A imagem é daqui
Hoje começou mais uma época de exames. Os alunos dos décimos primeiros e décimos segundos anos iniciaram uma maratona que em grande medida vai determinar a sua vida futura. Mas que raio de sociedade criámos nós? Alunos que lutam por alcançar uma média que assegure a sua entrada no curso superior pretendido numa era em que ter um catorze num exame é para muitos mais penalizante do que um dez ou um onze no nosso tempo. Trata-se de uma competição absolutamente desumana e cruel que não permite qualquer falha, qualquer fraqueza. Como é que é possível dizer-se que a escola de agora é uma fantochada? Que antigamente é que se aprendia? O nível de exigência actual é enorme. A pressão é bárbara. E não me venham dizer que os exames são muito fáceis, que é tudo permissividade. Peguem num e tentem fazê-lo! A verdade é que de um modo geral os nossos filhos sabem muito mais que nós na sua idade. Eles não fazem como nós fazíamos, não estudam para ver se dá para passar. Eles estudam para ver se não falham em quase nada!
É claro que muitos dos alunos continuam com médias baixas. Alguns reprovam e também há aqueles que ficaram pelo caminho em anos anteriores. Mas como era no nosso tempo? Da grande massa de alunos que entrava para a primária somente uma pequeníssima fracção atingia o ensino superior. Essa é que é a verdade!
A todos aqueles que se encontram em fase de exames só posso desejar as maiores felicidades e lembrar que apesar de tudo há vida para além do estudo!
2 comentários:
Há vida para além do estudo.
Será melhor guardar a prancha de surf por mais uns dias.
Tens toda a razão. Hoje sabe-se mais e estuda-se mais. É o preço do ensino geral e democrático.
O que muitos (governantes, técnicos e professores) ainda não perceberam é ao lado do Português, da Matemática ou do Estudo do Meio, há que ensinar urbanidade, civismo, tolerância, respeito pelo outro, solidariedade, cortesia, companheirismo. E isso vem de casa, mas continua na escola...
PS: essas duas alunas não são tugas, senão voltava já para a escola...
Enviar um comentário