sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
UM ÓPTIMO 2011...
... para todos (!) e... uma sentida homenagem ao inesquecível Al que deixou em nós uma tremenda saudade.
O último dia.
Pouso no teu trêmulo azular branco os meus olhos calmos,
E vejo-te independentemente de mim;
Alegre pelo critério (?) que tenho em Poder ver-te
Sem "estado de alma" nenhum, sonho ver-te.
A tua beleza para mim está em existires
A tua grandeza está em existires inteiramente fora de mim.
Alberto Caeiro
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Fernando Pessoa
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
...Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
domingo, 26 de dezembro de 2010
Japão
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
...Onde era só, de longe a abstrata linha
(Fernando Pessoa)
sábado, 25 de dezembro de 2010
José Pinto de Sousa
Do que a vida que o mundo mostra Ter
Mais do que a Natureza natural
À verdade tremendo de viver.
Sob um céu uno e plácido e normal
Onde nada se mostra haver ou ser
Onde nem vento geme, nem fatal
A idéias de uma nuvem se faz crer,
Jaz - uma terra não - não há um solo
Mas estranha, gelando em desconsolo
À alma que vê esse país sem véu,
Hirtamente silente nos espaços
Uma floresta de escarnados braços
Inutilmente erguidos para o céu.
Fernando Pessoa
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Mil palavras valem mais do que uma imagem
Arábia: Idah Saidan Wa Sanah Jadidah, Mboni Chrismen
Argentina: Feliz Navidad
■Albanês – Gezur Krislinjden
■Alemão – Frohe Weihnachten
Armênia: Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand
Bulgária: Tchestita Koleda; Tchestito Rojdestvo Hristovo, Vessela Koleda
Bielo-russo - Winshuyu sa Svyatkami
■Basco – Zorionak
■Catalão – Bon Nadal
■Coreano – Chuk Sung Tan, Sung Tan Chuk Ha
■Croata – Sretan Božić
Checo - Vesele Vanoce
Chinês (Taiwan) - Kung His Hsin Nien bing Chu Shen Tan
Cingalês (Sri-Lanka) - Subha nath thalak Vewa, Nathar Puthu Varuda
■Castelhano – Feliz Navidad ou Felices Pascuas
China: (Cantonês) Gun Tso Sun Tan'Gung Haw Sun
■Mandarim – Kung His Hsin Nien
Colômbia: Feliz Navidad y Próspero Año Nuevo
Croácia: Sretan Bozic
Holanda: Vrolijk Kerstfeest en een Gelukkig Nieuwjaar!
■Neerlandês – Prettig Kerstfeest
■Esperanto – Gajan Kristnaskon
■Finlandês – Hyvää joulua
■Francês – Joyeux Noël
Grécia: Kala Christouyenna!
■Grego – Καλά Χριστούγεννα
Hungria: Kellemes Karacsonyi unnepeket
Indonésia: Selamat Hari
Iraque: Idah Saidan Wa Sanah Jadidah
Irlanda: Nollaig Shona Dhuit, or Nodlaig mhaith chugnat
■Inglês – Merry Christmas ou Happy Christmas
Itália: Buone Feste Natalizie, Buon Natale
■Japonês – Merii Kurisumasu (adaptação de Merry Christmas)
Japão: Shinnen omedeto. Kurisumasu Omedeto
Latim: Natale hilare et Annum Faustum!
Lituânia: Linksmu Kaledu
Macedônia: Sreken Bozhik
Noruega: God Jul, ou Gledelig Jul
Papua Nova Guiné: Bikpela hamamas blong dispela Krismas na Nupela yia i go long yu
Peru: Feliz Navidad y un Venturoso Año Nuevo
Filipinas: Maligayan Pasko!
