Caros bloggers d'aço,
sei que o monami foi relevante e lá voltaremos certamente em breve, mas gostaria de apresentar uma sugestão que quero ver aprovada, senão digo às vossas mulheres o teor das nossas conversas à mesa (por exemplo, a importância do dasein na filosofia policêntrica de Heidegger, o pessimismo transformador no silogismo radial de Schopenauer, do refluxo linguístico e a importância do ditongo ão na teosofia de Wittigenstein, se o Óscar gosta ou não do berloque metafísico no pensamento de Thomas Adorno, etc...)
E a sugestão é experimentar as últimas tascas-tascas antigas e tradicionais do Porto antes que fechem de vez as portas. Para a próxima sexta poderemos experimentar por exemplo o Buraquinho (não digam que não promete) na Praça dos Poveiros, ou a Adega de S. Martinho que ainda faz as contas em escudos, ou o Retiro da Lixa, na Rua das Fontainhas, 199, ou a Flor de S. Vítor, 225, perto do jardim de S. Lázaro.
Quem conhecer alguma destas que opine, caso contrário eu decido e marco (adoro este poder decisório!!!)
4 comentários:
Eu vou para qualquer lado mas,\por favor, não fales no berloque metafísico!
Não conheço nenhuma a não ser "de vista"...
Receio que saiamos de lá "a pintar à pistola" (esta expressão tem classe!)
Se houver uma rusga da ASAE ainda vamos todos digerir os petiscos para a esquadra mais próxima.
Em face disto, qualquer delas me parece uma optima escolha!
Bem...qué dizê... eu pazo pu elas todos os dias ma nã sei onde ficam puque já bou gosso lá pa dento. Ma bou cum bocês buber uns copos. Maca o ponto do enconto, pá. EU BOU CARAGO. Outro dia falei à minha mulher do silogismo radial de Schopenauer e foi uma chatice.
Acho a ideia excelente.
Bora lá atrás da tradição.
Vou a quaquer uma.
Que se lixe a pistola.
Eu quero ir à tasca onde comem os gajos da ASAE.
Das que têm moscas e morcões.
É dessas que eu gosto.
Onde não há guardanapos, nem esterilizadores UV para facas, nem bancadas de inox, nem detergentes diferenciados para as diferentes zonas da cozinha.
Eu quero ir a uma tasca onde lavem a loiça num alguidar.
Eu quero uma tasca com iscas de bacalhau.
Eu quero uma tasca com sardinha pequenina de escabeche, com fígado frio de cebolada, com malguinha de cebola crua com vinagre tinto e sal grosso, com copo de 3 de origens mais que duvidosas
Eu quero uma dessas.
Eu vou, eu vou.
Vou a essa tasca que não tem lista, vou a essa tasca que vocês falam.
Vou a essa tasca do presunto fumado em 3 vintes.
Vou a essa tasca da broa à descrição.
Vou a essa tasca de bancos de madeira pequenos, de mesas quadradas com toalhete de papel reusado, vou a essa tasca do entra e sai, e venha de lá mais um, vou a essa tasca sombria que tem só um degrau que nos separa dos magros gatos, do vento das vielas ventosas, que salpicam gotas de frescura das roupas penduradas das varandas, vou a essa mesma tasca com vocês.
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