domingo, 30 de novembro de 2008
Pink Floyd: Time
For long you live and high you fly
But only if you ride the tide
And balenced on the biggest wave
You race toward an early grave.
THERE'S SOMEONE IN MY HEAD BUT IT'S NOT ME.
I'm all right Jack keep your hands of my stack.
Money it's a hit
Don't give me that do goody good bullshit
I'm in the hi-fidelity first class travelling set
And I think I need a Lear jet...
sábado, 29 de novembro de 2008
Casa Matos: o império do arroz de grelos!
Um lugar como este, onde se come divinamente e se paga muito pouco, existe mesmo! É em Salreu (Estarreja). E ainda por cima prima pela limpeza e pela simpatia do dono e dos empregados!
Pois é. Como é tão bom, repetimos a dose e voltámos ao "lugar do crime" um mês após a última tertúlia.
A conversa versou essencialmente três temas: o blogue, vinhos e fotografia. Como sempre, aprendemos qualquer coisa nestes encontros. Fiquei por exemplo a saber que a tendência actual é para os vinhos serem cada vez mais semelhantes uns aos outros por culpa de senhores como Robert Parker e da tão badalada globalização.
Família, política e actualidade, com a avaliação dos professores à cabeça, foram também assuntos versados durante o jantar.
O próximo encontro será a 19 de Dezembro. Desta vez vamos atacar para os lados do Porto. Os petiscos que se cuidem!
O melhor e o pior de Espanha
10 coisas que eu gosto em Espanha:
- Vista aérea de Barcelona e Barcelona
- Bares de Tapas e tapear con amigos
- Churros ao pequeno almoço
- O salero
- Flamenco e seus cantadores
- a Língua Castelhana (que me pone...)
- a Happy Hour (nós temos o tristonho lusco-fusco)e as cañas
- A mentalidade «aproveita a vida hoje»: isso inclui comer, beber, dançar e f...!
- A sociabilidade (qualquer pessoa te fala com facilidade na rua);
- Espanholas com pouca maquilhagem (há poucas) a beber cava ao fim da tarde
e as cinco que não gosto
- O mau café (em todas as províncias de norte a sul nunca aprenderam a tirar um cimbalino);
- Touradas e toreros;
- El Corte Inglés (o shopping marado);
- Televisão reality show, filmes e séries dobradas (Marlon Brando com sotaque de Alcalá de Henares dá vontade a apanhar o avião).
- A importância da vida cor-de-rosa.
Madcon
Perdoem mas não resisto!
Esta é a minha paixão mais recente – se calhar não vai durar muito mas enquanto dura delicio-me…!
Noruega?! Hem!!
Ah, quero lá saber…! É África! É ritmo! É alegria! É… contagiante! Adoro!
Quem consegue manter os pés colados ao chão?
É para ouvir out loud!
Ana Free
- A primeira porque não sabe cantar e muito menos tocar;
. - O segundo pela profundidade (ou longitude – daqui até à lua!) das suas letras.
- Da primeira, por vergonha, nem me atrevo a publicar aqui qualquer exemplo;
. - Do segundo, não resisto a transcrever este excerto que me inflama os tímpanos e me desbarata os nervos sempre sou obrigado a ouvir.
(…)
Quanto é que gosto de ti.
Gosto de ti desde aqui até à Lua.
Gosto de ti desde a Lua até aqui.
Gosto de ti simplesmente porque gosto,
E é tão bom viver assim…
(…)
Isto é o que há de pior gosto.
Apetece-me dizer como Almada Negreiros
MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Angie - Rolling Stones
E em homenagem aos meus amigos... enquanto jantam...
Uma das minhas bandas preferidas da actualidade no tema "Waiting On A Friend" também dos Stones.
I’m not waiting on a lady
I’m just waiting on a friend
Desejo-vos uma noite inesquecível e..., por favor ponham os cintos de segurança durante as viagens!
Espero da próxima não estar sem cheta, para terem o privilégio da minha companhia!
Soon
Para o Hagarra.
Cavatina e amigos
Amigo
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Duetos Improváveis: Du Pré e Torga
Mãe
S. Martinho de Anta, 1 de Junho
Mãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?
Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
que não tem coração dentro do peito.
