sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Encontro logo à noite
Não gosto de...
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Silêncio! Vai tocar o mestre...
Eu gosto de...
O primeiro dia sem...
Assim, deixo-vos para reflexão,
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Ainda não é desta... ...mas tomem lá disto!
In taberna quando sumus (Carmina Burana - Carl Orff)
Com letra e tudo, em latim, que fica "chique a valer"
In taberna quando sumus, non curamus quid sit humus, sed ad ludum properamus, cui semper insudamus. quid agatur in taberna ubi nummus est pincerna, hoc est opus ut quaeratur; si quid loquar, audiatur. Quidam ludunt, quidam bibunt, quidam indiscrete vivunt. sed in ludo qui morantur, ex his quidam denudantur, quidam ibi vestiuntur, quidam saccis induuntur; ibi nullus timet mortem, sed pro Baccho mittunt sortem. Primo pro nummata vini; ex hac bibunt libertini; semel bibunt pro captivis, post haec bibunt ter pro vivis, quater pro Christianis cunctis, quinquies pro fidelibus defunctis, sexies pro sororibus vanis, septies pro militibus silvanis. octies pro fratribus perversis, nonies pro monachis dispersis, decies pro navigantibus, undecies pro discordantibus, duodecies pro paenitentibus, tredecies pro iter agentibus. Tam pro papa quam pro rege bibunt omnes sine lege. Bibit hera, bibit herus, bibit miles, bibit clerus, bibit ille, bibit illa, bibit servus cum ancilla, bibit velox, bibit piger, bibit albus, bibit niger, bibit constans, bibit vagus, bibit rudis, bibit magus, Bibit pauper et aegrotus, bibit exul et ignotus, bibit puer, bibit canus, bibit praesul et decanus, bibit soror, bibit frater, bibit anus, bibit mater, bibit ista, bibit ille, bibunt centum, bibunt mille. Parum sescentae nummatae durant cum immoderate bibunt omnes sine meta, quamvis bibant mente laeta; sic nos rodunt omnes gentes, et sic erimus egentes. qui nos rodunt confundantur et cum iustis non scribantur.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Sexta aproxima-se...
Uma vez que a tertúlia vai decorrer um pouco mais longe do que é o habitual (meia-hora de carro) proponho que o pessoal se organize em Gaia (local a definir) e parta em conjunto. Desta forma, podemos optimizar o transporte.
A concentração terá lugar por volta das 20.00 horas. Aceitam-se sugestões para o local de encontro (Bar do Alex?).
Atenção às inscrições! Fiquei de confirmar o número de pessoas até 5ªfeira.
Se o Al nos quiser presentear com a sua pessoa poderá lá ir ter directamente. Enviar-lhe-ei as instruções através de email.
Vá!.. digam qualquer coisa! Já começa a cheirar a arroz de grelos e orelha grelhada!!!
A força da publicidade
Estes dois spots circulam pela net e com certeza já foram parar à caixa de correio de muita gente (Tulius, perdoa-me se já os conheces!). Mesmo assim vale a pena rever...
domingo, 26 de outubro de 2008
Elliott Ewritt
Nimrod (from Enigma Variations) - Elgar
Debate: porque gostam mais os homens do dirty-talk?
Por favor, esclareçam-me, porque o tema apaixona-me, seus filhos da mãe...
Atenção: quem não participar é gayola que não sabe se gosta de dirty-talk. Melhor, não sabe o que é o dirty-talk...
sábado, 25 de outubro de 2008
Notícias frescas e saborosas
2. O safari fotográfico será de hoje a quinze dias.
Mais pormenores sobre os eventos chegarão nos próximos dias.
Debate: Podem os homens ser (genuinamente) amigos das mulheres (muito) atraentes?
Harry Burns: You realize of course that we could never be friends.
Sally Albright: Why not?
Harry Burns: What I'm saying is - and this is not a come-on in any way, shape or form - is that men and women can't be friends because the sex part always gets in the way.
