quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

David Lynch: a importância do pormenor

É verdade que por vezes a nossa paciência esbarra na (aparente?) falta de sentido de alguns dos argumentos (estou a lembrar-me por exemplo de Mulholland Drive...). Mas essa é a sua própria natureza. Os filmes são uma brilhante tentativa de nos conduzir ao mundo do subconsciente, ao nosso lado mais obscuro. São os sonhos, os pesadelos, os fragmentos de histórias desligados e/ou entrelaçados como peças de xadrez... é toda uma ambiência fantasmática...
A cor e a música jogam um papel fundamental nos seus filmes. E os planos apertados... esses são verdadeiramente a sua imagem de marca! Quem não se lembra das cenas de um fósforo a arder, uma moeda a cair em câmara lenta...
São estes pequenos detalhes que, na minha opinião, o tornam um realizador genial!

2 comentários:

Kmett N’Ojo disse...

Não gosto, em geral, de David Lynch. É tudo demasiado intelectual e presunçoso. Os músicos de jazz também têm alguma tendência para cair em exageros e tecnicismos que desvirtuam o sentido mais puro da música e da sua essência. São apenas escalas a subir e a descer numa demonstração arrogante de soberba técnica desprovida de alma. É assim que vejo David Lynch. Consegue bons efeitos visuais mas sem conteúdo. Assim como ver os bolos na montra da pastelaria e pagar para lamber o vidro!

Vital disse...

Eu, ao contrário do K´mett, gosto do Lynch. Blue Velvet foi um filme que me ficou na memória.