande filho-da-puta
tem uma grande
visão das coisas
e mostra em
tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o grande filho-da-puta.

por isso
o grande filho-da-puta
tem orgulho em ser
o grande filho-da-puta.

todos
os pequenos filhos-da-puta
são reproduções em
ponto pequeno
do grande filho-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.
dentro do
grande filho-da-puta
estão em ideia
todos os
pequenos filhos-da-puta,
diz o
grande filho-da-puta.

tudo o que é bom
para o grande
não pode
deixar de ser igualmente bom
para os pequenos filhos-da-puta,
diz
o grande filho-da-puta.

o grande filho-da-puta
foi concebido
pelo grande senhor
à sua imagem e
semelhança,
diz o grande filho-da-puta.

é o grande filho-da-puta
que dá ao pequeno
tudo aquilo de que ele
precisa para ser
o pequeno filho-da-puta,
diz o
grande filho-da-puta.
de resto,
o grande filho-da-puta
vê com bons olhos
a multiplicação
do pequeno filho-da-puta:
o grande filho-da-puta
o grande senhor
Santo e Senha
Símbolo Supremo
ou seja,
o grande filho-da-puta.

Poemas BORIS VIAN (é bom saber)

Gostaria
De vir a ser um grande poeta
E que as pessoas
Me pusessem
Muitos louros na cabeça
Mas aí está
Não tenho
Gosto suficiente pelos livros
E penso demais em viver
E penso demais nas pessoas
Para estar sempre contente
De só escrever vento
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Há sol na rua
Gosto do sol mas não gosto da rua
Então fico em casa
À espera que o mundo venha
Com as suas torres douradas
E as suas cascatas brancas
Com suas vozes de lágrimas
E as canções das pessoas que são alegres
Ou são pagas para cantar
E à noite chega um momento
Em que a rua se transforma noutra coisa
E desaparece sob a plumagem
Da noite cheia de talvez
E dos sonhos dos que estão mortos
Então saio para a rua
Ela estende-se até à madrugada
Um fumo espraia-se muito perto
E eu ando no meio da água seca .
Da água áspera da noite fresca
O sol voltará em breve
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Já não me apetece muito
Escrever poesias
Se fosse como dantes
Fá-las-ia abundantes
Mas sinto-me muito velho
Sinto-me muito sério
Sinto-me consciencioso
Sinto-me preguicioso
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Tudo foi dito cem vezes
E muito melhor que por mim
Portanto quando escrevo versos
É porque isso me diverte
É porque isso me diverte
É porque isso me diverte e cago-vos na tromba
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Rosas perfumadas

"São rosas, senhor, são rosas".
São poemas nas minhas mãos.
São pequeninos suspiros nos meus lábios.
São murmúrios de um qualquer regato perto.

"São rosas, senhor, são rosas".
São sorrisos solares.
É o meu corpo deitado na relva
a respirar devagar o aroma da manhã.

E lá longe... "são rosas, senhor..."
A voz de uma mulher,
as mãos estendidas,
as palmas brancas, o rosto suave.
E no regaço, rosas.

Rosas perfumadas.

E lá longe... "senhor... são rosas..."
A doçura, a candura, uma mulher,
um sonho, uma lenda, uma voz.
São rosas. São flores, são amores,
são desamores e crianças perdidas.
São delírios da minha mente cansada,
são tuas mãos nos meus seios,
quedas, as pálpebras fechadas
enquanto me sussurras ao ouvido...
"são rosas... amor... são rosas"

Publicado por Fairy Morgaine, algures na blogosfera em 28 de Outubro de 2004

A Alma não existe...

A Alma não existe senão na mente de quem a questiona.
Isto é uma frase de que gosto muito e para a qual não necessito de aspas ou itálico porque é da minha outrora inspirada narrativa. Escrevo-a de novo porque ultimamente (todos compreenderão bem porquê) tenho-me lembrado muitas vezes dela – a Alma.

Consigo senti-la, não na minha pele mas nas minhas recordações. Tal como o Haga também eu… também todos nós temos carregado imensas vezes na tecla RECordações. E… quanto a vocês não sei mas é aí que eu costumo começar de novo a questionar-me… e então a dúvida dissipa-se: penso no meu filho e no que sinto quando ele salta pró meu colo; como antes pensava na minha mulher e no que sinto quando a vejo dormir ao meu lado; como antes disso pensava no meu pai e no que sentia quando o encontrava ao fim do dia, cansado e preocupado com o trabalho.