Sally Albright: That's not true. I have a number of men friends and there is no sex involved.
Harry Burns: No you don't.
Sally Albright: Yes I do.
Harry Burns: No you don't.
Sally Albright: Yes I do.
Harry Burns: You only think you do.
Sally Albright: You say I'm having sex with these men without my knowledge?
Harry Burns: No, what I'm saying is they all WANT to have sex with you.
Sally Albright: They do not.
Harry Burns: Do too.
Sally Albright: They do not.
Harry Burns: Do too.
Sally Albright: How do you know?
Harry Burns: Because no man can be friends with a woman that he finds attractive. He always wants to have sex with her.
Sally Albright: So, you're saying that a man can be friends with a woman he finds unattractive?
Harry Burns: No. You pretty much want to nail 'em too.
Sally Albright: What if THEY don't want to have sex with YOU?
Harry Burns: Doesn't matter because the sex thing is already out there so the friendship is ultimately doomed and that is the end of the story.
Sally Albright: Well, I guess we're not going to be friends then.
Harry Burns: I guess not.
Sally Albright: That's too bad. You were the only person I knew in New York.
Que acham os meus amigos? Isto tem fundo de verdade? Ou os homens olham para as mulheres bonitas como olham para o António Vitorino?
Aguardam-se as vossas contribuições.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
1812
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Três lisboetas e um tripeiro
Robert Doisneau: O fotógrafo de rua
A gente precisa dos ovos...
Anedota estúpida
- Zé, lembras-te das enxaquecas que eu costumava ter sempre vez que nós íamos fazer amor? Estou curada.
- Não tens mais dores de cabeça?!?! O marido perguntou espantado.
A mulher respondeu:
- A minha amiga Margarida indicou-me um terapeuta que me hipnotizou.
O médico disse-me para ir para a frente do espelho, olhar bem e repetir para mim mesma:
- Não tenho mais dores de cabeça.
- Não tenho mais dores de cabeça.
- Não tenho mais dores de cabeça.
Fiz isso e as dores de cabeça parece que desapareceram.
O marido respondeu:
- Mas que maravilha!
Então a mulher disse ao marido.
- Nos últimos anos não andas muito interessado em sexo... Por que não vais ao terapeuta e tentas ver se ele te ajuda a ter interesse no sexo novamente?
O marido concordou, marcou uma consulta e alguns dias depois estava todo fogoso para uma noite de amor com a mulher... Então foi a correr para casa e entrou arrancando as roupas e arrastando a mulher para o quarto. Colocou a mulher na cama e disse-lhe:
- Não te mexas que eu já volto.
Ele foi ao WC e voltou logo depois, saltou para cima da cama e fez amor duma maneira muito apaixonada como nunca tinha feito com a mulher antes.
A mulher disse:
- Zé, foi maravilhoso!
O marido disse novamente para a mulher.
- Não saias dai que eu volto logo.
Foi ao WC e a segunda vez foi muito melhor que a primeira.
A mulher sentou-se na cama, a cabeça ainda a girar em êxtase com a experiência.
O Marido disse outra vez:
- Não saias dai que eu volto logo.
Foi ao WC... Mas desta vez a mulher foi silenciosamente atrás dele e
quando chegou lá o marido olhava para o espelho e dizia:
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher.
- Não é minha mulher...
O velório do Zé será amanhã na capela do cemitério dos Prazeres!
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Pensamento do dia
William Faulkner(1897-1962)
Misty
Tema escrito por Errol Garner (1954), mais tarde enriquecido pela letra de Johnny Burke, teve (na minha opinião) o seu momento mais alto nas interpretações do dueto Stan Getz / Chat Baker e da Sarah Vaughn.
A versão que apresento, a melhor que encontrei disponível, é da responsabilidade da não menos célebre Ella Fitzgerald. Deliciem-se!..
Ella Fitzgerald - Misty
Look at me, Im as helpless as a kitten up a tree;
And I feel like Im clingin to a cloud,
I can t understand
I get misty, just holding your hand.
