quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Nos 100 anos do senhor Manoel...



Não queria deixar passar em branco os 100 anos do senhor Manoel de Oliveira. Até porque tenho sentimentos ambivalentes em relação à figura e ao realizador. Mais do que ambivalentes é a convicção de que não é tão mau como alguns o pintam (qualificando-o como o maior seca sempre) embora a noção de montagem de facto não prime pela dècoupage que o (mau) cinema americano habituou os nossos olhos.

E, a meu ver, também não é tão bom como agora (sobretudo agora) a crítica e o comum da opinião debita quotidianamente. Gostei do Aniki e do Non ou Vã Glória de Mandar (ainda procurei um excerto do final que acho muito bem sacado, mas não encontrei). Mas do resto da filmografia há muito que me parece francamente entediante...
De qualquer forma os parabéns são devidos porque 100 é só para nós: os ruins de alma e coração...

1 comentário:

Kmett N’Ojo disse...

Concordo contigo plenamente, sobre a apreciação que fazes sobre este Senhor. Também tenho muito boas recordações do Aniki Bó Bó e do ambiente nele tão bem retratado. Acho que deve ser diferente para quem o vê agora pela primeira vez mas isso não lhe retira todas as emoções que foi capaz de nos transmitir naquela altura!
De qualquer forma, também parece que sinto alguma falta de agilidade na câmara em muitos momentos dos seus filmes.
Mas há um ponto em que discordo: se 100 anos são de facto apenas para os ruins de alma e coração como nós, então este Senhor já se devia ter juntado aos bem feitores expirados!