Aqui vai outra, porque isto são como as nésperas...
A meio do inter-rail, salvo erro em Antuérpia, o Z.A. farto de ver sempre o mesmo (eu) a destrocar em Inglês quis autonomizar-se e provar que dominava a Língua.
Disse-me: estou farto que sejas sempre tu a falar, agora vou eu e falo eu. Pensou, planeou, repuxou os punhos das mangas, encheu o peito de ar e entrou num bar. Colocou os braços no balcão, dirigiu-se à menina que atendia, e perguntou com o ar mais shakespeareano deste mundo pausando bem as sílabas: «Are you a cigarrette?»
Perante o ar embasbacado da moça que pensou que estava no meio dos «Apanhados», voltou a repetir mais alto, mais devagar e ainda mais convicto: «Are you a cigarrette, or no?» A moça estava atónita, boquiaberta e procurava uma ajuda qualquer.
O Z.A. pensou que era um problema de rapidez e complexidade da expressão e por isso meio agastado soltou lentamente, sílaba a sílaba: «Porra, a-re y-u ou noue a ci-ga-re-tte?». Silêncio. Total.
Aqui o Z.A. desiste, volta-se, olhou para mim, baixou os braços e disse: "a gaja não percebe, é belga...»
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