Walk my way,
And a thousand violins begin to play,
Or it might be the sound of your hello,
That music I hear,
I get misty, the moment youre near.
Cant you see that youre leading me on?
And its just what I want you to do,
Dont you notice how hopelessly Im lost
Thats why Im following you.
On my own,
When I wander through this wonderland alone,
Never knowing my right foot from my left
My hat from my glove
Im too misty, and too much in love.
Too misty,
And too much
In love.....
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Concurso
cada um de nós decora um poema (à escolha do freguês) que vai declamar na próxima reunião. Atenção é dito, não é lido. A votação do melhor diseur é secreta e o vencedor não paga o consumo na Casa M. e ainda recebe um presente surpresa (oferta cá do moi).
Se não concordarem com o concurso eu obrigo o Tullius a declamar os nove poemas que ele já tinha levado para a reunião anterior. Escolham...
Um curso de interpretação em seis minutos
I need you
We used to laugh, we used to cry
We used to bow our heads then, wonder why
And now you're gone, I guess Ill carry on
And make the best of what youve left to me
Left to me, left to me
I need you like the flower needs the rain
You know I need you, guess Ill start it all again
You know I need you like the winter needs the spring
You know I need you, I need you
And every day, Id laugh the hours away
Just knowing you were thinking of me
And then it came that I was put to blame
For every story told about me
About me, about me
I need you like the flower needs the rain
You know I need you, guess Ill start it all again
You know I need you, I need you
I need you like the winter needs the spring
You know I need you, guess Ill start it all again
You know I need you, I need you
I need you like the flower needs the rain
You know I need you, guess Ill start it all again
You know I need you, I need you
I need you like the winter needs the spring
You know I need you, guess Ill start it all again
You know I need you, I need you ...
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
America, again!
Mergulho na memória...
domingo, 19 de outubro de 2008
Dia de Verão em Outuno...
E a propósito deste blogue, onde me sinto muito bem, gostava de dizer, parafraseando outros tipos, que nós nunca fomos perfeitos, mas somos reais e somos tão mais interessantes quanto tentamos o melhor de nós. Isso basta-me.
Quanto mais compreendo o mundo, mais complexo, esquivo e confuso se me afigura. Fico mesmo sem definições adequadas da realidade. E temos de estar dispostos a admitir que não temos todas as respostas, caso contrário, nunca teremos nada de importante para dizer.
Sem mais, a palavra ao artista:
e enquanto se deliciam (ou não) com a música, aqui ficam dois pedaços de Mar, de Sophia
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
Mar
De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
sábado, 18 de outubro de 2008
André Kertész
A foto é de péssima qualidade mas foi revelada nos Estúdios Fotográficos do Hagarraky, por isso não me culpem a mim!
Acho que seria interessante tentarem adivinhar a idade da foto. Além de que o risco de sermos reconhecidos na rua é mínimo, porque o tamanho das cabeleiras da altura, é directamente proporcional ao das nossas barrigas agora!
Melhor é impossível...
Mário de Sá-Carneiro, 1890-1915
Caranguejola
- Ah, que me metam entre cobertores,
E não me façam mais nada!...
Que a porta do meu quarto fique para sempre fechada,
Que não se abra mesmo para ti se tu lá fores!
Lã vermelha, leito fofo. Tudo bem calafetado...
Nenhum livro, nenhum livro à cabeceira -
Façam apenas com que eu tenha sempre a meu lado
Bolos de ovos e uma garrafa de Madeira.
Não, não estou para mais - não quero mesmo brinquedos.
P'ra quê? Até se mos dessem não saberia brincar...
Que querem fazer de mim com este enleios e medos?
Não fui feito p'ra festas. Larguem-me! Deixem-me sossegar!...
Noite sempre p'lo meu quarto. As cortinas corridas,
E eu aninhado a dormir, bem quentinho - que amor!...
Sim: ficar sempre na cama, nunca mexer, criar bolor -
P'lo menos era o sossego completo... História! Era a melhor das vidas...