Quanto a vocês não sei mas eu tenho a certeza mais absoluta do universo de que o tamanho desse Amor tem de nascer na Alma. Na minha, na do meu filho, na da minha mulher, na do meu pai… dos meus irmãos, dos meus amigos.

Se calhar partilhámos todos a mesma Alma…se calhar! Não ficam recorded no vosso coração RECordações especiais? Momentos especiais? Eu acho que ficam gravados aí porque são registados pela Alma. Não são registados pela nossa pele ou pelos nossos olhos, não. O que os nossos ouvidos apenas ouvem, a Alma escuta!

Se calhar… há Alma na voz de Mariza, no poema de Camões, no piano de Keith Jarrett, na máquina fotográfica do Óscar, no humor do Haga, na alegria do Vital, na sabedoria do Lab… nos alunos do Al. Por isso a Alma é eterna, sempre viveu através nós e viverá para sempre por intermédio do que somos.

Boris Paul Vian (é bom saber)

Boris Paul Vian


(Ville-d'Avray, 10 de Março de 1920Paris, 23 de Junho de 1959), foi um engenheiro, escritor, e cantautor francês, identificado com o movimento surrealista e ao anarquismo enquanto filosofia política.

Biografia
Nascido em Ville-d'Avray, na Ilha-de-França, em 10 de Março de 1920, fez o ensino liceal, em Paris, onde estudou principalmente línguas (latim, grego e alemão). Foi admitido na École Centrale des Arts et Manufactures, em 1939, onde se diplomou em Engenharia Mecânica, em 1942.
Levou sempre uma vida boémia, vindo a construir um percurso multifacetado, da literatura à música. Empregado na firma AFNOR, foi despedido pelos conflitos com os seus superiores a quem corrigia constantemente erros ortográficos, episódios retratados no romance Vercoquin et le plancton (1947). Antes disso já havia publicado, em 1944 e 1945, sob os pseudónimos Bison Ravi e Hugo Hachebuisson. Assinou peças de teatro, contos literários, letras musicais e romances, entre os quais se destaca A Espuma dos Dias (1947) considerada por muitos a sua obra-prima. Com uma atitude por vezes surrealista, Vian procurou que a sua escrita transmitisse a capacidade que a língua tem de apresentar um mundo imaginário mais revelador do que a rotina da vida normal, diária e banal.Reprodução do diploma de membro do Colégio de 'Patafisica de Boris Vian.A sua doença obrigou-o a deixar de tocar jazz, depois de ter sido, na década de de 1930, trompetista no Hot Club de França. Os últimos anos da sua vida foram passados na dependência de medicação, afectado por insuficiência cardíaca. Vitimou-o um ataque de coração, ocorrido no Cinema Marbeuf, quando via a adaptação do seu livro Irei Cuspir-vos nos.



Obras literárias



Canções


Entre outras:
1952: Allons z'enfants
1954: Le Déserteur (O Desertor), escrita sobre a derrota da França na Batalha Dien Bien Phu.
1955: La Complainte du progrès
1955: La Java des bombes atomiques
1955: Le Petit Commerce
Blouse du dentiste
Les Joyeux Bouchers
Fais-moi mal Johnny
J'suis snob
On n'est pas là pour se faire engueuler
L'Arbre des pendus
Mozart avec nous (adaptando-se à Marcha Turca de W.A Mozart)
1954-1959: À tous les enfants

Poesia


Cantilènes en gelée (1949)
Je voudrais pas crever (publicado postumamente em 1962)


Prosa


Como Boris Vian:
Trouble dans les andains (1947, publicado postumamente em 1966)
Vercoquin et le plancton (1947)
L'Écume des jours (1947)
L'automne à Pékin (1947)
Les Fourmis (1949, contos)
L'Herbe rouge (1950)
L'Arrache-coeur (1953)
Le loup-garou (publicado postumamente em 1970, contos)
Como Vernon Sullivan:
J'irai cracher sur vos tombes (1946)
Les morts ont tous la même peau (1947)
Et on tuera tous les affreux (1948)
Elles se rendent pas compte (1949)


