Algumas pequenas precisões, Sr. Costa!
1) Comparar Guantanamo aos campos de concentração nazis é excessivo. Mas é uma forma de pôr o pessoal a discutir o assunto! Até no nosso bloguinho o tema vem à baila...
2) Os utentes do resort americano não são terroristas, são suspeitos de terrorismo. Há uma pequena diferença, não há Sr. Costa? Lembras-te de uma coisa chamada "Presunção de inocência"? E uma outra chamada "Tribunal"? Ou ainda de uma terceira chamada "Direito de defesa"? Será que estamos a vislumbrar no Sr. Costa uns tiques totalitários???
3) A democracia não é, nem pode ser, uma forma encapotada de tu, eu e os restantes ocidentais, mantermos a nossa vidinha pachorrenta, longe da confusão, no meio de mordomias...
4) Neste momento há duas correntes de opinião sobre a melhor forma de combater o terrorismo: ou muscular os regimes, tornando-os mais totalitários, ou combater o totalitarismo e o fanatismo com a democracia e a justiça. A mim parece-me que este último, é o único caminho possível (de outra forma estamos a usar as mesmas regras do jogo dos outros e em última análise a pôr em causa a essência dos nossos próprios regimes)
5) Os paizinhos da democracia não estão a dar um grande exemplo ao mundo, temos que admitir... e, por conseguinte, deixam de ter do seu lado o argumento moral para criticar e pôr em causa os regimes de outros países.
6) Evidentemente que os americanos não são os únicos prevaricadores da justiça internacional. Certo. Mas nós temos que ser especialmente exigentes com os que supostamente estão do nosso lado e defendem valores semelhantes aos nossos! A política dos dois pesos e duas medidas ao menos que seja menos descarada...
6 comentários:
Ó murcãozinho isto era só para discutir amanhã, mas agrada-me essa das mordomias e os outros que se...
Agora tenho mais tempo e vou descascar no Óscar Alhinho (?).
Primeiro, devias comentar no post (Tullius dixit)e não postar novo.
Depois para dizer que como consegues inferir que tenho tiques autoritários? Só porque mencionei um reputado (por todos) disparate comparar coisas histórica e socialmente diferentes? Oh, la la, ainda bem que não és polícia nem juiz...
1) Depois dizes «comparar Guantanamo aos campos de concentração nazis é excessivo». Não é excessivo. Porque isto não é uma questão de grau. É um disparate, tanto maior por vir de onde vem. Dizes que «é uma forma de pôr o pessoal a discutir o assunto!» por vir do teu padrinho porque se viesse do Deibaidei ou da minha prima já era asneirola da grossa. Já era e não era discutido.
2) Dizes que «Os utentes do resort americano não são terroristas, são suspeitos de terrorismo. Há uma pequena diferença». De facto, deve haver, mas o melhor mesmo é perguntar às vítimas, melhor, às famílias delas o que acham desse pequeno 'distinguo' para gente que está lá no resort certamente por ter ajudado uma velhinha a atravessar a rua.
Depois falas em "Presunção de inocência"? E uma outra chamada "Tribunal"? Ou ainda de uma terceira chamada "Direito de defesa"? Isto para um jurista, mesmo marado como eu é canja. Olha, sem paternalismos e 'sans rancune', a presunção de inocência é apenas um princípio, como há mais quinze no direito criminal. E depois como sabes, tribunais e direitos de defesa são praticamente uma invenção da Constituição americana que foi tão longe que inventou os «Miranda Rights». Esses mesmo, os da televisão: «You have the right to keep silence...» Mas do alto da minha jurídica cátedra entendo essas 'boutades' com a mesma candura com que tu aceitas que eu confunda uma libélula com um louva-a-deus.
3) A democracia é uma forma encapotada de levarmos uma vidinha pachorrenta... ou não. A democracia é a única forma de governo onde tu podes escolher que tipo de vida queres levar. Pachorrenta, longe da confusão e com mordomia como a tua e a minha ou não como a de outros que metem a mão na massa e a cabeça no forno.
4) Também não concordo que «neste momento há duas correntes de opinião sobre a melhor forma de combater o terrorismo: ou muscular os regimes, tornando-os mais totalitários, ou combater o totalitarismo e o fanatismo com a democracia e a justiça...»
Na verdade essa visão maniqueísta ainda que social e a priori correcta tem levado aos piores desastres da História. A resposta terá de ser simultaneamente uma coisa e outra sob pena da lei de talião quando cair fazer tombar sobretudo inocentes. Devo dizer-te que essa posição que agora defendes fez escola nos anos 30 com uns senhores chamados Chamberlain e Daladier e se não fossem os americamos a esta horas marchavas a passo de ganso e comias sauerkraut em vez de tripinhas enfarinhadas.
5) Dizes que «Os paizinhos da democracia não estão a dar um grande exemplo ao mundo, temos que admitir... e, por conseguinte, deixam de ter do seu lado o argumento moral para criticar e pôr em causa os regimes de outros países.»
Também não concordo: é um dever civilizacional e da natureza da pessoa a urgência da mudança. O direito à crítica e o incitamento ao progresso.
