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Porquê o referendo sobre o casamento entre homossexuais? Esta, parece-me ser uma arma (porventura a última) ao serviço daqueles que, não sei porque carga de água, se sentem no direito de ditar a moral e os bons costumes a toda uma sociedade que é em si heterogénea e diversa. Uma vez que o casamento entre pessoas do mesmo sexo não afecta terceiros não há nenhuma razão para que seja proibido. Ponto final.
Outra coisa completamente diferente é o direito de adopção de crianças por casais homossexuais. Esta questão é sem dúvida mais polémica e complexa porque envolve precisamente terceiros (sendo que estes são crianças!). Há argumentos contra e a favor. Neste caso, uma vez que há questões pertinentes que se levantam, parece-me prudente a não aprovação. Todavia, esta posição não pode servir de argumento aos que pura e simplesmente querem manter a proibição dos casamentos entre homossexuais. São questões diferentes e merecem ser tratadas de modos diferentes.
Olhando com atenção para os defensores da proibição, encontramos os velhos argumentos da defesa da família, pilar fundamental da sociedade. Pessoalmente, também lhe atribuo especial importância. Não posso é arvorar-me em detentor de uma verdade absoluta, nem de uma sapiência universal e infinita, que me dê razões ou argumentos para impor aos outros os meus pontos de vista.
Convém não esquecermos de que ainda há não muito tempo era considerado crime a prática de relações íntimas mesmo entre heterossexuais desde que estas decorressem de uma forma diferente da chamada "posição do missionário". Hoje em dia este ponto de vista só pode ser considerado cretino por qualquer um com um pingo de bom-senso.
1 comentário:
Façam o que quiserem desde que os gajos não se ponham aos beijos à minha frente.
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