Teatro


L'Équarrissage pour tous (1950)
Le Dernier des métiers (1950)
Tête de Méduse (1951)
Les Bâtisseurs d'Empire (1959)
Le Goûter des généraux (publicado postumamente em 1962)


Traduções


The Big Sleep, de Raymond Chandler (com o tìtulo Le grand sommeil, 1948)
The Lady in the Lake de Raymond Chandler (com o tìtulo La dame du lac 1948)
The World of Null-A

Últimos Desejos

Quero voar como os anjos
quero lavar os dentes com triflúor
quero o Belinho sem o Oliveira
quero cornear o duque de Kent


quero 250 de Platão bem passados
quero a destreza do okapi
quero ir ao Douro e às vindimas
quero pagar com letrasset


quero vestir de linho (e do Veiga)
quero ser primeiro no Mundial
quero pudim francês com caramelo
quero ler um cabinda em verso branco


quero uma sequóia para o quarto
quero voar de Spitfire
quero esmurrar o Marcel Cerdan
quero a Maja Desnuda


quero-te de bicicleta
quero-te outra vez de bicicleta sobre as folhas
quero-te ouvir chegar de bicicleta
quero o som macio que fazia na mata a tua bicicleta.

Fernando Assis Pacheco, in Variações em Sousa

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Calcanhar de Ouro de Madjer

Este vídeo dispensa comentários...

Évora: salto para o ouro

Nélson Évora é o quarto campeão olímpico português, o primeiro não fundista. O atleta nascido na Costa do Marfim, filho de pais cabo-verdianos, voltou a superar-se nos grandes momentos internacionais, juntando o ouro olímpico ao ouro do Mundial de Osaka, 2007.
Descoberto por um professor de educação física, antigo praticante de salto em altura, João Ganço, o benfiquista desde cedo mostrou que iria ser um dos grandes atletas de saltos quando se sagrou campeão da Europa de juniores. Todavia, poucos portugueses sonhariam há bem pouco tempo ver um atleta de Portugal a discutir medalhas numa área tão específica e numa disciplina tão difícil como o triplo salto.

Com a maioria da comitiva portuguesa à beira de um ataque de nervos, o benfiquista, sempre muito controlado, realizou a marca de 17,67 metros, tendo feito apenas um salto nulo nas seis tentativas. A medalha de prata foi para o britânico Philips Idowu (17,62 metros) e a de bronze para Leevan Sands, das Bahamas (17,59 metros.
O saltador assumiu a liderança do concurso ao segundo salto, com a marca de 17,56 metros, mas perdeu o comando na ronda seguinte, primeiro para o baamiano Leevan Sands (17,59) e depois para Idowu (17,62). Os adversários do português não fizeram depois melhor e Évora, no seu quarto salto, chegou aos 17,67 metros, um registo que lhe valeu a medalha de ouro, bem como passar para a liderança mundial do ano, na especialidade. Aí, e só após a confirmação da vitória, Nélson Évora não se conteve e chorou de alegria com o seu treinador.

Fernanda na recta da meta, 96, Atlanta

Fernanda Ribeiro protagonizou a 2 de Agosto de 1996, em Atlanta, uma das mais emocionantes finais olímpicas. Ao entrar para a última volta das 25 que somam os 10 000 metros, apresentava 20 metros de atraso em relação à chinesa "voadora" Wang Junxia, que tinha surpreendido o mundo com o recorde mundial. Tudo parecia perdido, mas, nos últimos 200 metros, a portuguesa reagiu até à recta final. Fernanda fez uma "ultrapassagem perigosa" que deixou sem fôlego milhares de portugueses. Em Portugal eram duas e meia da manhã do dia 3.

Com o tempo realizado, 31.01,63 minutos, bateu o recorde Olímpico e o recorde Nacional, juntando esse feito àquele que é o maior currículo das fundistas nacionais. No final da prova, diria: "Tinha prometido que lutaria até cair para o lado, só me faltou acabar de gatas.
A partir do terceiro quilómetro comecei a sentir dores no tendão de Aquiles, cerrei os dentes, sofri, mas eu, pelo sonho de ser campeã olímpica, estava preparada para ir até... morrer! Só apanhei um pequeno susto quando vi a Wang, a chinesa do sangue de tartaruga, a isolar-se, a 400 metros do final.
Mas nessa altura achei que ainda não estava vencida... foi quando pensei na promessa de ir a Fátima a pé."