Se me doem os pés e não sei andar direito,
P'ra que hei-de teimar em ir para as salas, de Lord?
- Vamos, que a minha vida por uma vez se acorde
Com o meu corpo, e se resigne a não ter jeito...
De que me vale sair, se me constipo logo?
E quem posso eu esperar, com a minha delicadeza?
Deixa-te de ilusões, Mário! Bom edrédon, bom fogo -
E não penses no resto. É já bastante, com franqueza...
Desistamos. A nenhuma parte a minha ânsia me levará.
P'ra que hei-de então andar aos tombos, numa inútil correria?
Tenham dó de mim. Co'a breca! Levem-me prà enfermaria! -
Isto é, p'ra um quarto particular que o meu Pai pagará.
Justo. Um quarto de hospital, higiénico, todo branco, moderno e tranquilo;
Em Paris, é preferível - por causa da legenda...
Daqui a vinte anos a minha literatura talvez se entenda -
E depois estar maluquinho em Paris fica bem, tem certo estilo...
Quanto a ti, meu amor, podes vir às quintas-feiras,
Se quiseres ser gentil, perguntar como eu estou.
Agora, no meu quarto é que tu não entras, mesmo com as melhores maneiras...
Nada a fazer, minha rica. O menino dorme. Tudo o mais acabou.
Paris - Novembro 1915
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Acerca do próximo encontro...
A ementa passará provavelmente por uns petisquinhos género orelha grelhada, carapauzinhos, pataniscas,.... acompanhados por arroz de grelos (o melhor da via láctea!). Quem gostar de coisas da pesada também poderá contar com uma sopa de pedra, tripas em vinha d'alhos ou pezinhos de coentrada...
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Edward Sheriff Curtis
Spot Genial (IV)
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Um ano depois, segredo
Lembrem-se dele...
enquanto lêem esta pérola da
Maria Teresa Horta (Lisboa, 1937)
Segredo
Não contes do meu
vestido
que tiro pela cabeça
nem que corro os
cortinados
para uma sombra mais espessa
Deixa que feche o
anel
em redor do teu pescoço
com as minhas longas
pernas
e a sombra do meu poço
Não contes do meu
novelo
nem da roca de fiar
nem o que faço
com eles
a fim de te ouvir gritar
Breve História da Fotografia
· Séc. XVI: Definição e luminosidade das câmaras obscuras melhoradas através da utilização de uma lente telescópica.
· 1727: O Professor J. Schulze mistura ácido nítrico e prata num recipiente de vidro; verificou que houve escurecimento de um dos lados do recipiente quando exposto ao sol. Criação acidental da primeira composição foto-sensitiva.
· 1800: Thomas Wedgwood faz imagens em silhueta de objectos opacos colocados em couro tratado com nitrato de prata.
· 1816: Nicéphore Niépce combina a câmara obscura com papel foto-sensível.
· 1826: Niépce cria uma imagem permanente.
· 1834: Henry Fox Talbot cria imagens permanentes (negativos) usando papel embebido em clorito de prata e fixado numa solução salina. Talbot criou imagens positivas por impressão de contacto com outro pedaço de papel.
· 1837: Louis Daguerre cria imagens em cristais de prata.
· 1851: Frederick Scott Archer, um escultor londrino, melhorou a resolução fotográfica espalhando uma mistura de colódio e agentes químicos num pedaço de vidro. Este método era mais económico e permitia reproduções ilimitadas .
· 1855: Início da fotografia estereoscópica.
· 1855-57: Imagens positivas directamente em vidro e (ambrotypes) e metal (tintypes or ferrotypes). A técnica tornou-se popular nos EUA.
· 1861: O Físico escocês James Clerk-Maxwell desenvolve a fotografia a cores.
· 1861-65: Matthew Brady e o seu staff cobriram a Guerra Civil Americana, através de 7000 negativos.
