quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ah, ganda intelectual

Outra das minhas embirrações e não estou sozinho, é este intelectual, dirigente da Fenprof, sem qualquer dúvida a instituição que mais contribuiu para que o ensino chegasse ao ponto em que está.
Vejam este Sartre a perorar. E o pormenor da bandeira com o cantinho cambado? e a forma como ele afaga carinhosamente 3 (três canetas três) enquanto disserta sobre o que Sócrates disse. Mas, quê?, precisamos de tradutor, não percebemos Português?

São estes tipos que atrasam indefinidamente Portugal. Reparem: tem uma tacho que é entravar o relacionamento entre a tutela e os professores, que jura defender. Mas como se nunca deu aulas? E está afastado de qualquer estabelecimento de ensino.

São estas cavernosas e artríticas invenções completamente ultrapassadas como os sindicatos de professores que marcam o País para os próximos séculos. E têm logo estas luminárias à frente.

Reparem bem no que este inteligente diz hoje nos jornais: a convocação de uma grande manifestação de rua já durante este período de aulas tem como objectivo impedir que os «professores morram asfixiados nas escolas».

Asfixiados?





Oscar, Al, Tullius vocês estão asfixiados? Tadinhos... Falem comigo que eu faço-vos uma respiração boca-a-boca na Casa Matos...

7 comentários:

Óscar disse...

Concordo, de facto, que o senhor não é propriamente um iluminado. Também não simpatizo especialmente com o sindicato. Mas daí a dizeres que é a instituição que mais contribuiu para a degradação do ensino... aí estamos frontalmente em desacordo!
Acerca da asfixia dos professores: é de facto tanta a burocracia e o formalismo que acompanha o processo de avaliação dos professores que se corre o risco de não haver tempo para fazer aquilo que devemos - preparar as aulas.
Não tenhas opiniões tão definitivas em temas que não dominas!

Tulius Detritus disse...

O Vital tem muita razão em algumas das coisas que afirma. Muito mal comparado, mas é um bocado como ir a julgamento (cheio de razão) e ser defendido por um advogado atrasado mental... não ajuda nada a ganhar a causa...
E, no caso do ensino, a imagem que passa para a opinião pública, em nada prestigia a classe.

Vital disse...

Já te perguntaste porque é que é tanta a burocracia? Se calhar é porque os visados desconfiam uns dos outros e do sistema, ou não? De resto, só a eles cabe simplificar o que é complexo. A respeito do tema, deves perceber que nem só os professores têm direito (ou especial direito) a opinar sobre a Educação, porque senão só os médicos falavam de hospitais e saúde, ou os juízes de Justiça e tribunais. Nunca somos bons avaliadores em causa própria. É da natureza humana. Esse corporativismo atávico é outra das causas do atraso milenar do país ou julgas que somos o país mais atrasado da Europa por causa do maciço da Estrela?

Óscar disse...

O que mais desprestigia a classe são os comentários de uns quantos senhores com visibilidade social, mal informados e/ou mal intencionados, que ainda por cima se apresentam com pose de cátedra e falam daquilo que não sabem e lhes interessa (pessoal ou politicamente).
O atavismo do nosso país está muito mais relacionado com a grande distância entre aquilo que dizemos e o que fazemos. Toda a gente dá bitaites, toda a gente (tuga) se queixa dos (outros) tugas. E na primeira fila de trânsito lá está o chico-esperto a comer os outros de cebolada! "Mas, não!" Dirão os mestres da opinião, "o povo português é atávico e mal educado, lá na Finlândia é que a gente é civilizada"... tretas!!!

Vital disse...

Podes ficar com a última palavra sobre o assunto. Mas só uma derradeira questão: já foste à Finlândia? Ou és daqueles que «ainda por cima se apresentam com pose de cátedra e falam daquilo que não sabem e lhes interessa (pessoal ou politicamente)»?.

K disse...

Se o senhor cortasse o bigode, não sei, talvez...

Não suporto a burocracia descontextualizada.
Mas caros amigos, a burocracia é absolutamente indispensável, mas apenas na medida em que ela é o garante do funcionamento do sistema.

Um exemplo, a avaliação de desempenho (AD).No organismo onde trabalho, aplicamos a AD desde que foi publicada a legislação, em Janeiro de 2004. Classifiquei 32 funcionários durante 3 anos, e também fui classificado durante 4 anos. É fantástico como pode existir um país em que passados quase 5 anos, ainda há ministérios, nomeadamente o da educação, em que ainda se desenham propostas de AD. A publicação das portarias determinava os intervenientes, os mecanismos de tramitação e os prazos a respeitar.
Porque será que a lei não é igual para todos?
O que aconteceu aos ministérios que não cumpriram o determinado na legislação, nomadamente o da educação, o das finanças e muitos outros?
Ainda a propósito da AD, foi desenhada para descriminar positiva e negativamente os funcionários. Parece-me bem. Os limites de excelentes e muito bons, não são ajustados. Não concordo com o facto de não existirem funcionários normais, ou seja, suficientes. Assim, serão excelentes, muito bons, bons, necessita de desenvolvimento e maus. Há muitas lacunas. Mas o que pretendo dizer é que o sistema de AD de nada servirá se o próprio organismo não for avaliado. Há um sistema para o fazer, nós estamos a fazer essa avaliação, só espero é que daí venham as consequências, as boas e as más. Só as boas não.

Agora, se o outro senhor cortasse o bigode...

Deibaidei disse...

(comentário atrasado)
1º quem disse que os profes não queriam AD?

2ªQuanto a imagens que passam para a opinião pública, eu digo-te Tulius, mas pessoalmente, quem é a culpada...sim, que isso de liberdade já não é o que era.

3ºNão foram 1400 engravatados que à cerca de um ano sairam para a rua a protestar.Foram 140.000!
Eu sei, foi uma alucinação colectiva de massas...