quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Musicoterapia

Desde sempre, o tempo (atmosférico) tem uma influência marcante no meu estado de espírito. Estes dias cinzentos põem-me autenticamente num estado de verdadeira hibernação. Não me apetece fazer nada, fico meio sonolento e irritadiço... enfim! Com uma disposição abaixo de zero.

Por altura dos finais da minha adolescência encontrei, contudo, um antídoto eficaz para este meu problema: umas boas doses de música barroca, Bach, Vivaldi ou Albinoni, ou alternativamente Genesis, trazem de novo paz e tranquilidade ao meu espírito.
Já nos inícios do Verão, por altura do Solstício de Junho - a minha época do ano preferida! - , apetece-me sobretudo ouvir bem alto Santana, com as janelas do carro todas abertas.

Aqui fica, para quem sofre dos mesmos males de apatia e depressão invernais, um dos meus temas eleitos para estas situações (na esperança que produza também efeitos positivos...):

2 comentários:

K disse...

Bonito momento, Óscar.
Para ti, agradecido, ofereço este poema:

Lenta, descansa a onda que a maré deixa.
Pesada cede. Tudo é sossegado.
Só o que é de homem se ouve. Cresce a vinda da lua.
Nesta hora, Lídia ou Neera Ou Cloe,
Qualquer de vós me é estranha, que me inclino
Para o segredo dito
Pelo silêncio incerto.
Tomo nas mãos, como caveira, ou chave
De supérfluo sepulcro, o meu destino,
E ignaro o aborreço
Sem coração que o sinta.

Ricardo Reis

K disse...

Onde se lê:
"Só o que é de homem se ouve. Cresce a vinda da lua."
lê-a-se:
"Só o que é de homem se ouve.
Cresce a vinda da lua."