Gorbachev teve a lucidez e a coragem para entender que o regime totalitário vigente na União Soviética estava falido. O resultado da sua política teve um impacto absolutamente extraordinário no mundo.
Com Obama, poderemos assistir a uma nova revolução nos EUA. Aliás, essa revolução está já em curso. É histórico o momento em que o povo americano elege um presidente de cor. O seu significado é verdadeiramente profundo e abre uma janela de esperança ao mundo. À arrogância, ao conservadorismo, militarismo, ou fanatismo religioso, esta nova liderança responde com abertura e diálogo, com preocupações sociais e respeito pela justiça internacional. E o mais importante é que, numa das eleições mais participadas da história americana, o povo escolheu este como o seu caminho.
Nunca umas eleições americanas foram acompanhadas tão atentamente pelo mundo. Nunca a escolha de um presidente americano reuniu um consenso internacional tão alargado. Quando se associa a esperança a Obama, não se está necessariamente a ver no novo presidente um messias. Está-se simplesmente a constatar o facto de que talvez nunca tenham existido condições tão favoráveis para a implementação das mudanças necessárias, quer no relacionamento entre os países, quer no reajuste das políticas económicas mundiais.
Será que conseguirá Obama responder às normes expectativas geradas à sua volta? A esta questão, poderemos contrapor uma outra: até que ponto nós, cidadão do mundo, conseguiremos agarrar a oportunidade de levarmos a humanidade a um patamar superior?
Esperemos que este sonho (porque sonhar é preciso!) não termine com um novo pesadelo gerado pelo seu assassinato.
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