Rosa de Seul

Depois do bronze em Los Angeles'84 e de os sucessivos títulos europeus e mundiais, Rosa Mota tinha nos Jogos de Seul'88 a grande oportunidade de conquistar aquele que é o mais desejado título: o ouro olímpico na Maratona. As aparentemente fáceis vitórias nas maratonas internacionais criaram uma pressão imensa. A responsabilidade era enorme porque as expectativas eram muito altas. Os portugueses "exigiam" o ouro a Rosa Mota.

Mas, desta vez, o desenrolar da prova foi diferente: a australiana Lisa Martin e a alemã Katrin Doerre não descolavam de Rosa Mota, seguiam-na como uma sombra. Aos 18 km, eram já só doze as atletas da frente. Pouco depois, Greta Waitz também desapareceria e aos 20 km restavam apenas cinco atletas no comando da prova: Rosa Mota, Lisa Martin, Kathrin Doerre e as soviéticas Polovinskaya e Smekhnova, esta última cederia pouco depois. Foi nos sete quilómetros finais que tudo se decidiu.

Aos 37 km, a soviética Polovinskaya ficou para trás. Aos 38 km, aproveitando uma descida e na sequência de uma recomendação do seu companheiro e treinador José Pedrosa - "Rosa, é agora ou nunca" -, Rosa Mota atacou com determinação. Rapidamente ganhou terreno e a certeza de que seria a vencedora.
Depois foi a caminhada solitária até à meta. Uma caminhada não isenta de dificuldades, bem expressas no seu rosto. Foi a vitória mais difícil, mas também a mais saborosa. A portuguesa cortava a meta com 2.25.39 horas, à frente da australiana Lisa Martin. O pódio ficaria preenchido com a germânica Kathrin Doerre (2.26.21).

Reparem na frescura de uma Rosa. Dá para rir, acenar, atirar beijos. Acho que dava para outra maratona...

Agostinho vence em Alpe d'Huez

Em 1979, 10 anos após a sua estreia no Tour, Joaquim Agostinho alcançaria o maior feito da sua carreira, ao vencer a mítica etapa de L’Alpe-d'Huez, no dia 15 de Julho. Joaquim Agostinho tornou-se um dos nomes históricos da Volta a França. Em homenagem à grande vitória de Agostinho na mítica etapa, a organização deu o nome de Agostinho à 17ª curva da subida do L’Alpe de Huez.

Joaquim Agostinho nasceu em 7 de Abril de 1943, em Brejenjas, freguesia de Silveira, concelho de Torres Vedras. Era o quarto filho de uma família modesta de camponeses. Aos 18 anos foi chamado a combater na Guerra Colonial, em Moçambique, onde participou numa corrida de bicicletas em Vila Cabral que ganhou, no entanto ele gostava era de jogar futebol. Uma vinda a Portugal para matar saudades da mulher, Ana Maria, alteraria definitivamente a sua vida.
Com a recordação da vitória em Vila Cabral viva na sua mente, Joaquim Agostinho pediu emprestado ao seu vizinho, João Roque, um equipamento para se treinar. João Roque, que tinha ganho a Volta a Portugal em 1963, acompanhou-o e ficou espantado com as qualidades de Joaquim Agostinho e sem perder tempo levou-o a treinar ao Sporting. Estávamos em Fevereiro de 1968 e Joaquim Agostinho tinha... 25 anos.
Em Abril do mesmo ano entrou no Campeonato Regional de Fundo para Amadores. Venceu a primeira prova, classificou-se em 3º lugar na segunda e venceu a 3ª prova, conquistando o título de Campeão Regional. Em Agosto de 1968, participou pela primeira vez na Volta a Portugal. Embora não tenha vencido nenhuma etapa, os tempos realizados por este ciclista valeram-lhe o segundo lugar e a vitória por equipas. Após esta prova foi seleccionado para o Campeonato Mundial de Estrada, em Imola. Conseguiu a melhor classificação portuguesa de sempre, ao ficar em 16º lugar, e foi o único português a concluir a prova.
Joaquim Agostinho venceu por cinco anos consecutivos (de 1969 a 1974) o Campeonato Nacional de Fundo Individual. Venceu a Volta a Portugal em três anos consecutivos (entre 1970 e 1972).
Participou por 13 vezes na Volta à França e nos anos de 1978 e 1979 conseguiu a melhor posição de sempre, classificando-se em terceiro lugar. Em 1972, participou na Volta à Suíça e obteve o quinto lugar.
A passar por dificuldades financeiras volta ao Tour pela última vez em 1983. Com 40 anos conseguiu o feito de terminar na 11ª posição.
Em 1984 decidiu regressar de vez a Portugal e acabar a carreira no seu Sporting. No dia 30 de Abril disputava-se a 5ª etapa da X Volta ao Algarve, quando Joaquim Agostinho sofreu uma fractura craniana, num acidente provocado por um cão que se atravessou no caminho. Com a camisola amarela vestida, voltou a montar a bicicleta e cortou a meta com a ajuda de dois colegas do Sporting. Pediu que o levassem à pensão para descansar. As dores de cabeça aumentaram e foi levado para o hospital de Loulé. A situação agrava-se drasticamente e é evacuado para o hospital da CUF, em Lisboa. Não é transportado por via aérea e acaba por fazer uma longa viagem de ambulância, chegando à capital em coma. Foi operado 10 horas depois do acidente e nos 10 dias seguintes, sempre em coma, luta contra a morte, que acaba por derrotá-lo a 10 de Maio de 1984.