Chamo aos gritos por ti - não me respondes.
Beijo-te as mãos e o rosto - sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.
Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!
Duetos Improváveis: Piazolla e Sophia
Agora: Piazzolla com a «Milonga del Angel» e Sophia «Porque».
Porque
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Sabias que...
...não se deve atirar água para um incêndio provocado por óleos ou outros líquidos inflamáveis? Não sabias mas vais ver porquê.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Atahualpa Yupanqui
Atahualpa era argentino e morreu em 1992. Ficará para sempre na minha memória.
Avaliação dos professores: Ana Drago outra vez...
Avaliação dos professores
Se a Ministra teima em seguir com as suas ideias é bem provável que as histórias tenham um final semelhante!..
Borodin: Prince Igor
Apaixonado pela química, e já formado em medicina, aperfeiçoou a sua formação científica em Heildelberg. Na música mostrou dons precoces, mas, aprendeu-a como autodidacta: considerou-se toda a vida um amador e, de facto, dedicaria mais tempo à ciência do que à música, embora a celebridade lhe advenha sobretudo desta última.
Em 1862, conheceu Balakirev, que lhe deu úteis conselhos e integrou-se no célebre Grupo dos Cinco (já conhecia Mussorgsky desde 1856). Devido à falta de tempo e, talvez, também em virtude de lacunas da sua formação musical, compôs pouco, mas todas as suas obras são perfeitas, e algumas valeram-lhe êxitos importantes. Liszt, que o encontrou em Weimar, durante uma das suas numerosas viagens à Europa Ocidental, foi um dos melhores artífices da sua reputação como músico.
Borodin trabalhou durante 18 anos na composição da primeira epopeia musical russa, O príncipe Igor, a sua obra prima (1869-1887), escrevendo, quadro após quadro, o texto e a música. Mas não pode terminar esta importante partitura de que somente alguns fragmentos foram interpretados durante a vida. Muito cansado e envelhecido pela cólera, que tinha contraído, em 1882 ou 1883, morreu subitamente, vítima de uma crise cardíaca, durante um baile de máscaras na Academia de Medicina, na noite de 27 para 28 de Fevereiro de 1887.
Deixou a ópera O Príncipe Igor, terminada por Rimski-Korsakov e Glazunov (São Petersburgo, 1890), 3 sinfonias (da última, apenas 2 movimentos foram terminados por Glazunov), o poema sinfónico Nos estepes da Ásia Central, 2 quartetos para cordas, um quinteto para piano, melodias, bem como várias obras científicas. (Fonte: http://www.classicos.hpg.ig.com.br/borodin.htm).
Da pesquisa pelo Youtube aproveitei três diferentes interpretações:
- A primeira, a mais clássica, é da autoria da Orquestra Filarmónca de Berlim sob a batuta do maestro Seiji Ozawa;
- A segunda é da responsabilidade do grupo vocal Ensemble Planeta;
- A terceira é uma coreografia apresentada pela bailarina Marta Ramos a partir de uma versão moderna adaptada do tema original.
Sei que hoje em dia (sinal dos tempos!) ninguém tem pachorra para gastar tanto tempo numa publicação. Apesar de valer a pena, prometam-me que pelo menos dão uma espreitadela decente (!) em cada um vídeos!..
