No tempo da Pré-História, em que havia apenas meia-dúzia de bares no Porto, o Duque da Ribeira (na época sem Karaoke!..) foi palco de muitas histórias inesquecíveis. Na altura eu fazia parte de um grupo de música popular portuguesa. Foi uma época perfeitamente louca!
Botas à lavrador, colete e camisa branca (ou aos quadrados!), instrumentos sempre a postos, afirmávamos a nossa identidade espalhando música e alegria por tudo quanto era canto!
Tivemos noites de glória no Duque. Havia pessoas que paravam por lá sempre que íamos tocar. Normalmente essas noites terminavam em casa de amigos, ou desconhecidos, entre copos e mais música!..
Tivemos noites de glória no Duque. Havia pessoas que paravam por lá sempre que íamos tocar. Normalmente essas noites terminavam em casa de amigos, ou desconhecidos, entre copos e mais música!..
Numa dessas noites estava o pessoal todo animado quando o dono do Duque, numa grande excitação, nos veio avisar que provavelmente iria aparecer por lá o Carlos do Carmo. CAAARLOOS DO CARMOOO??? “Glup, duplo glup”!...
De facto, assim aconteceu. Aproveitando uma digressão ao norte, o famoso artista decidiu conhecer a noite portuense.
Não sei se o senhor é ou não boa pessoa. Não o cheguei a conhecer pessoalmente. Mas deve ser bastante simpático, já que bateu palmas acompanhando alguns dos nossos temas mais alegres e, por várias vezes, fez-que-sim com a cabeça enquanto se dirigia à comitiva que o acompanhava. Só pode ser por simpatia! Nós éramos uns meros amadores completamente “à nora” ante a sua presença...
Não sei se o senhor é ou não boa pessoa. Não o cheguei a conhecer pessoalmente. Mas deve ser bastante simpático, já que bateu palmas acompanhando alguns dos nossos temas mais alegres e, por várias vezes, fez-que-sim com a cabeça enquanto se dirigia à comitiva que o acompanhava. Só pode ser por simpatia! Nós éramos uns meros amadores completamente “à nora” ante a sua presença...
Saiu quando ainda não tínhamos acabado a nossa actuação. “Ele ficou encantado!” – disse-nos depois o dono do bar enquanto metíamos as “violas nos saco".
Adormeci nessa manhã embalado por estas palavras…
3 comentários:
Ele era o simples Carlos do Carmo mas vocês eram o "GRANDE ESPIGA"! O Grande GRANDE ESPIGA, carago!
E o Labrosca sou eu ?
As noites do Duque...!
Magnificas e rápidas, porque o tempo ali passava a correr!
Enviar um comentário