sábado, 12 de julho de 2008

Duas pranchadas no pràfrentismo balofo e panfletário...

Dois caros amigos - como o Óscar e o Tullius - acham incrível que a Manelinha F L afirme que o casamento vise a procriação (com esta palavra até eu se soubesse que significava ter filhos, hesitava...). Já tinha pensado neste tema depois daquela modernaça (e giraça à portuguesa) Joana Amaral Dias ter exercido a mesma crítica e defendido também a posição enjoativa sociológica/correcta/moderna e vanguadista. Até tenho o mail dela, mas não tenho coragem para me bater com uma socióloga encartada e de verdade.
Tenho pena que as pessoas como os meus amigos não párem para reflectir e ver que outras pessoas que cresceram à sombra de outras verdades, outras influências, outros tempos e outras ideias tenham a sua verdade e por isso dificuldade em aceitar as «evidências» de hoje.
Exige-se aos anciãos jarretas que mudem da água para o vinho apenas porque nós sabemos que é MODERNO, ou mais equilibrado ou mesmo justo, não antecipando que vamos penar o mesmo perante os nossos filhos.
Meus caros: a tolerância e modernismo não é defender o casamento entre homossexuais (e eu defendo... que é para eles também provarem do que é bom) tal como também defendo o divórcio entre homossexuais e simultaneamente acusando todo aquele que não o defende como retrógrado, ultrapassado, dinossauro, careta, etc...
Do meu ponto de vista, tolerância é entender que discordando por exemplo da D. Manelinha aceite que para os padrões da senhora ainda hoje é complicado aceitar de forma ligeira um casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A verdade é que um tipo coerente que não defenda o referido casamento e lhe perguntem porquê, o que deve e pode ele responder? «Ah, pois, eu não defendo porque sou um grande bota d'elástico, homofóbico e ainda não fiz a minha actualização sócio-cultural?»
É clara e natural a fuga justificativa para a via da preservação da família e da procriação.
A segunda notinha é a seguinte: para quem está sempre a demolir os valores e instituições tradicionais (justamente por o serem) não compreendo o afã em copiar logo uma das instituições mais ultrapassada e que mais problemas levantam (veja-se o número de divórcios) - da sociedade tradicional: precisamente o casamento. Se é por uma mera questão jurídico civilística então não lhe chamem casamento, chamem-lhe HOMOMENTO, por exento.
De resto, o Óscar, intervalando tolerância com lucidez, seguida de credulidade, diz: podem casar mas não podem adoptar. Como é?: o infante adoptado não pode chamar papá, papá, mas a filho biológico de um deles já pode?
Bom, espero ter sido suficientemente trauliteiro, demagogo e provocador (mesmo com tiques homofóbicos) para com isto provocar uns quantos comentários e clicks na pub para poderermos comer umas isquinhas em Setembro.

3 comentários:

Anónimo disse...

Em "vanguadista" falta o errezinho no final da 2ª sílaba. De resto, estrá escorreito e até parece que sabe alinhar duas.

Anónimo disse...

Ooooops..., está em vez de "estrá", claro!

Óscar disse...

Ó Costa, ao ler o post pensei que ele tinha sido escrito pelo Diácono Remédios!
Costa, Costa,... é caso para dizer: "O artista é um bom artista! Não havia nechexidade..."