A Morte o Amor a Vida
A Morte o Amor a Vida
Julguei que podia quebrar a profundeza a
[imensidade
Com o meu desgosto nu sem contacto sem eco
Estendi-me na minha prisão de portas virgens
Como um morto razoável que soube morrer
Um morto cercado apenas pelo seu nada
Estendi-me sobre as vagas absurdas
Do veneno absorvido por amor da cinza
A solidão pareceu-me mais viva que o sangue
Queria desunir a vida
Queria partilhar a morte com a morte
Entregar meu coração ao vazio e o vazio à vida
Apagar tudo que nada houvesse nem o vidro
[nem o orvalho
Nada nem à frente nem atrás nada inteiro
Havia eliminado o gelo das mãos postas
Havia eliminado a invernal ossatura
Do voto de viver que se anula
Tu vieste o fogo então reanimou-se
A sombra cedeu o frio de baixo iluminou-se de
[estrelas
E a terra cobriu-se
Da tua carne clara e eu senti-me leve
Vieste a solidão fora vencida
Eu tinha um guia na terra
Sabia conduzir-me sabia-me desmedido
Avançava ganhava espaço e tempo
Caminhava para ti dirigia-me incessantemente
[para a luz
A vida tinha um corpo a esperança desfraldava
[as suas velas
O sono transbordava de sonhos e a noite
Prometia à aurora olhares confiantes
Os raios dos teus braços entreabriam o nevoeiro
A tua boca estava húmida dos primeiros orvalhos
O repouso deslumbrado substituía a fadiga
E eu adorava o amor como nos meus primeiros
[tempos
Os campos estão lavrados as fábricas irradiam
E o trigo faz o seu ninho numa vaga enorme
A seara e a vindima têm inúmeras testemunhas
Nada é simples nem singular
O mar espelha-se nos olhos do céu ou da noite
A floresta dá segurança às árvores
E as paredes das casas têm uma pele comum
E as estradas cruzam-se sempre
Os homens nasceram para se entenderem
Para se compreenderem para se amarem
Têm filhos que se tornarão pais dos homens
Têm filhos sem eira nem beira
Que hão-de reinventar o fogo
Que hão-de reinventar os homens
E a natureza e a sua pátria
A de todos os homens
A de todos os tempos.
Paul Eluard, in "Algumas das Palavras"
Tradução de António Ramos Rosa
terça-feira, 25 de novembro de 2008
90 Grandes Filmes
#89 The English Patient 1996
#88 True Romance 1993
#87 Rain Man 1988
#86 Die Hard 1988
#85 The Green Mile 1999
#84 Amelie/ Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain 2001
#83 Twelve Monkeys 1995
#82 The Bridge on the River Kwai
#81 Schindler's List 1993
#80 Cries and Whispers/ Viskningar och rop 1972
#79 Modern Times 1936
#78 Crimes and Misdemeanors 1989
#77 Raiders of the Lost Ark 1981
#76 The Terminator 1984
#75 Bonnie and Clyde 1967
#74 Blade Runner 1982
#73 Downfall/ Der Untergang 2004
#72 Marathon Man 1976
#71 The Maltese Falcon 1941
#70 The Pianist 2002
#69 Midnight Cowboy 1969
#68 The Matrix 1999
#67 Reservoir Dogs 1992
#66 Turtles Can Fly/ Lakposhtha parvaz mikonand 2004
#65 The Silence of the Lambs 1991
#64 Life is Beautiful/ La Vita è bella) 1998
#63 The Omen 1976
#62 The Rocky Horror Picture Show 1975
#61 Jaws 1975
#60 V for Vendetta 2005
#59 Taxi Driver 1976
#58 Apocalypse Now 1979
#57 Dog Day Afternoon 1975
#56 The French Connection 1971
#55 The Last of the Mohicans 1992
#54 Spartacus 1960
#53 Annie Hall 1977
#52 Spring, Summer, Fall, Winter... and Spring/ Bom yeoreum gaeul gyeoul geurigo bom 2003
#51 The Treasure of Sierra Madre 1948
#50 Nosferatu/ Nosferatu, eine Symphonie des Grauens 1922
#49 Throne of Blood/ Kumonosu Jô 1957
#48 Heat 1995
#47 Pulp Fiction 1994
#46 Kagemusha/ The Shadow Warrior 1980
#45 The Elephant Man 1980
#44 Forrest Gump 1994
#43 Jean de Florette 1986
#42 One Flew Over the Cuckoo's Nest 1975
#41 Pride and Prejudice 2005
#40 The Seventh Seal/ Det Sjunde inseglet 1957
#39 The Deer Hunter 1978
#38 Yojimbo 1961
#37 Monty Python and the Holy Grail 1975
#36 Chinatown 1974
#35 City of God/ Cidade de Deus 2002
#34 Star Wars: Episode IV - A New Hope 1977
#33 The Dirty Dozen 1967
#32 Natural Born Killers 1994
#31 Scarface 1983
