segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Évora: salto para o ouro

Nélson Évora é o quarto campeão olímpico português, o primeiro não fundista. O atleta nascido na Costa do Marfim, filho de pais cabo-verdianos, voltou a superar-se nos grandes momentos internacionais, juntando o ouro olímpico ao ouro do Mundial de Osaka, 2007.
Descoberto por um professor de educação física, antigo praticante de salto em altura, João Ganço, o benfiquista desde cedo mostrou que iria ser um dos grandes atletas de saltos quando se sagrou campeão da Europa de juniores. Todavia, poucos portugueses sonhariam há bem pouco tempo ver um atleta de Portugal a discutir medalhas numa área tão específica e numa disciplina tão difícil como o triplo salto.

Com a maioria da comitiva portuguesa à beira de um ataque de nervos, o benfiquista, sempre muito controlado, realizou a marca de 17,67 metros, tendo feito apenas um salto nulo nas seis tentativas. A medalha de prata foi para o britânico Philips Idowu (17,62 metros) e a de bronze para Leevan Sands, das Bahamas (17,59 metros.
O saltador assumiu a liderança do concurso ao segundo salto, com a marca de 17,56 metros, mas perdeu o comando na ronda seguinte, primeiro para o baamiano Leevan Sands (17,59) e depois para Idowu (17,62). Os adversários do português não fizeram depois melhor e Évora, no seu quarto salto, chegou aos 17,67 metros, um registo que lhe valeu a medalha de ouro, bem como passar para a liderança mundial do ano, na especialidade. Aí, e só após a confirmação da vitória, Nélson Évora não se conteve e chorou de alegria com o seu treinador.

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