domingo, 7 de junho de 2009

Labrosca e Agostinho

Que é feito, Labrosca? Tu costumas ser tão dominical nas tuas publicações. Hoje falhaste. Lembrei-me de ti e por associação livre de ideias lembrei-me do maior ciclista tuga de sempre: Agostinho.
Nasceu no dia 7 de Abril de 1943, em Brejenjas, Torres Vedras. Morreu no dia 10 de Maio de 1984, depois de 10 dias em coma, em consequência de uma queda sofrida numa etapa da Volta ao Algarve.

Começou a praticar já com 25 anos de idade, mas ainda conseguiu evoluir de tal forma que é habitualmente referido como o melhor ciclista português de todos os tempos.

A sua carreira internacional começou em 1968, depois de ter sido observado pelo director desportivo francês Jean de Gribaldy, obtendo resultados de destaque na Volta a Espanha, vários dias de amarelo e um segundo lugar final, distando apenas 11 segundos da vitória, e na Volta a França terminando duas vezes no pódio e vencendo a mítica etapa do Alpe d'Huez, em 1979, e onde vibrei como nunca vibrei com nenhuma vitória de futebol.

Não era um virtuoso, caía muitas vezes, porque arriscava, era raçudo.

Em 1984, quando liderava a Volta ao Algarve, um cão saiu-lhe ao caminho e caiu.
Ainda terminou a etapa, mas acabou por falecer devido às lesões provocados pela queda.

Esteve em dez equipas ganhou três Voltas a Portugal, a última em 72; em 78 e 79 foi 3º na Volta a França, foi 2º na Vuelta, e
Campeão Nacional Estrada: 1968, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973
Perseguição Individual: 1971
Contra-relógio por equipas: 1968, 1969
Ganhou etapas míticas:
Alpe d'Huez (Tour) - 1979
Cangas de Oniz (Vuelta) - 1974
Torre (Volta a Portugal) - 1971, 1973
Penhas da Saúde (Volta a Portugal) - 1970, 1971
Solothurn Balmberg (Volta à Suíça) - 1972
Puerto del Léon (Vuelta) - 1972
Côte de Laffrey (Tour) - 1971
First plan (Tour) - 1969
Grammont (Tour) - 1971
Manse (Tour) - 1972
Lautaret (Tour) - 1972
Hundruck (Tour) - 1972
Oderen (Tour) - 1972
Lalouvesc (Tour) - 1977
Croix de Chabouret (Tour) - 1977

Em França, era o Tinô. Hoje, a 14.ª curva do Alpe d'Huez tem o seu nome e o seu busto em bronze e em alto-relevo, com 1,70 m de altura, 70 cm de largura, e pesando 70 kg. Está apoiado num pedestal com três metros de altura, de granito verde. A estátua é comemorativa da sua vitória na mítica etapa com chegada ao Alpe d'Huez, em 1979, ano em que terminou o Tour em terceiro lugar pela segunda vez. Nunca outro ciclista português venceu esta etapa ou conseguiu tamanho feito.
É dono de uma vida bonita com um fim trágico, mas sobretudo de uma história tão bela que noutro país já teria sido filme, série e objecto de tese(s) de doutoramento.
Era um campeão e um português como poucos. Faz muita falta.

(retirado da wikipédia e adaptado)

Labrosca e Agostinho: os dois maiores amantes da bicla que eu conheço.

1 comentário:

K disse...

Viva.
Estou de regresso.
Apenas agora.
Novos dias virão.