· 1871: Richard Leach Maddox, um médico inglês, propõe o uso de uma emulsão de gelatina e brometo de prata sobre um vidro, o processo “vidro seco”.
· 1877: O inglês Eadweard Muybridge, usa uma sequência de fotogramas para provar que há momentos em que os cavalos mantém as 4 patas afastadas do chão.
· 1880: George Eastman cria a “Eastman Dry Plate Company” em Rochester, Nova Iorque.
· 1888: Primeira câmara Kodak.
· 1900: Introdução de um filme em forma de rolo nas câmaras Kodak.
· 1906: Aparecimento do filme pancromático (incremento da qualidade) .
· 1907: Primeiro filme comercial a cores fabricado pelos irmãos Lumiere.
· 1914: Oscar Barnack, empregado na firma Leitz desenvolve as câmaras de formato 24x36mm
· 1917: Nippon Kogaku K.K., que mais tarde se denomina Nikon, estabelece-se em Tóquio
. 1924: Surgimento das Leica.
· 1928: Karl Blossfeldt publica “Formas de Arte na Natureza”.
· 1932: Henri Cartier-Bresson compra uma Leica e começa uma carreira de 60 anos a fotografar pessoas.
· 1933: Brassai publica“ Paris de nuit”.
· 1934: Início da firma Fuji Photo.
· 1936: Criação do célèbre filme Kodachrome.
· Segunda Guerra Mundial: Margaret Bourke-White, Robert Capa, Carl Mydans, e W. Eugene Smith fazem a reportagem da Guerra para a “LIFE magazine”.
· 1947: Criação da agência Magnum (Henri Cartier-Bresson Robert Capa, e David Seymour) .
· 1948: Hasselblad, na Suécia, cria primeira câmara médio-formato; Pentax introduz o diafragma automático; Surgem as primeiras Polaroid.
· 1959: Aparecimento da Nikon F.
· 1963: Primeira câmara sub-aquática Nikonos.
· 1975: Steve Sasson, na Kodak, constrói a primeira câmara digital com sensor CCD
· 1985: Minolta introduz o primeiro sistema autofocus (chamado Maxxum).
. 1987: Surgimento do sistema Canon EOS com motor autofocus nas objectivas.
· 1990: Aparecimento do Adobe Photoshop.
· 1991: Kodak DCS-100, primeira câmara digital SLR (uma Nikon F3 modificada).
· 1993: Sebastião Salgado publica Workers.
· 1999: Surgimento da Nikon D1 SLR, 2.74 megapixel.
· 2001: Polaroid sai de cena.
· 2004: Kodak cessa a produção de filmes.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Madeleine Peyroux: Smile
Madeleine Peyroux - Smile
Smile
Composição: Charlie Chaplin / John Turner / Geoffrey Parsons
Smile though your heart is aching
Smile even though its breaking
When there are clouds in the sky, you'll get by
If you smile through your fear and sorrow
Smile and maybe tomorrow
You'll see the sun come shining through for you
Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile
Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear may be ever so near
That's the time you must keep on trying
Smile, what's the use of crying
You'll find that life is still worthwhile
If you just smile
That's the time you must keep on trying
Smile, whats the use of crying
Youll find that life is still worthwhile
If you just smile
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Se isto é a Anna Moffo eu quero ser uma bola de naftalina
NB: ouvir muito alto (perto da potência máxima e sozinho)
Nos 40 anos da morte de Manoel Bandeira
O que eu adoro em ti
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e incerteza.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Mas é o espírito subtil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem é tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.
O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.
O que eu adoro em ti,
Não é a mãe que já perdi.
Não é a irmã que já perdi.
E meu pai.
O que eu adoro em tua natureza,
Não é o profundo instinto matinal
Em teu flanco aberto como uma ferida.
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti é A VIDA!!!
Manoel Bandeira
(Re)cortes - III
Jazz falado
Este livro, considerado um ícone da Beat Generation, foi escolhido pela TIME como uma das melhores 100 obras jamais escritas na língua inglesa.