#30 The Lord of the Rings: The Return of the King 2003
#29 Easy Rider 1969
#28 Rashômon/ In the Woods 1950
#27 12 Angry Men (Twelve Angry Men) 1957
#26 The Good, the Bad and the Ugly/ Il Buono, il brutto, il cattivo 1966
#25 Faust/ Faust - Eine deutsche Volkssage 1926
#24 Sunset Boulevard 1950
#23 Ordinary People 1980
#22 Dr. Strangelove (or How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb) 1964
#21 The Shawshank Redemption 1994
#20 Once Upon a Time in the West 1969
#19 The Great Dictator 1940
#18 The Godfather: Part 2 1974
#17 For a Few Dollars More/ Per qualche dollaro in più 1965
#16 Monty Python's Life of Brian 1979
#15 The Cabinet of Dr. Caligari/ Das Cabinet des Dr. Caligari 1920
#14 Léon (The Professional) 1994
#13 Excalibur 1981
#12 Psycho/ Alfred Hitchcock's Psycho 1960
#11 Casablanca 1942
#10 The Shining 1980
#9 The Boat/ Das Boot 1981
#8 Henry V 1989
#7 To Kill a Mockingbird 1962
#6 The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring 2001
#5 A Clockwork Orange 1971
#4 Ran/ Chaos 1985
#3 The Godfather 1972
#2 Blue Velvet 1986
#1 The Seven Samurai/ Shichinin no samurai 1954
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Cenas para sempre...
Eis aqui uma que acho que é todo um programa de vida: companheirismo, desenrascanço, tolerância e classe. Num minuto. Se isto não é cinema...
A espantosa realidade das cousas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada cousa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.
Basta existir para se ser completo.
Tenho escrito bastantes poemas.
Hei de escrever muitos mais. naturalmente.
Cada poema meu diz isto,
E todos os meus poemas são diferentes,
Porque cada cousa que há é uma maneira de dizer isto.
Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada.
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.
Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.
Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem estorvo,
Nem idéia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.
Uma vez chamaram-me poeta materialista,
E eu admirei-me, porque não julgava
Que se me pudesse chamar qualquer cousa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.
Alberto Caeiro
Upa la guitarra clássica e os seus 20+1 maiores de sempre
Fernando Sor
Francisco Tárrega
Laurindo Almeida
Alexandre Lagoya
Heitor Villa-Lobos
Narciso Yepes (o tal de ontem)
Manuel Barrueco
Leo Brouwer
Gabriel Estarellas
Carl Volk
Sharon Isbin
David Tanenbaum
Andrew York
Eliot Fisk
Nigel North
Pepe Romero
Filomena Moretti (já aqui a apresentei) em quinto lugar
Ana Vidović (merece que vejam no tu tubo) em quarto,
Em segundo e terceiro lugares:
Julian Bream
e John Williams
que podem ver numa das músicas da minha vida - Clair de Lune, de Claude Debussy
e Andrés Segovia (para muitos o maior de sempre, il numero uno) a seguir nesse monumento que é «Asturias», de Isaac Albéniz (Ana Vidović por exemplo é mais rápida e perfeitinha mas o mestre ostenta outra alma). Apreciem:
Jantar confirmado! Iabadabadu!..
Lisa Ekdahl na Casa da Música (18/Novembro)
As minhas expectativas estavam em alta para o concerto: os temas que Ekdahl canta são de um modo geral interessantes; os arranjos são muito ao meu gosto, balanceando entre o soft jazz e a bossa nova; os músicos que a acompanham nos álbuns, especialmente o flautista e o guitarrista, são do melhor... um único senão: o timbre e a fragilidade da sua voz que, imaginava eu, daria algum trabalho aos engenheiros de som dos estúdios de gravação.
Início do concerto. Ekdahl entra no palco... o quê? Onde foi ela arranjar aquela indumentária toda tão pirosa? Chapeuzinho de palha, vestido todo às flores com botas (sapatos?) brancas...
Depois a atitude: uma verdadeira dondoca, dengosa, misto foleiro de mulher fatal e jovenzinha inocente (ao estilo da Marylin, mas muuuuitos furos abaixo!). Intervenções despropositadas e sem graça... caso para dizer: uma verdadeira desgraça!