Polónia: Wesolych Swiat Bozego Narodzenia ou Boze Narodzenie
Portugal: Feliz Natal
■Romeno – Sarbatori Fericite, Sarbatori vesele
■Sueco – God Jul
Rússia: Pozdrevlyayu s prazdnikom Rozhdestva is Novim Godom
Sérvia: Hristos se rodi
Eslováquia: Sretan Bozic ou Vesele vianoce
Tailândia: Sawadee Pee Mai
Turquia: Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun
Ucrânia: Srozhdestvom Kristovym
Vietname: Chung Mung Giang Sinh
Servo-Croata: Cestitamo Bozic
Coreano - Sung Tan Chuk Ha ou Sungtan Chukha
Dinamarquês - Glaedelig Jul
Eslovaco - Vesele Vianoce
Esloveno - Srecen Bozic
Filipino - Maligayang Pasko
Finlandês - Hauskaa Joulua
Gaélico (Irlanda) - Nollaig Shona dhuit
Georgiano - Gilotsavt Krist'es Shobas
Grego - Eftihismena Christougenna
Groenlandês - Glædelig Jul, Juullimi Ukiortaassamilu Pilluarit
Húngaro - Boldog Karácsonyt
Hebreu (Israel) - Mo'adim Lesimkha
Hindu (Índia) - Shub Christu Jayanti
Islandês - Gleðileg Jól
Letão - Priecigus ziemassvetkus ou Laimigu Jauno gadu
Lituano - Laimingu Kaledu
Macedónio - Streken Bozhik
Moldavo - Craciun fericit si un An Nou fericit
Neerlandês - Zalig Kerstfeest ou Prettige Kerstdagen
Nepalês - Krist Yesu Ko Shuva Janma Utsav Ko Upalaxhma Hardik Valthukkal Shuva
Norueguês - Gledelig Jul
Polaco - Boze Narodzenie
Samoês - Manuia Le Kirisimasi
Servo-croata - Sretan Bozic
Tailandês - Ewadee Pe-e Mai
Turco - Yeni yiliniz kutlu olsun
Ucraniano - Veseloho Vam Rizdva
Ugandês - Webale Krismasi
Vietnamita - Chuc mung Giang Sinh
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
FELIZ NATAL PARA TODOS VÓÓÓÓÓÓS!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Portugal visto de fora
Que isto esta mal, está! Que, como o Vital refere, se vão enterrar mais 500 milhões de euros pagos por todos nós no BPN - e que isso é um atentado à inteligência -, parece-me que também é verdade. Que os candidatos a presidente são tão excitantes como uma avozinha a fazer streap-tease, não tenho dúvidas! No entanto... é curioso que os vários estrangeiros que por cá vivem, e que tenho o prazer de conhecer, não têm assim uma visão tão pessimista do país.´Esta ideia sobre Portugal é bem patente nas palavras do embaixador britânico Alexander Wykeham Elli transmitidas na sua mensagem de Natal aos portugueses:
Portugueses: 2010 tem sido um ano difícil para muitos; incerteza, mudanças, ansiedade sobre o futuro. O espírito do momento e de pessimismo, não de alegria. Mas o ânimo certo para entrar na época natalícia deve ser diferente. Por isso permitam-me, em vésperas da minha partida pela segunda vez deste pequeno jardim, eleger dez coisas que espero bem que nunca mudem em Portugal.
9:55 Segunda feira, 20 de Dezembro de 2010
1. A ligação intergeracional. Portugal é um país em que os jovens e os velhos conversam - normalmente dentro do contexto familiar. O estatuto de avô é altíssimo na sociedade portuguesa - e ainda bem. Os portugueses respeitam a primeira e a terceira idade, para o benefício de todos.
2. O lugar central da comida na vida diária. O almoço conta - não uma sandes comida com pressa e mal digerida, mas uma sopa, um prato quente etc, tudo comido à mesa e em companhia. Também aqui se reforça uma ligação com a família.
3. A variedade da paisagem. Não conheço outro pais onde seja possível ver tanta coisa num dia só, desde a imponência do rio Douro até à beleza das planícies do Alentejo, passando pelos planaltos e pela serra da Beira Interior.
4. A tolerância. Nunca vivi num país que aceita tão bem os estrangeiros. Não é por acaso que Portugal é considerado um dos países mais abertos aos emigrantes pelo estudo internacional MIPEX.
5. O café e os cafés. Os lugares são simples, acolhedores e agradáveis; a bebida é um pequeno prazer diário, especialmente quando acompanhado por um pastel de nata quente.
6. A inocência. É difícil descrever esta ideia em poucas palavras sem parecer paternalista; mas vi no meu primeiro fim de semana em Portugal, numa festa popular em Vila Real, adolescentes a dançar danças tradicionais com uma alegria e abertura que têm, na sua raiz, uma certa inocência.
7. Um profundo espírito de independência. Olhando para o mapa ibérico parece estranho que Portugal continue a ser um país independente. Mas é e não é por acaso. No fundo de cada português há um espírito profundamente autónomo e independentista.
8. As mulheres. O Adido de Defesa na Embaixada há quinze anos deu-me um conselho precioso: "Jovem, se quiser uma coisa para ser mesmo bem feita neste país, dê a tarefa a uma mulher". Concordei tanto que me casei com uma portuguesa.
9. A curiosidade sobre, e o conhecimento, do mundo. A influência de "lá" é evidente cá, na comida, nas artes, nos nomes. Portugal é um pais ligado, e que quer continuar ligado, aos outros continentes do mundo.
10. Que o dinheiro não é a coisa mais importante no mundo. As coisas boas de Portugal não são caras. Antes pelo contrário: não há nada melhor do que sair da praia ao fim da tarde e comer um peixe grelhado, acompanhado por um simples copo de vinho.
