segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Lisa Ekdahl na Casa da Música (18/Novembro)

Tudo aconteceu ao contrário das minhas previsões.

As minhas expectativas estavam em alta para o concerto: os temas que Ekdahl canta são de um modo geral interessantes; os arranjos são muito ao meu gosto, balanceando entre o soft jazz e a bossa nova; os músicos que a acompanham nos álbuns, especialmente o flautista e o guitarrista, são do melhor... um único senão: o timbre e a fragilidade da sua voz que, imaginava eu, daria algum trabalho aos engenheiros de som dos estúdios de gravação.

Início do concerto. Ekdahl entra no palco... o quê? Onde foi ela arranjar aquela indumentária toda tão pirosa? Chapeuzinho de palha, vestido todo às flores com botas (sapatos?) brancas...
Depois a atitude: uma verdadeira dondoca, dengosa, misto foleiro de mulher fatal e jovenzinha inocente (ao estilo da Marylin, mas muuuuitos furos abaixo!). Intervenções despropositadas e sem graça... caso para dizer: uma verdadeira desgraça!

Os músicos começam a tocar. Onde está a viola acústica? E a flauta? Os temas foram todos travestidos de uma nova sonoridade. Ok, não estava nada mal! Mas eu vinha com o ouvido preparado para outra coisa... Daybreak sem batida de bossa? Sem aqueles magníficos solos de flauta? Pois foi. Foi assim mesmo!

A parte surpreendente do concerto foi a sua voz. Frágil? Sim, mas muito segura, com nuances, por vezes sussurrada, e sobretudo com um falsete de se lhe tirar o chapéu (de palha! Está claro!). A voz é realmente qualquer coisa! E ainda por cima cantou menos vezes à bebé, o que me deixou extremamente feliz!

Resumindo e concluindo: foi bom mas..., Ah, nada para ficar retido na memória.

4 comentários:

Vital disse...

Estivemos em concertos diferentes: eu, pelo meu lado, gostei francamente dos arranjos, da persona, da voz e só tive pena que ela não tivesse cantado na sua língua nativa.
E o nome é Ekdahl, com agá. Também não gostavas que te chamassem Hoscar Alo...

Vital disse...

Foi pena o Deibaibei não ter ido para dar a sua (terceira) opinião. Por falar nele, qu'é dele?

Óscar disse...

Obrigado pela correcção! Já está corrigido.

Kmett N’Ojo disse...

Não conhecia.
Não gostei muito, pelo mnos da amostra.