Pois é, esta trapalhada toda tem-nos posto de tal maneira atarantados que a reacção é... chutar para canto. Ninguém fala do desemprego, das SCUTS, do corte nos vencimentos, do aumento do IVA e dos escalões do IRS... da dívida pública, desses tubarões dos mercados financeiros que se fartam de ganhar dinheiro à custa das subidas das taxas de juros.
Face a um panorama tão negro o que se discute actualmente? O que enche agora as nossas caixas de correio electrónicas? Histórias de corrupção, de mordomias dos políticos (provavelmente algumas verdadeiras outras nem tanto...) e outras coisas afins.
E qual é a reacção das pessoas face a um contexto tão negro e tão complexo? Por incrível que pareça quase não existe. Está certo que se avizinham umas greves e alguma contestação mas... qual é a novidade? Nada de muito diferente do normal.
A reacção geral tem sido de aceitação. De desencanto e desalento. De afastamento progressivo dos actos de cidadania e de afirmação.
Tempos perigosos, estes. Propícios à chegada de um Messias, um qualquer Hugo Chávez seja ele de direita ou de esquerda. E os Portugueses sempre apreciaram um paizinho que olhasse por todos. Que tomasse as decisões e as orientações do país, e os deixasse seguir as suas vidinhas e as suas rotinas diárias sem grandes ondas.
Francamente estou preocupado.
4 comentários:
Voto rei e rainha.
Já somos dois preocupados!!!...
O povo é sereno e ... lá vai... lá vai cantando e rindo, pr'á frente, prá frente Portugal...
Continua tudo à espera de D. Sebastião.
O povo é sereno, submisso e medroso. Graças ao sr. Salazar. Foram muitos anos. As cicatrizes são, de facto, grandes.
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