Então, terminaremos a contemplação do país não com miséria, mas com brindes e abraços. Feliz Natal.
Duas notas e uma lista
São precisos mais 500 milhões de euros para aguentar o BPN. Mas aguentar o quê? Não seria mais sensato utilizar esses 500 milhões para pagar o despedimento dos 1700 trabalhadores do banco? Nacionalizado em Novembro de 2008, o BPN continua a funcionar com capitais negativos (activos tóxicos) no valor de 1,9 mil milhões de euros. Perdeu mais de 60% dos clientes. E vai perder mais. E os administradores que a Caixa Geral de Depósitos lá pôs parece que andam a brincar com o dinheiro dos contribuintes. Há pelo menos vinte quadros, entre ex-administradores e directores do BPN, «que recebem o salário mas não estão a trabalhar desde meados de 2008.» (v. Expresso, 18-12-2010) Terá sido para isso que a CGD lá meteu 4,8 mil milhões de euros?
Mesmo ao desbarato, ou seja, por 180 milhões de euros, ninguém quis comprar o BPN. O Montepio, o BIC e o Barclays franziram o nariz ao caderno de encargos.
Talvez por um euro. E mesmo assim...
Vai ser um banco sem clientes, mas com dinheiro. O nosso.
PRESIDENTE? QUAL PRESIDENTE?
Já repararam no friso dos candidatos presidenciais? É por isto que estamos como estamos. São estes os melhores portugueses? Ora vou ali e já volto! Ou melhor, se for, não volto.
A cada nova charla na televisão aumenta o desprezo universal. O presidente da AMI estarreceu o país com o episódio das crianças famintas disputando pão do bico das galinhas, saga Feira de Custóias em versão neo-realista que talvez lhe garanta o 4.º lugar. Manuel Alegre, lui-même, invoca a doutrina social da Igreja. A propósito: que é feito dos cem escritores e intelectuais de fino recorte que andaram com ele ao colo em 2006? E a Cavaco, esse intelectual, resta o quê, se 70% ou 80% dos eleitores mandarem as eleições às malvas? Ser o presidente de 20 ou 30% dos eleitores?
Tristeza...
Os deputados deviam aproveitar o processo de revisão constitucional em curso para impor o mandato presidencial único e nem sequer dilatando a vigência do cargo dos actuais cinco para sete anos.
Aqui ficam as minhas escolhas de 2010. É tarde, mais ainda dá para oferecer como prenda de Natal. Quinze títulos de ficção, poesia, ensaio, diarística e história:
Um Tratado Sobre os Nossos Actuais Descontentamentos
Tony Judt, Trad Marcelo Felix, Edições 70
A Alma Conservadora
Andrew Sullivan, Trad Miguel de Castro Henriques, Quetzal
A Mecânica da Ficção
James Wood, Trad Rogério Casanova, Quetzal
A Viagem dos Inocentes
Mark Twain, Trad Margarida Vale de Gato, Tinta da China
Cem Poemas
Emily Dickinson, Trad Ana Luísa Amaral, Relógio d’Água
As Aventuras de Augie March
Saul Bellow, Trad Salvato Telles de Menezes, Quetzal
O Cairo Novo
Naguib Mahfouz, Trad Badr Hassanein, Civilização
Ascensão e Queda do Comunismo
Archie Brown, Trad não indicado, Dom Quixote
Da Tragédia à Farsa
Slavoj Zizek, Trad Miguel Serras Pereira, Relógio d’Água
Renascer
Susan Sontag, Trad Nuno Guerreiro Josué, Quetzal
O Apogeu de Miss Jean Brodie
Muriel Spark, Trad Margarida Periquito, Ahab
A Traição de Rita Hayworth
Manuel Puig, Trad Cláudia Clemente, Ulisseia
Matteo Perdeu o Emprego
Gonçalo M. Tavares, Porto Editora
O Corpo em Pessoa
Anna M. Klobucka e Mark Sabine (eds.), Trad Humberto Brito, Assírio & Alvim.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Directamente da minha caixa de correio
A primeira consiste num imaginativo vídeo musical da autoria do grupo franco-americano "Hold your horses" que coloca os membros do grupo em muitos dos mais célebres quadros dos últimos séculos (A Última Ceia, Rapariga com Brinco de Pérola, O Grito, Auto-retrato, Marilyn Monroe, Nascimento de Vénus,...). Divertido e imaginativo.
A segunda é da autoria do grupo de humoristas Axis of Awesome (Austrália) que provam, na base da galhofa, que quase todos os sucessos da música pop têm os mesmos quatro acordes musicais. Com a mesma sequência deles, cantaram Beatles, Michael Jackson, U2, Lady Gaga, Bob Marley... O vídeo já teve 4 milhões e meio de visualizações....vale a pena ver!
