A imagem é daqui
Não sei bem porquê mas acho esta data particularmente interessante!..
Talvez por isso apetece-me deixar aqui algumas reflexões:
É absolutamente fantástico que no meio de um universo estéril (?..), num planeta completamente menosprezável em termos de dimensões ou localização, tenha surgido este fenómeno singular a que chamamos vida.
Fantástico é também apercebermo-nos de que cada ser vivo é algo de único e irrepetível. Que resulta de uma combinação exclusiva entre genes que se complementam para se transformarem num projecto de construção singular e original.
Não menos interessante é a noção de que de um desses acasos - a união de um entre triliões de espermatozóides e de um entre 1 a 2 milhares de óvulos, de um homem e de uma mulher entre os biliões de seres humanos que habitaram o planeta- somos nós. E ainda nos queixamos da falta de sorte no euromilhões!!!
Todas estas considerações relevam para o superlativo de maravilhoso (sem que para tal seja necessário acreditarmos num qualquer Deus).
Quando pela primeira vez visitei a Capela dos Ossos, em Évora, e me deparei com a célebre máxima "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos" achei, talvez fruto do meu optimismo endógeno, a mensagem interessante e positiva. A minha leitura para tal inscrição é que ela é um aviso de que só há uma vida e que, portanto, não convém desperdiçá-la. É claro que nem todas as pessoas a encaram da mesma maneira. Lembro-me que na altura andava por lá uma excursão de alemães idosos, todos sorrisos, todos interessados. A sua reacção mudou diametralmente quando a guia lhes traduziu a dita inscrição. Os sorrisos desapareceram ou ficaram bem amarelos nos rostos daquelas pessoas. E toca a andar lá para fora bem depressinha!
2 comentários:
Tá boa e de facto és um optimista empedernido e por isso hoje estás duplamente de parabéns e se eu quisesse estragar a festa dir-te-ia que os milhões que habitam o planeta boa parte é uma merda, mas não quero estragar a toada e o optimismo e portanto hoje somos todos bonzinhos...
A minha interpretação sobre o nosso posicionamento no universo é diametralmente oposta:
Nós, humanos, somos os únicos seres inanimados.
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