Total de Vitórias: 96

Maiores destaques: Volta a Portugal:1968 - 2º, 1969 – 7º, 1970 – 1º, 1971 – 1º, 1972 – 1º.Tour de France:1969 - 8º, 1970 – 14º, 1971 – 5º, 1972 – 8º, 1973 – 8º, 1974 – 6º, 1975 – 15º, 1977 – 3º, 1978 – 3º, 1979 – 3º, 1980 – 5º, 1983 – 11º. Vuelta a España:1973 - 6º, 1974 – 2º, 1976 – 7º, 1977 – 15º. Campeão Nacional 6 vezes consecutivas (1968 a 1973).

Vencedor das etapas míticas de:Alpe d’Huez (Tour) – 1979, Cangas de Oniz (Vuelta) – 1974, Torre – 1971, 1973, Penhas da Saúde – 1970, 1971, Solothurn Balmberg (V. Suíça) – 1972.

1º Nas Subidas de: Puerto del Léon (Vuelta) – 1972, Côte de Laffrey (Tour) – 1971, First plan (Tour) – 1969, Grammont (Tour) – 1971, Manse (Tour) – 1972, Lautaret (Tour) – 1972, Hundruck (Tour) – 1972, Oderen (Tour) – 1972, Lalouvesc (Tour) – 1977, Croix de Chabouret (Tour) – 1977.

Ciclista do Ano do CycloLusitano:1968, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1974, 1978, 1979, 1980.

Não há imagens dessa vitória mítica em 1979, mas há outras para recordar o grande Tino.

Carlos Lopes vence Maratona nos Jogos Olímpicos de Los Angeles

Carlos Lopes acreditava que estava predestinado a conquistar para Portugal a primeira medalha de ouro nos Jogos de Los Angeles'84. A prata que conquistara nos 10 000 metros de Montreal 1976 sabia-lhe a pouco, tanto mais que o vencedor, o finlandês Lasse Viren, tinha outros meio que o português nunca utilizou: os estágios de altitude e as transfusões sanguíneas.
Dois anos e meio antes de Los Angeles, Lopes começa a planificar, física e mentalmente, o ataque ao ouro. "Sabia que era a última possibilidade de ser campeão olímpico. Já tinha 37 anos. E eu era uma pessoa que acreditava em mim, tinha um trabalho intensivo para procurar colmatar a falta de ponta final", recorda Lopes. Dúvidas tinham os milhares de portugueses nessa "ponta final" ao recordarem a derrota no Canadá. "Os adversários não me respeitavam... temiam-me ", recorda. Ao contrário do derrotismo nacional, nada demovia Lopes de chegar ao ouro. Isolou-se. Treinou duro, sozinho. Só viajou para os EUA poucos dias antes da maratona. Afastou-se da aldeia olímpica. Mas, 16 dias antes da prova, foi atropelado quando treinava em plena Segunda Circular em Lisboa. "Queria treinar no calor e com poluição. A Segunda Circular é um dos meus percursos de sempre. Quando dou por mim estava a voar após um toque de um Mercedes", recorda. Os portugueses ficaram agarrados aos televisores até às 03.30. Os norte-americanos também, já que tinham apostado em Alberto Salazar para vencer em casa. Terminou em 15.º, desidratado (35 graus, 45 humidade). "Táctica? Não tinha táctica. Só pensava em correr os últimos 5 km em 14 minutos. Bastaram 14.30. Custaram-me mais os primeiros cinco, estava bloqueado, depois libertei-me e utilizei a passada de 1,70 m, uma das três versões que tinha disponível. Aos 37 km arranquei e isolei-me para saborear o final no estádio perante 90 000 espectadores." O cronómetro marcava 2.09.21, recorde olímpico que duraria até Pequim 2008. A mais de meio minuto ficava o irlandês John Tracy.