O vídeo é acompanhado pelas fotos do próprio escritor e Neal Cassady (Dean Moriarty), um dos seus companheiros de estrada. A música (excelente) foi escrita por Sammy Kahn.
A FORÇA DAS IMAGENS
domingo, 12 de outubro de 2008
Aqui vai uma lista (toma lá Vital) com os dez maiores enigmas da Ciência, retirada da revista Science&Vie de Agosto último
2. Como apareceu a vida?
3. Haverá outros universos?
4. Como se passa do ovo à galinha?
5. O que é a consciência?
6. O nosso mundo é quântico?
7. De onde vêm as ideias?
8. Qual é a natureza do tempo?
9. O que é que caracteriza o homem?
10. Como vai tudo terminar?
PS(livra!..., enfim...) - Mas por acaso alguém me pode elucidar acerca de um livro, ou qualquer coisa assim que foi editado e por aqui comentado e que eu não sei de nada???
POEMA EM LINHA RECTA
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irresponsavelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos
Sessão dupla
Manuel Lopes da Fonseca, alentejano de alma e coração, sabia como nenhum outro as razões da luta: «Escrevo por ser do contra, por ver nas palavras um berro humano».
Este grande escritor, nascido em Santiago do Cacém no dia 15 de Outubro de 1911, foi um dos principais autores do neo-realismo português.
Em 1975, com revolução sonhada ainda quente, Adriano Correia de Oliveira pedir-lhe-ia ajuda para “Que nunca mais”. Neste trabalho, com a poesia de Manuel da Fonseca e direcção musical de Fausto, Adriano cantaria o seu primeiro disco em liberdade. Livre do lápis da censura, Adriano cantaria não só a liberdade mas também a ditadura que nunca mais voltará. Neste álbum, que levaria a revista inglesa Music Week a eleger Adriano “Artista do Ano”, ficarão para sempre as palavras imortais do poeta:
Tejo que levas as águas
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar.
Lava-a de crimes espantos
de roubos fomes terror
lava a cidade de quantos
do ódio fingem amor.
Lava bancos e empresas
dos comedores de dinheiro
que dos salários de tristeza
arrecadam lucro inteiro.
Lava palácios vivendas
casebres bairros de lata
leva negócios e rendas
que a uns farta a outros mata.
Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas.
Lava avenidas de vícios
vielas e amores venais
lava albergues e hospícios
cadeias e hospitais.
Afoga empenhos favores
vãs glórias ocas palmas
leva o poder de uns senhores
que compram corpos e almas.
Das camas de amor comprado
desata abraços de lodo
rostos corpos destroçados
lava-os com sal e iodo.
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar.
Cinco equações que mudaram o mundo
Bernoulli e a lei da pressão hidráulica P+px1/2v2
Faraday e a lei da indução electromagnética < e =" -dB/dt" universo="">0
Einstein e a teoria da relatividade restrita E=mxc2
Por aqui já dá para ver que o meu forte é mesmo a poesia, mas era só para provocar a NF se ela é quem eu penso que é. Se não é, fica na mesma para a minha amiga pura de matemática aplicada.
sábado, 11 de outubro de 2008
Oscar Peterson sempre a abrir!
Dois poemas de Frost, profissão: génio
1. The Road Not Taken
TWO roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;
Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I—
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.
2. Nothing Gold Can Stay
Nature's first green is gold,
Her hardest hue to hold.
Her early leaf's a flower;
But only so an hour.
Then leaf subsides to leaf.
So Eden sank to grief,
So dawn goes down to day.