Os músicos começam a tocar. Onde está a viola acústica? E a flauta? Os temas foram todos travestidos de uma nova sonoridade. Ok, não estava nada mal! Mas eu vinha com o ouvido preparado para outra coisa... Daybreak sem batida de bossa? Sem aqueles magníficos solos de flauta? Pois foi. Foi assim mesmo!
A parte surpreendente do concerto foi a sua voz. Frágil? Sim, mas muito segura, com nuances, por vezes sussurrada, e sobretudo com um falsete de se lhe tirar o chapéu (de palha! Está claro!). A voz é realmente qualquer coisa! E ainda por cima cantou menos vezes à bebé, o que me deixou extremamente feliz!
Resumindo e concluindo: foi bom mas..., Ah, nada para ficar retido na memória.
domingo, 23 de novembro de 2008
Eis o grande Narciso Yepes...
Vejam (num tema que permite comparações e que é uma das músicas da minha vida)
Charlie Chaplin: O génio do cinema
Argumento, realização, música, interpretação... tudo vindo da cabeça deste homem, deste verdadeiro génio. Tudo com uma qualidade assombrosa!
Cenas hilariantes, outras comoventes, uma forte mensagem política e social, tudo na mesma película! Temas musicais que ficaram para a posteridade... é impossível ficar-se indiferente!
O "Ciclo Chaplin" vai seguramente continuar cá por casa nos tempos mais próximos.
Deixo-vos, entretanto, estes pequenos excertos para vos aguçar também o apetite...
Arroz de grelos volta a vencer!
Se por acaso já não houver lugar sugiro que:
1) Se opte pela segunda alternativa mais votada (nesse caso terá que ser o Labrosca a marcar mesa!)
2) Caso não seja possível, poderemos revisitar a casa mãe.
Não deixem os petiscos arrefecer!!!
sábado, 22 de novembro de 2008
Afinal onde é que estamos?
E acham que isto se resolve com diplomacia? Isso gostava eu mas o melhor era dar-lhes com as tabuletas.
Sabias que...
Na Florida, é ilegal uma mulher solteira, divorciada ou viúva praticar pára-quedismo ao domingo à tarde?
No Líbano os homens podem ter relações com animais, desde que estes sejam fêmeas? E que se o fizerem com animais machos sujeitam-se à pena de Morte?
No nosso blog, é necessário rodar o botão central do rato pelo menos 15 vezes até se poder visualizar o Arquivo do Blog?!!!
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Toiiiiinnnng! Cá estou de volta!
TÓIIIING...! Cucu! Voltei ao vosso convívio! E estive eu fechado nesta caixa a passar fome e a carpir as desgraças da humanidade este tempo todo! Mas, enquanto a nuvem se vai dissipando, vou aproveitando para dar umas garfadas e umas facadas no nosso blogue à medida que a inspiração se aproveite da sanidade cerebral. Então vá!
Steve Harley 'Sebastian' (1984)
PS: O original tem mais de 30 anos!..
O Carnaval mais insólito
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Safari fotográfico
Galina Gorchakova
Domingo à tarde por cima do M'bridge...
Em Angola não havia televisão, nem shoppings (oh, que chatice!) nem nada. Daí que o pessoal passasse a vida fora de casa (dentro, por vezes, era um forno) em lancharadas, jantaradas e outras patuscadas. Lembro-me de um gazebo (a palavra em português é coreto?) numa das esplanadas em que se estava e petiscava divinamente, mas depois contarei essa.
O que quero contar agora é outra coisa. Aos domingos a pasmaceira era total. Então, por vezes, à tarde o meu pai levava-me ao aeroporto (Ambrizete tinha duas ruas asfaltadas, mas tinha dois aeroportos - em terra batida, claro) e eu adorava aquele programa cheio de «frisson». Só à vista do cone de vento já ficava arrepiado...
Então, o meu pai alugava uma avioneta e pedia ao piloto para dar umas voltas. Uh, era demais! A pista do aeroporto era curta (daí a construção do novo e segundo aeroporto mas que mal experimentei) e já na descolagem quase me saíam os bofes com as rodas quase a tocarem as copas das árvores gigantescas que bordejam o rio M'bridge.