Aqui está um momento de ouro. Carlos Lopes vence a Maratona nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. 12 de Agosto de 1984. Portugal não dormiu e viu de madrugada um homem simples, franzino, entrar sozinho no Estádio. Em glória.
Quem não chorou não sabe o que perdeu...


Momentos de ouro do desporto português: golo de Carlos Manuel

Inicia-se aqui uma nova serie: momentos de ouro do desporto nacional.

E vou iniciar com um golo de Carlos Manuel à Alemanha, no dia 16 de Outubro de 1985, no Neckar Stadion, em Estugarda, agora Mercedes-Benz Arena.
Nessa noite, José Torres pediu para sonhar. E Portugal sonhou. Foi a primeira vez que a Alemanha perdeu em casa numa qualificação para o Mundial. A equipa portuguesa foi de uma coesão fabulosa.
Foi no último jogo que foi conseguida a qualificação. Parecia um final à Hollywood: emeoção, emoção, o coração a não aguentar e um happy end.

Oitavo jogo.
Neckarstadion, em Estugarda.
16 de outubro de 1985.
Árbitro: Keith Hackett (Inglaterra).
RFA - Portugal, 0-1.
Bento; José António; João Pinto, Frederico, Venâncio e Inácio; Veloso, Carlos Manuel (Litos, 81), Jaime Pacheco e Mário Jorge; Gomes (José Rafael, 83).
Marcador: Carlos Manuel (53).

Classificação (Gr. 2) J V E D GOLOS P
1. RFA 8 5 2 1 22-9 12
2. PORTUGAL 8 5 0 3 12-10 10
---------------------------------------------------
3. Suécia 8 4 1 3 14-9 9
4. Checoslováquia 8 3 2 3 11-12 8
5. Malta 8 0 1 7 6-25 1


Desta equipa, eu gostava particularmente de Bento, João Pinto, Frederico (um defesa que passou ao lado de uma grande carreira), Mário Jorge (idem, para um deslumbramento), Jaime Pacheco e Gomes.
Eu estava no Café Avenida, em Coimbra, e depois foi uma grande noite.
Mas é preciso um coração de pedra para não se emocionar ao (re)ver isto...


Listinha de Brancos a não perder...

Não há desculpa para beber mal. Não há justificação para beber caro. Por isso aqui vai uma listinha de Espumantes, Brancos e Rosés abaixo de 5 Euros, com as respectivas estrelas, é claro. Nota: esta lista é "roubada" ao meu enólogo e «conselheiro» preferido: Aníbal Coutinho. Amanhã, avançam os Tintos...

Espumantes
*** Primavera, Baga, Bruto, Rosé, 2008, Bairrada
** Quinta Poço do Lobo, Bruto, Branco, 2006, Bairrada
* Caves S. João, Reserva, Bruto, Branco, 2007, Bairrada
* Marquês de Marialva, Reserva, Bruto, Branco,2008, Bairrada

Brancos Verdes (todos de 2009)
*** Quinta de Gomariz, Loureiro
** Quinta de Gomariz, Colheita Seleccionada
** Quinta de Azevedo
* Adoraz
* Área Nova, Loureiro
* Dom Ferro, Arinto
* Dom Ferro, Avesso
* Quinta da Lixa
* Quinta da Raza
* Solar das Bouças

Brncos do Douro (todos de 2009)
** Burmester
** Sedna
* Gadiva
* Lavradores da Feitoria
* Quinta do Carqueijal
* Quinta de Santa Marta, Rosé