6) Por fim vens com o papão dos americanos. Os americanos na luta contra o terrorismo são vítimas. Sem procuração do tio Sam, devo dizer-te que os americanos são culpados de muita porcaria, mas também têm o tal direito à defesa. De resto, tenho a convicção de que eles são principalmente culpados de serem autistas já que praticamente não necessitam dos outros. De resto nem como polícias do mundo são bons, pois nem o petróleo conseguem controlar. E já são estados unidos há mais de duzendos anos, quando a tua (e minha) tão amada Europa só é unida há meia dúzia de anos. Dá que pensar, não dá...
Ó Costa, isso é que é descascar (n)o alho...
Vamos lá arregaçar as mangas e responder à letra:
a)A ideia de publicar o comentário foi um objectivo conseguido. Pela primeira vez comentas um post da minha autoria (o que é preciso é polémica!)
b)A comparação de Guantanamo com os campos de concentração nazis, apesar de excessiva, tem algum sentido: o do atropelo total à lei internacional e aos direitos humanos.
c)Não me venhas com essa história das famílias das vítimas. A justiça deve ser cega (e surda). O tempo da justiça por mãos próprias felizmente (no mundo ocidental) morreu com o tempo dos cowboys e dos índios. E depois pelo facto de ser um de entre quinze princípios (aceito que sejam 15) não lhe retira uma pitada de importância. Se quiseres a comparação, eu sou capaz de identificar 1250 espécies de insectos e tu apenas os gafanhotos. Mas não deixas de ter razão quando dizes: "Olha, está ali um gafanhoto!"
d) Quanto ao teu ponto 3 estams os dois de acordo.
e) Comentando o teu ponto 4, devo dizer-te que também estou parcialmente de acordo contigo. É evidente que o mundo ocidental tem que subir a fasquia em termos de vigilância e prevenção. O que não pode (deve) nunca é cair na tentação de se tornar num conjunto de estados policiais.
Já imaginava que vinhas com o argumento do Chamberlain. Sobre isso só te quero dizer o seguinte: Não confundas fraqueza com tolerância. Esse, é um erro crasso. Mas devo confessar que essa do "sauerkraut em vez de tripinhas enfarinhadas" está com piada!
f)Não percebi patavina do que quiseste dizer no teu ponto 5.
g)Vamos lá a esclarecer as coisas: na guerra contra o terrorismo eu estou do lado dos americanos. O que não quer dizer que concorde com tudo o que eles fazem. E no caso de Guantanamo fizeram borrada da grossa!!! (Não me venhas tb com essa treta dos papões!...)
Porra... já estou cansado de olhar para o lado para os teus comentários! Quando te pisam os calos disparas como uma metralhadora!
2-1 para o Òscar!
Óscar, embora habitualmente tenhas razão, desta vez lamentavelmente não porque, salvo erro ou melhor visão, não estás a ir ao âmago da coisa.
Repara: dizes «A comparação de Guantanamo com os campos de concentração nazis, apesar de excessiva, tem algum sentido». Tem tanto sentido como tu atacares de fisga e eu deixar-te cair a bomba antónia em cima. E depois alguém diria: foi excessivo, mas tem sentido, foi atacado primeiro. Na tua sábia expressão: batatas...
Depois cometes uma leviandade desligando-te do problema das vítimas: sozinho e à tua conta rasgas cinco séculos de história criminal às voltas com a teoria da vitimologia e a sua importância, sentido e limites na medida da pena. Depois, só falas assim porque as torres gémeas não são na 109, senão via-te como um justiceiro indomável à la Charles Bronson ou Chuck Norris.
O peso do princício é só esse porque um princípio não é um facto, nem uma lei. Nota: existe o princípio in dubio pro reo e uma série de prisões cheias. Capisce?
Na vertente entomológica levas a palma, mas nota que pelo facto de conheceres 5000 espécies de gafanhotos não te torna o mais equitativo na hora de distribuir a ração e a razão.
As pessoas agarram-se sempre aos «estados policiais». Mais um papão. Uma sociedade com ordem e policial não é uma má socieade e só com polícias maus a fazerem maldades às criancinhas, ou é?
Quanto à confusão da tolerância com fraqueza devo apenas dizer-te que há muita tolerância que vive paredes meias com o medo e a conivência. E depois é tarde. Mas fomos todos tolerantes...
No ponto 5 só quis afirmar que o direito a criticar o obscurantismo não pode ceder em face da tal tolerância. Com tanta tolerância ainda estávamos na idade da pedra...
Mas repara, e este é a estocada final: eu não estou do lado dos americanos, que me interessam tanto como os habitantes da Papua Nova Guiné ou os noruegueses. Eu estou contra é o racismo religioso, a xenofobia cultural e o obscurantismo venha ele de onde vier.
Mas confesso: sabes picar, és verrinoso - veja-se o comentário no post da Adega do Padrão - és argumentativo e aprende-se contigo, mas às vezes, e só às vezes, resvala-te a cachola para a banalidade (deixa lá, acontece-nos a todos).
empatei no final do prologamento...
Empataste, está empatado! É sempre um resultado simpático... Aguardemos a tasca do padrão para a 2ªvolta... os outros que se cuidem!
Pronto eu já sabia q’iam acabar por empatar! É só o q vocês sabem fazer: empata fu©ks; nem fu©ks nem saem de cima! Começam c muita promessa de polémica e qdo chega a hora de ver quem leva o olho negro começam c “Quanto ao teu ponto 3 estamos os dois de acordo” e c “devo dizer-te que também estou parcialmente de acordo contigo” p’ácabar c “és argumentativo e aprende-se contigo”. Ora bolas meu… então n há Sangre de Toro?!
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