Depois era o êxtase, com o piloto a fazer voos rasantes (parecia-me, provavelmennte estava a mil metros de altitude) e a pôr em debandada toda a bicharada que se possa imaginar - pacaças (bois selvagens), palancas, antílopes, passarada de todo o género, raça, feitio e cores. Até hipopótamos imóveis no rio se viam. Então a passarada e esvoaçar louca com o ruído da avioneta era qualquer coisa de glorioso...
Bom, se já viram o «África Minha» podem ter uma ideia muito aproximada.
Depois das cabriolas todas enquanto comia umas goiabas refastelado ao lado do piloto e já meio surdo do teco-teco, era o regresso.
Mas lembro-me sempre que nesses domingos à noite estava tão excitado que o sono nunca vinha e eu lá revivia segundo a segundo a aventura como um mini-batedor nos céus de África.
Ainda hoje, por vezes, ao domingo, o sono custa a chegar...
A propósito da última declaração pública da Al-Qaeda...
“Você (Obama) representa directamente o oposto de negros americanos honoráveis como Malik al-Shabazz (Malcolm X)”, afirmou Zawahiri. “Você nasceu de um pai muçulmano, mas escolheu tomar a posição dos inimigos dos muçulmanos e rezar as preces dos judeus”, declarou, enquanto era exibida uma imagem de Obama no Muro das Lamentações, em Israel.
No vídeo divulgado ontem Zawahiri disse ainda que, assim como Obama, o ex-secretário de Estado Colin Powell e sua sucessora no cargo, Condoleezza Rice, confirmam a definição de “negros domésticos”. O termo era utilizado com frequência por Malcolm X para se referir a negros subservientes aos interesses dos brancos. (Notícia completa aqui).
Esta declaração demonstra o grande impacto que a eleição de Obama teve no mundo. É nada mais que um esforço no sentido de reforçar o sentimento de hostilidade dos islâmicos relativamente aos americanos.
O que Zawahiri não compreende, porque não pode (e não quer) compreender, é que foram também os negros (numa esmagadora maioria) que contribuíram para a eleição do actual presidente e que Obama representa, de uma certa forma, a unificação do povo americano em torno de um ideal comum.
Obama não agrada (não pode agradar!) aos radicalistas e extremistas. Mas, no seu país, reduziu-os à sua verdadeira insignificância. A Al-Qaeda já percebeu o risco que ele representa para o movimento em termos de apoio popular. Por isso reage. Esperemos que, apesar de tantos inimigos, o novo presidente consiga (re)construir as pontes do diálogo e da concórdia entre os povos.
Estará à vista o primeiro consórcio automóvel ecológico europeu?
A SolarWorld, numa "Corporate News" enviada à Bolsa de Frankfurt, afirma que está em condições de pagar 250 milhões de euros em dinheiro e que pretende obter mais 750 milhões de euros através de uma linha de crédito a obter com um aval do governo alemão.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Quem fotografa assim não é bruto!..
Magalhães só para aluno (e eleitor!..) ver
Fonte da escola citada no jornal Sol explica que as crianças já sabiam que teriam de devolver os computadores, pois ainda há «questões administrativas a tratar».
Sabe-se que os computadores estão na escola, mas não se sabe «quando é que vão ser distribuídos».
Aparentemente, ainda há que «preencher toda a papelada e os pais que não estiverem abrangidos pelo primeiro escalão da acção social escolar vão ter de fazer o pagamento do computador».
Apesar da visita do primeiro-ministro, os 185 alunos da Escola do Freixo inscritos no primeiro ciclo ainda não sabem quando é que vão receber o Magalhães e foi-lhes explicado que os computadores tinham de ser devolvidos por terem problemas de bateria.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Ainda a avaliação dos professores (agora é a sério!)
Vale a pena também ouvir Fernando Alves (TSF) a propósito da última manifestação dos professores em SINAIS DOS TEMPOS: O Abismo
Burocracia na escola...
Obama continua a não desiludir o mundo...
Obama disse que pretende retirar as tropas americanas do Iraque, melhorar a situação no Afeganistão e fechar a prisão em Guantánamo, em entrevista ao programa 60 minutes, da rede americana CBS, que foi para o ar no domingo.
"Eu vou me certificar de que nós não vamos torturar ...", afirmou o presidente eleito.
Este é de facto o caminho correcto para que o mundo volte a olhar para a América como o verdadeiro berço da democracia e o farol da civilização moderna.