Brancos do Dão (todos de 2009)
*** Cunha Martins
** Grilos
** Cabriz, Colheita Seleccionada
** Adega de Penalva, Rosé
** Serrado, Rosé
* Casa de Santar

Brancos da Bairrada (todos de 2009)
*** Quinta do Ortigão, Sauvignon Blanc e Bical
** Casa de Sarmento Maria Gomes
** Encosta de Mouros
** Encosta de Mouros Bical
** Quinta do Ortigão, Arinto e Bical
* Marquês de Marialva
* Angelus, Rosé

Brancos de Lisboa e Tejo (todos de 2009)
** Companhia das Lezírias
** Al Tejo
** Vale de Lobos
* Fiúza, Sauvignon
* Guarda Rios, Ribatejo
* Oceanus
* Quinta do Casal Branco
* Serradayres Arinto e Fernão Pires
* Terraços do Tejo
* Confraria Moscatel Colheita Seleccionada Leve
* CSL Moscatel
* Magafa
* Quinta da Espiga
* Cardal
* Fiúza Rosé
* Quinta de Alorna Touriga Nacional, Rosé

Brancos da Península de Setúbal (todos de 2009)
** Adega de Pegões, Colheita Seleccionada
** D. Ermelinda
* Serras de Azeitão, Rosé
* Malo Tojo, Rosé
* Terras do Pó, Rosé

Brancos do Alentejo (todos de 2009)
** Conventual
** EA
** Herdade da Figueirinha Reserva
** Loios
** Monte Velho
** Versátil
** Vila dos Gamas, Antão Vaz
** Herdade da Figueirinha, Rosé
* Callistus

Baterista (3 anos)

Vale a pena a paciência de deixar "carregar" o filme todo e "ouver" até ao fim... o minuto final é o mais delicioso... :)

domingo, 26 de setembro de 2010

Words: a vida em instantes

Esta curta metragem dirigida por Daniel Mercadante e Will Hoffman sugere um fantástico jogo de associação de significados e sentidos construídos a partir de palavras simples implícitas no próprio filme. É sobretudo fascinante a fluidez com que a narrativa nos vai sendo apresentada em três minutos de pura inspiração.

Dedicado ao AL.

sábado, 25 de setembro de 2010

Blue Rondo A la Turk



Acta da ultima reunião-24/09/10-Porto, Ribeira.
Desta vez a acta vai em em video. Este tema do Dave Brubeck resume toda a nossa noite. Prestem bem atenção à exposição do tema em sax pelo Vital, pergunta e resposta, a energia ritmica de todo o tema e aquele solo de sax mais bluesy quando já andavamos pelo Alentejo. O nome do tema foi a surpresa da noite, e diz tudo o resto...
E tudo em nome do Al.

Sugestão Cultural

(clicar no cartaz para conseguir ler)

Sob a batuta do distinto "peresidente" da Junta de Valadares, é-nos oferecido este programa cultural de música, de 1 a 5 de Outubro. "Dias da Música" pode ser, para além do seu objectivo, um motivo de confraternização de amigos. Por isso vamos lá colocar nas nossas agendas o compromisso de estarmos presentes neste acontecimento ímpar em Valadares.
É cultural
é didáctico
é arte
é bonito
é importante
é de borla

Uma ultima sugestão/pergunta: encontro no café do Orfeão, meia hora antes dos espectáculos, para depois rumar-mos aos locais dos eventos?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Acordo Ortográfico

A cor do horto gráfico
Dada a importância do texto e a ajuda que alguns elementos provenientes do Brasil e PALOP (países africanos de língua oficial portuguesa), assim como do professor Carlos Reis e da escritora Lídia Jorge, aqui ficam as principais actualizações, perdão, digo atualizações...


