sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Gosto de as ver de bata. Se possível, com pouco hardware vestido por baixo. Que saudades das combinações. Porque já não usam elas as fantásticas combinações? A melhor mulher é a não preparada. Não arranjada, numa qualquer aldeia em manhã de Domingo, varrendo apressadamente o quinteiro, enquanto as achas ardem, dando calor aos tijolos e pedras que vão aguentar as batatas e o cabritinho temperado de véspera em vinha de alho. E as maçãs da Porta da Loja ou Três ao Prato, ou Pipo de Basto no tabuleiro que vão alourar no calor remanescente do forno após a saída do dito cujo. Eu gosto delas sem pintura. Sem palamentas, sem artefactos, enfim, sem tuning. Talvez até um ligeiro aroma proveniente do esforço do descascar das batatinhas para fazer fartura. E no fim da labuta, do regozijo, do ansiado repasto, do bagacinho pós café, naqueles Domingos frios e húmidos de fim de Outono, um olhar de agradecimento por tudo aquilo. Um faz de conta que não percebi o esforço, enquanto eu passeava de bicicleta junto ao mar, alguém preparava tudo sem reclamar, naquela manhã de Domingo...

2 comentários:

Vital disse...

Porra, tens cá uma sorte, cabrão dum alho. Inda há disso? Onde? Gosto tanto daquele frescor da erva ainda entranhada acabada de apanhar...

Kmett N’Ojo disse...

Hum… o Labrosca hoje vai ter direito ao serão mensal melhorado. E as crianças foram prá discoteca?