Notícia completa aqui.
Ainda o Ensino em Portugal
domingo, 16 de novembro de 2008
Perdoa-me, Donalzira!
Caminhava uma senhora com a sua filha de 4 anos, quando a menina apanhou qualquer coisa do chão que de seguida ia pôr na boca. A mãe ralhou com ela e disse-lhe que nunca fizesse isso.
– Mas porquê? Perguntou a menina.
Respondeu então a mãe que, se estava no chão, estava sujo e cheio de micróbios.
Nesse momento, a menina olhou a mãe com admiração e perguntou:
– Mamã, como sabes tudo isso? És tão inteligente...
Ao que a mãe respondeu:
– Todas as mamãs sabem estas coisas. Quando alguém quer ser mamã, tem que fazer um teste e tem que saber todas estas coisas, se não, não pode ser mamã.
– Ah, já percebi! Se não passasses o teste, tu eras o papá.
Exactamente, respondeu com um grande sorriso!
sábado, 15 de novembro de 2008
Até onde vais com mil euros?
Vale a pena dar uma espreitadela ao "Até onde vais com mil euros". Entretanto aqui vai o seu 1ºvídeo para abrir o apetite...
Votação
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Sabias que...
Morreu uma mãe África...
Aqui vai: morreu Miriam Makeba, Mamã África, dona do hit dos anos 70 «Pata Pata». Aqui fica um registo do ano passado já sem voz, mas ainda um símbolo. Agora é mais uma batucada no Céu...
O elogio da diferença
Seria certamente muito menos interessante!
Isto vem a propósito da notícia posta a circular recentemente pela comunicação social:
Afinal a crise também pode ter os seus efeitos benéficos ao devolver aos decisores o bom senso e a racionalidade!..
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Mitch Mitchell
Mitch fez parte da banda The Hendrix Experience, que catapultou Jimi para as luzes da ribalta. O seu virtuosismo, versatilidade e talento trouxeram para o rock os primeiros verdadeiros solos de bateria.
Aqui fica o meu pequeno tributo:
– Primeiro, uma conversa com John Lennon seguido de um blues com Eric Clapton e Keith Richards.
– Segundo um solo seu de 1969.
Haja o que houver
Estávamos, na altura, a ingressar no mundo do trabalho. Um amigo meu comprou, então, uma Diane em 3ªmão. Como consequência, as boleias começaram a ser vistas na perspectiva de quem vai no carro e não o contrário! Foi o que aconteceu naquele Verão. À saída de Lagos passámos por duas raparigas, uma loura e uma morena, que empunhavam um papel dizendo: Lisboa. Os argumentos eram muito fortes: olhámos um para o outro e parámos.
“Vão para Lisboa? Então bora lá!” E partimos em viagem. Devo acrescentar que a morena tinha uma estatura imponente e era bem larguinha de ancas. O Diane fez esta viagem meio desequilibrado, inclinado para o seu lado. Na altura nós éramos pesos plumas e a loura não andava longe…
Apesar de um pouco anafada, a morena tinha uns belos olhos escuros num rosto que poderia definir como o arquétipo da mulher portuguesa (se é que isso existe!..).
Tinham passado uma boa temporada em Lagos a trabalhar num bar, os seus sorrisos cúmplices não as deixavam mentir… e a conversa foi prosseguindo fluída e divertida. E longa! Que o Diane fazia render bem o peixe!
Férias, projectos de vida, viagens, e os quilómetros iam avançando...
Música foi também tema de conversa, já que a morena estava entusiasmada com um convite para integrar um novo projecto musical e o assunto também nos dizia respeito.
Quando nos separámos houve as promessas habituais, nunca cumpridas, de um novo encontro.
Meses depois, qual não foi o meu espanto, revi aquela cara na capa de tudo quanto era órgão de comunicação social. A morena chamava-se Teresa Salgueiro e cantava nos Madredeus.
Não vou mais esquecer, por certo, aquelas horas passadas no velho Diane. Haja o que houver!!!