Última actualização do dicionário de língua portuguesa - novas entradas:

Testículo: Texto pequeno
Abismado: Sujeito que caiu de um abismo
Pressupor: Colocar preço em alguma coisa
Biscoito: Fazer sexo duas vezes
Coitado: Pessoa vítima de coito
Padrão: Padre muito alto
Estouro: Boi que sofreu operação de mudança de sexo
Democracia: Sistema de governo do inferno
Barracão: Proíbe a entrada de caninos
Homossexual: Sabão em pó para lavar as partes íntimas
Ministério: Aparelho de som de dimensões muito reduzidas
Detergente: Acto de prender seres humanos
Eficiência: Estudo das propriedades da letra F
Conversão: Conversa prolongada
Halogéneo: Forma de cumprimentar pessoas muito
inteligentes
Expedidor: Mendigo que mudou de classe social
Luz solar: Sapato que emite luz por baixo
Cleptomaníaco: Mania por Eric Clapton
Tripulante: Especialista em salto triplo
Contribuir: Ir para algum lugar com vários índios
Aspirado: Carta de baralho completamente maluca
Assaltante: Um 'A' que salta
Determine: Prender a namorada do Mickey Mouse
Ortográfico: Horta feita com letras
Destilado: do lado contrário a esse
Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho
Coordenada: Que não tem cor
Presidiário: Aquele que é preso diariamente
Ratificar: Tornar-se um rato
Violentamente: Viu com lentidão

Menorquinas: objectos de culto

Confortáveis, rústicas, práticas e resistentes, as Menorquinas (Avarques, Albarques ou Albarcas) nasceram da capacidade de adaptação ao meio natural desta pequena ilha do Mediterrâneo. Feitas com sola procedente de pneus usados, estas sandálias enfrentam sem dificuldade as terras agrestes e rochosas dos campos menorquinos. Transformaram-se, com o decorrer dos anos, num produto de enorme sucesso nos mercados europeus e americano.
Hoje, são um atractivo objecto de design, elegante e com uma personalidade clara, e são usadas pelos membros da Família Real Espanhola, por artistas, escritores e actores e actrizes.

Em Menorca lá as encontramos por tudo quanto é pé! Como não podia deixar de ser aproveitei a câmara fotográfica para registar algumas imagens...











Nota: Clicar nas imagens para observar com a correcta definição

Shintaro Nakaoka



Shintaro Nakaoka
Nasce em 1957 em Ogaki, Província de Gifu, Japão. Expõe desde 1985 em mostras individuais e colectivas, essencialmente no Japão e Portugal (CCSL Out. 2005). Em 1997, artista delegado do Ministério da Cultura do Japão em Portugal. Participa em numerosos simpósios e é galardoado de prémios importantes (2004,1º Prémio competição Sakura, em Akita). Vive e trabalha em Ogaki, Japão.

O Centro Cultural de S.Lourenço em Almancil, Algarve é sem dúvida a minha galeria preferida. Uma escolha de artistas muito apurada, dos quais destaco; Shintaro Nakaoka, A.R.Penck, Juan Martinez, Alfredo Revuelta, José de Guimarães, Carlos Barão e Antoni Tàpies entre 3 dezenas de outros excelentes artistas.(1/3 deles portugueses)
Estive no ultimo fim de semana em Miguel Bombarda, na minha cidade. Gostei imenso do ambiente ...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Equinócio do Outono - Dia 23 de Setembro pelas 10.15 horas

É JÁ AMANHÃ!

Equinócio significa "noite igual" e acontece quando o Sol "passa" pelo equador, dando origem a um dia em que a duração do dia é a mesma da noite.


A palavra Equinócio vem do latim (aequinoctiu = noite igual; aequale = igual + nocte = noite ) e indica o instante em que, ao meio-dia, numa localidade na linha do Equador, há um ponto onde os raios solares têm uma incidência perpendicular à sua tangente. Nesse instante, os raios solares estão paralelos ao plano do Equador e perpendiculares ao eixo de rotação. Ambos os hemisférios são iluminados igualmente, o que faz com que a duração do dia (período iluminado) e da noite (período escuro) sejam iguais.Esse fenómeno ocorre duas vezes ao ano, entre os dias 20 e 21 de Março e entre 22 e 23 de Setembro. Tomando como base o hemisfério Norte, correspondem respectivamente ao início da Primavera e ao início do Outono.

E assim os dias quentinhos que temos tido vão dar lugar a temperaturas gradualmente mais baixas que podem causar alguns probleminhas de saúde. Há que precaver! Assim, a partir de hoje, um robezinho com chapelinho a condizer vai mesmo proteger o vosso Hagarraky que desde o inicio agarrou o tronco nu e anda pr'aqui nessa figura.

Dias sisudos virão mas a Natureza encarregar-se-à de nos fazer sorrir com imagens como estas:

(Novembro 2009: Mata de Albergaria - Gerês)