Pelo menos durante estes domingos de Inverno, fugindo aos shoppings, nada melhor que uma lareira e um livro.
Assim, para este, proponho a obra-prima de J. D. Salinger, «The Catcher in the Rye».
Só o título vale toda uma dissertação de mestrado: O Apanhador no Centeio seria a tradução literal, mas a coisa é tão difícil que João Palma Ferreira o magnífico tradutor desta obra, saiu-se muito bem com «Uma Agulha no Palheiro».
Holden Caulfield conta na primeira pessoa um período da sua vida. E conta como ninguém. Nunca mais vi prosa tão seca, irónica, despojada, directa ao coração e à cabeça como esta de Salinger. Nem mesmo noutras obras do autor.
Esta obra tão celebrada e obrigatória nas escolas dos EUA, foi elevada a uma posição icónica nunca alcançada por outro livro: por exemplo, Mark Chapman, estava com um exemplar na mão quando assassinou Lennon. E assim sucessivamente.
Atenção: se possível ler em Inglês (é muito acessível e muito mais interessante). Se preferir em Português, ler a tradução mencionada acima, velhinha, de Palma Ferreira e editada na Livros do Brasil. Há uma mais recente, que tenta uma linguagem mais coloquial, mas que fica longe da qualidade e rigor da anterior e do original. A evitar, portanto.
Este foi o livro que ofereci mais vezes.
Isto é uma obra-prima. Não é repetível, apesar de muitas vezes imitada.
Quem não conhece, experimente. Nunca mais voltará a ser a mesma pessoa. Acho eu.
1 comentário:
Vou comprar.
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