Mike Oldfield
Michael Gordon Oldfield (Reading, Berkshire, 15 de Maio de 1953), é um músico e compositor inglês, cuja música abrange um vasto leque de influências desde rock progressivo, folk, música étnica, clássica e electrónica, new age e dance. Um dos seus trabalhos mais conhecidos é o álbum Tubular Bells, de 1973.
Mike Oldfield é considerado por muitos, um dos três maiores compositores do século XX (os outros dois seriam John Cage e Frank Zappa). Independentemente do ranking (que é, provavelmente, o que menos interessa!) o facto é que vendeu milhões de exemplares e que alguns dos temas são verdadeiramente geniais.
Seleccionei uma faixa do Tubular Bells II (editado 20 anos depois de Tubular Bells) que me parece muito representativa do génio de Mike Oldfield.
O site também é de muito bom gosto.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Localizador de crianças e automóveis
O Child Locator é um serviço que combina comunicações GSM, localização por satélite AGPS (de Assisted GPS, tecnologia GPS melhorada) e uma aplicação Web.
O serviço exige a compra de um pequeno receptor à Inosat e a activação num site específico, que fornece mapas e localizações em tempo real, bem como o histórico dos movimentos da pessoa monitorizada.
O Child Locator contempla ainda a criação de “balizas de segurança”, que determinam as áreas consideradas seguras.
No site, o utilizador pode definir se quer receber, no telemóvel ou no computador, alertas que dão conta de entradas ou saídas nas zonas de segurança.
O dispositivo é suficientemente pequeno para passar despercebido dentro de um bolso do casaco ou de uma mochila.
Os responsáveis da Inosat acreditam que o mesmo dispositivo pode revelar utilidade na monitorização de objectos valiosos.
O Child Locator está à venda por 358 euros e implica o pagamento de tráfego na rede telemóvel relativo ao envio de alertas e actualização de localizações em tempo real.
A Inosat aproveitou ainda para dar a conhecer o Car Locator, um dispositivo que permite a localização e a imobilização do carro (em caso de roubo).
Este serviço contempla o envio de alertas sempre que o veículo sai de um perímetro de segurança pré-definido ou ultrapassa limites de velocidade escolhidos pelo utilizador.
A Inosat está a comercializar este dispositivo que faz localização por AGPS e comunica por GSM, com um preço de 529 euros (com instalação incluída).
A empresa de localização, que desenvolveu os dois novos serviços através do seu departamento de investigação, está em negociações, actualmente, com cadeias de oficinas e stands de automóveis para potenciar as vendas do Car Locator.
Este é um daqueles artigos que espero seja polémico...
Conto com os monami's para sugerirem alternativas de utilização desta tecnologia... e já agora, comecem por revistar bem os carros e o forro dos casacos... "não vá o diabo tecê-las!!!"
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Génios que vêem na escuridão
Irvin D. Yalom - "De olhos fixos no Sol"
Só vive quem não foge de morrer...
Irvin D. Yalom (WashingtonDC, Estados Unidos, 13 de Junho de 1931) é um escritor americano. Filho de imigrantes russos, formou-se
O seu primeiro romance foi “Quando Nietzsche Chorou” (1992). Escreveu também “A Cura de Schopenhauer”, entre outros que ainda não tive oportunidade de ler
Quem escreveu livros extraordinários como os que referi, decerto não vai decepcionar com este…
Reconheço que, após ler a sinopse, lembrei-me daqueles livros de auto-ajuda com que embirro solenemente... mesmo assim vou inclui-lo na lista de prendas da minha carta ao Pai Natal!..
Sinopse
De Olhos Fixos no Sol não é um livro comum. No seu estilo inimitável, Yalom faz uma abordagem única e profundamente encorajadora ao tema da mortalidade. Dando início a uma viagem através dos tempos, começa por recolher as reflexões de alguns dos maiores pensadores de todos os tempos: Séneca, Epicuro, ou mesmo Nietzsche, aliando-os a psiquiatras e psicólogos como
Confidências, de Almada Negreiros
Mãe! Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei!
Traz tinta encarnada para escrever estas coisas!
Tinta cor de sangue verdadeiro, encarnado!
Eu ainda não fiz viagens
E a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar.
Tenho sede! Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um.
Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa.
Depois venho sentar-me a teu lado.
Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado!
Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa.
Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exatamente para a nossa casa, como a mesa. Como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!