Eu sei, não é novidade. No entanto, não deixa de ser genial!
Tema escrito por Errol Garner (1954), mais tarde enriquecido pela letra de Johnny Burke, teve (na minha opinião) o seu momento mais alto nas interpretações do dueto Stan Getz / Chat Baker e da Sarah Vaughn.
A versão que apresento, a melhor que encontrei disponível, é da responsabilidade da não menos célebre Ella Fitzgerald. Deliciem-se!..
Ella Fitzgerald - Misty
Look at me, Im as helpless as a kitten up a tree;
And I feel like Im clingin to a cloud,
I can t understand
I get misty, just holding your hand.
Walk my way,
And a thousand violins begin to play,
Or it might be the sound of your hello,
That music I hear,
I get misty, the moment youre near.
Cant you see that youre leading me on?
And its just what I want you to do,
Dont you notice how hopelessly Im lost
Thats why Im following you.
On my own,
When I wander through this wonderland alone,
Never knowing my right foot from my left
My hat from my glove
Im too misty, and too much in love.
Too misty,
And too much
In love.....
3 comentários:
Ella Fitzgerald foi para mim como a cerveja:
as primeiras que se bebem são um bocado azedas. Então com o passar do tempo já se vai bebendo.
Depois, já não se dispensa.
Há uma naturalidade nas suas interpretações que até assusta.
Há humanidade e humildade quando canta que qualquer um fica desarmado.
Claro que em vinilo entranha-se no corpo e acredita-se que dificilmente aparecerá alguém melhor.
A Amália Rodrigues acompanhava.
Pena é que as gravações de ambas sejam de qualidade geralmente fraca.
Eu senti exactamente como o Lab em relação a tudo o que é Jazz. Não só com Ella mas por exemplo também com Elis Regina. Acho mesmo, que todos passamos pelo mesmo amadurecimento musical. Já em relação há Amália, acho que a Mariza a iguala em talento e, se calhar, a vai mesmo ultrapassar em qualidade e notoriedade.
Talvez.
Mas a vivência das cantoras vai burilando a forma como cantam.
Uma cantora muito nova nunca encanta.
Falo por mim.
Têm que ter uma certa idade.
Quando são muito novas os sons são muito superficiais.
Com a idade têm sons mais guturais.Mais sentidos.Mais consistentes.Com menos intenção de nos impressionar. Já não precisam de impressionar ninguém.São mais relaxadas.
O jazz não é para meninos.
O jazz começa a impregnar-se em nós quando já temos algumas brancas.Quando já sentimos o calor dos chinelinhos em casa.Aceitar acordes dissonantes? Só quando já se viveu uns anitos para aceitar a existência da diversidade que o .Jazz implica. Gostar de jazz antes dos 35 ou 40 anos? Acho pouco provavel.Aliás é um pouco contra natura. Um ser jovem tem batimentos cardiacos mais acelerados. Logo, a música de discoteca tem de bater à velocidade de 100 pratos de bateria por minuto. Experimenta a contar. Conta as batidas de jazz.Andam nos 60, 70 por minuto. Parece-me evidente e lógico.
Mariza, talvez daqui a 15 ou 20 anos.
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