Nothing gold can stay
Jörg Haider
Acho mesmo que ela é a mãe de todos os pecados. Mas o fanatismo, já provocou demasiados males por esse mundo fora, para ser ignorado. Nunca fui grande simpatizante da esquerda – bem pelo contrário – mas a direita extremista também não faz falta a esta nossa sociedade, já de si demasiado pródiga em violência mesmo sem a ajuda destes grupos acicatários da lei da força. Há dias li um artigo, na Visão, sobre Berlusconi e os vários atropelos à lei e às liberdades em Itália que o seu governo vai, paulatinamente, certeiramente implementando no coração da Europa. Todos temos e devemos continuar a ter bem presente, o que esta direita extremista fez da Europa e do mundo no século passado. E então ocorreu-me, com um arrepio de pavor, que por volta de 1940, Mussolini só precisava de encontrar um aliado forte na sua vizinhança para ganhar músculo. Consegui-o com a ascensão de Hitler ao poder, na Alemanha. Felizmente que hoje não corremos esse risco – pensei. A Alemanha parece para já, estar bem entregue à chanceler Merkel. Pois mas… e a Áustria? Não é lá que Jörg Haider também vai escalando a montanha russa da frágil e moldável vontade popular?
Eu sei que uma Áustria não tem o peso de uma Alemanha mas poderá ser desprezada? Muitos pequenos não ganharão a força de um grande? Há pequenas notícias/rumores de situações parecidas na Suiça, na Bélgica… E a Itália não é propriamente pequena ou fraca!
E esta crise económica e financeira também não vem ajudar. Não vai faltar quem se aproveite dela para nos tentar roubar mais uma quantas liberdadezinhas que não nos fazem falta nenhuma, em troca de um sistema mais perfeito. Não é o sistema que está errado. É a justiça que não é correcta porque não é democrata. É controlada pelo poder do dinheiro. Se um empresário honesto vai à falência, além de ficar desempregado sem direito a subsídio de desemprego, ainda tem de responder até onde puder com os seus bens para ressarcir dívidas. Mas um gestor de uma empresa S.A. é um assalariado. Não é um sócio. Quando muito será também ele, accionista da empresa. Por isso, quando as coisas correm mal, ele já tem uma excelente reforma, uma choruda indemnização e ainda recebe subsídio de desemprego…!!!
Mas, voltando ao tema que me levou a escrever, porque será que a Europa tem esta propensão genética para a extrema-direita? Já a América Latina e a África parecem cair com mais facilidade para a extrema-esquerda. Terá alguma coisa a ver com riqueza/pobreza? Com desenvolvimento/subdesenvolvimento? O comunismo apareceu ma Rússia numa altura em que o país atravessava bastantes dificuldades económicas, não? Estou enganado? Posso estar: História (memória) nunca foi o meu prato favorito.
Alguns homens morreram tarde (mas não demais), depois de terem cometido demasiados crimes horrendos. Alguns deles ainda vivem, uns impunes e tranquilamente milionários, outros fugidos, escondidos e idolatrados pela ignorância.
Pode ser que este tenha morrido cedo…antes de tudo isso… antes do horror… antes do idolatria… antes assim!
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Andy Goldsworthy
Os meus preferidos #1
Encontro com Tony... o último romântico
Vou contar um dos meus:
Em Angola não havia televisão (olha que pena) e por isso íamos ao cinema praticamente todos os dias ver fitas de coubóis, guerra ou karaté. De vez em quando lá aparecia um Música no Coração ou um português (ainda mais raro) e praticamente toda a gente se baldava.
Um dia, em 72 ou 73, estreou o filme «O Destino marca a Hora». A sala de cinema era ao ar livre e tinha apenas plateia com cadeiras e bancada de cimento (também tinha campo de futebol de salão entre a cabina e o ecrã). Entre as plateias estava a tribuna - nesse dia estava vazia porque como o filme era tuga tudo se baldou. Assim, mal as luzes se apagaram eu saí da Fila C, lugar 17, e fui sozinho para a tribuna reservada às autoridades. Era o rei.
