domingo, 8 de fevereiro de 2009

La Bohème

Eu bem queria fugir ao Pavarotti para a imagem de promoção da ópera que vou ver proximamente, mas não é possível:



La Bohème, de Giacomo Puccini (1858-1924)

10. 12. 16. 18. 20. Fevereiro às 20:00h
14. 22. Fevereiro 2009 às 16:00h
Matinée Famílias 14. Fevereiro
no Teatro Nacional de São Carlos

Ópera em quatro actos. Libreto de Luigi Illica (1857-1919) e Giuseppe Giacosa (1847-1906) baseado no romance Scènes de la Vie Bohème de Henry Murger (1822-1861).
Estreada em 1896 em Turim.

Direcção musical Julia Jones
Encenação Peter Konwitschny
Cenografia e figurinos Johannes Leiacker
Desenho de Luz Steffen Boettcher

Orquestra Sinfónica Portuguesa
Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Produção original (1991)
Oper Leipzig (Alemanha)

"Foi durante a sua juventude, depois de ter assistido em Pisa à récita de Aida de Verdi, que Puccini, profundamente inspirado, começou a direccionar a sua criatividade para a composição operática. Na realidade, a ópera tornar-se-ia a principal forma de expressão artística deste compositor e o género musical ao qual dedicaria toda a sua carreira. Esta opção criativa e a preocupação de tornar a linguagem da ópera mais próxima do grande público levará o compositor a encabeçar um novo movimento artístico, o Verismo, que dominará a produção operática italiana no final do século XIX e durante o primeiro terço do século XX. Nesta nova corrente predominam as temáticas realistas, privilegiando os enredos centrados nas classes sociais mais baixas, por oposição aos assuntos históricos e heróicos associados ao Romantismo puro. La Bohème, uma história de amor trágico, passada na Paris oitocentista, entre um grupo de jovens artistas boémios, é um exemplo paradigmático desta nova atitude estética.

O projecto de compor La Bohème, uma adaptação do romance original de Murger, surge no inverno de 1892 e é de imediato envolto em polémica de direitos exclusividade. Ruggero Leoncavallo (1857-1919), compositor italiano, contemporâneo de Puccini, alega estar já a trabalhar num projecto idêntico e que Puccini lhe terá roubado a ideia. Ambos os compositores acabarão por realizar as suas obras e terá sido, inclusivamente, lançado um desafio sobre qual deles seria melhor sucedido no projecto. Independentemente de quaisquer análises valorativas, La Bohème de Puccini terá vencido o despique, ao ser hoje uma das óperas mais encenadas em toda a história da música ocidental e um dos pilares centrais do repertório operático."

Texto Tiago Cutileiro, Marta Nunes

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