Fiquei aterrado quando uns minutos após o início do filme (depois das novidades e desenhos animados) vi pelo canto do olho entrar alguém. Oh diabo, apanhado em flagrante na tribuna. E quem era a «autoridade»? Era nem mais nem menos que o protagonista da película e sentou-se - entre a dezena de lugares livres na tribuna -, logo ao meu lado. Era ele: o próprio, o grande Tony de Matos, o grande criador da música romântica: estava no celulóide lá à frente e na cadeira ao meu lado. Fiquei transido: firme e hirto tentei não olhar para o homem. Suava das mãos e respirava desordenadamente: e se ele falasse comigo?. Não falou durante a fita. No intervalo, deu-me uma palmada amigável na perna e perguntou-me: «Estás a gostar»? Balbuciei que sim (na verdade teria preferido o Sartana contra Gringo e assim como assim com o medo nem tinha percebido nada da trama). E ele: «O mais provável é não nos voltarmos a ver, porque eu regresso para a Metrópole, mas se nos virmos, não tenhas vergonha, podes vir falar comigo».
Claro que nunca mais me esqueci do evento mas também nunca mais me lembrei do homem.
No início da década de 90 era eu um valente fuzileiro investigador em Lisboa e numa demanda a casa de fim de semana, quem estava à minha frente na fila a comprar bilhete em Santa Apolónia para vir ao Porto (para uma revista qualquer marada no Sá da Bandeira), já muito velho e quebrado de tanto whisky, tabaco e noitadas.? O Grande Tony. Falei com ele e contei-lhe a história.
Achou piada.
Mas tive pena que não tivesse dito que se recordava perfeitamente daquele miúdo naquela noite num cinema de província em Angola nos idos de 70...
Ei-lo:
The Grey Album
Danger Mouse (Brian Burton) misturou os dois álbuns utilizando os instrumentais dos Beatles e as vocalizações do rapper americano. Sem ter os direitos de autor de nenhum dos artistas, Danger Mouse colocou o disco (em formato digital) a circular na Internet. A EMI, detentora dos direitos sobre a obra dos Beatles, pressionou fortemente no sentido do trabalho ser retirado da rede global. Esta situação veio pôr em causa os limites da criação musical. Será que misturar criações alheias num resultado diferente é algo novo ou apenas plágio? A controvérsia ainda agora começou...
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Silje Nergaard live in concert at Paradiso - Main Hall
Pena é que o fabchannel.com não tenha celebrado protocolo com o Google blogger.com. Não é possível visualizar directamente os vídeos no nosso blog.
Site fa-bu-lo-so!!!
Só espero que os info-excluídos não desistam à primeira tentativa. Nem sabem o que perdem!...
2 poemas da minha vida (para amaciar o Óscar)
Natália Correia
(Fajã de Baixo, S. Miguel, Açores, 1923-1993)
Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro
Creio na carne que enfeitiça o além,
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o amor tem asas de ouro. Ámen.
David Mourão-Ferreira
(Lisboa, 1927-1996)
E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.
Viagra e Diário de Notícias
Palpite para o Nobel da Literatura
1.Alvaro Mutis
2.Claudio Magris
3.Joyce Carol Oates
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Ah, ganda intelectual
Vejam este Sartre a perorar. E o pormenor da bandeira com o cantinho cambado? e a forma como ele afaga carinhosamente 3 (três canetas três) enquanto disserta sobre o que Sócrates disse. Mas, quê?, precisamos de tradutor, não percebemos Português?
São estes tipos que atrasam indefinidamente Portugal. Reparem: tem uma tacho que é entravar o relacionamento entre a tutela e os professores, que jura defender. Mas como se nunca deu aulas? E está afastado de qualquer estabelecimento de ensino.
São estas cavernosas e artríticas invenções completamente ultrapassadas como os sindicatos de professores que marcam o País para os próximos séculos. E têm logo estas luminárias à frente.
Reparem bem no que este inteligente diz hoje nos jornais: a convocação de uma grande manifestação de rua já durante este período de aulas tem como objectivo impedir que os «professores morram asfixiados nas escolas».
Asfixiados?
Oscar, Al, Tullius vocês estão asfixiados? Tadinhos... Falem comigo que eu faço-vos uma respiração boca-a-boca na Casa Matos...