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Chrome for a Cause: navegue e faça caridade
Para fazer a "boa acção", basta instalar um complemento, que pode ser descarregado aqui. Um discreto contador será mostrado logo ao lado da onmibox, a barra de endereços do Chrome, onde os ícones das extensões geralmente são exibidos. A cada nova guia aberta o contador sobe, e mais dinheiro vai para a caridade.
São cinco as instituições beneficiadas, que podem ser vistas nesta página. Ainda pode espalhar a notícia em redes sociais e escolher para qual instituição pretende doar.
A Google deixa claro que o limite de doações é de apenas (!!!) 1 milhão de dólares.
Se pretende participar, seja rápido: a campanha termina no próximo domingo, dia 19.
Fonte: http://www.guiadopc.com.br/
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Consumo imediato....
Serve esta história para ilustrar aquilo que penso acerca do (estúpido) frenesim em que vivemos, bem exemplificado, aliás, na reacção da maioria dos leitores do blogue perante publicações que exijam mais que 2 ou 3 minutos de atenção:
Felipe lembrou-se da história do Rei do Oriente que, desejando conhecer a história da humanidade, recebeu de um sábio cinco volumes; ocupado com negócios de Estado, pediu-lhe que a condensasse. Ao cabo de uns anos, o sábio voltou e a sua história ocupava agora apenas dois volumes; mas o rei, continuando ocupado e já sem paciência para ler livros volumosos, pediu-lhe que a fosse abreviar mais uma vez. Passaram-se de novo uns anos, e o sábio, velho e enfraquecido, trouxe um único e fino volume com os conhecimentos que o rei procurara; este, porém, estava deitado no seu leito de morte, nem tinha mais tempo de ler sequer aquilo. Aí o sábio, de súbito inspirado na vida do próprio Rei, deu-lhe a história da humanidade numa única linha: “Nasceram, sofreram, morreram”.
“A Servidão Humana”, Somerset Maughm (Adaptação livre)
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Sonhos e renúncias
Tudo isto vem a propósito de (mais) um excelente projecto realizado por Yann Arthus-Bertrand "6 billion others", um conhecido fotógrafo francês recentemente convertido ao vídeo.
Neste excerto podemos ver o testemunho pungente de seres humanos dos mais variados pontos do planeta falando dos seus sonhos, esperanças e renúncias. Diferentes expressões, línguas, culturas, carácteres... numa miríade de variáveis que tornam a nossa espécie tão fascinante. Um documentário absolutamente imperdível!
Ver o projecto aqui
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Bach, Álvaro de Campos, Pessoa,...uma outra e outra vez
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjectividade objectiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um eléctrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espectáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espectáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir...
Sim, o porvir...
L´homme, ce bon remede. in Notas do Facebbok da minha prima Cristina Chaves a viver com a família em Bruxelas.
DOSAGE ET POSOLOGIE
L’homme peut être utilisé facilement deux ou trois fois par semaine et même plus. Si les symptômes ne disparaissent pas rapidement, la dose peut-être augmentée à volonté.
L’homme peut aussi être utilisé de manière externe ou interne selon les besoins.
PRÉSENTATION
L’homme est offert en plusieurs formats destinés à répondre aux différents besoins et goûts : Mini, Midi, Maxi et même Méga.
PRÉCAUTIONS IMPORTANTES
Conserver l’homme hors de portée des amies, soeurs, voisines, collègues et autres personnes souriantes et bien intentionnées qui peuvent endommager le produit.
Manipuler avec soin : l’homme explose facilement sous la pression, en particulier en association avec l'alcool. Il est également déconseillé de l'utiliser immédiatement après les repas.
EFFETS SECONDAIRES
L'utilisation inappropriée de l'homme peut entraîner la grossesse ou un excès de jalousie. L'utilisation concomitante d’autres produits de la même espèce peut aussi provoquer des vertiges, de la fatigue chronique et, dans les cas extrêmes, des crises de nerfs.
L'utilisation excessive de l’homme peut par ailleurs produire des douleurs dans les hanches ou l’abdomen, des entorses, des raideurs musculaires, des blessures de divers types et des sensations de brûlures dans la région pelvienne.
DATE D’EXPIRATION
Le numéro de lot et la date de fabrication apparaissent sur la carte d'identité et la carte de crédit.
Notez que l’homme existe sur le marché en plusieurs marques de contrefaçon dont l'effet est totalement opposé, c'est-à-dire qu'en plus de ne pas être efficace dans le traitement, il aggrave les symptômes et empire la situation.
INSTRUCTIONS GÉNÉRALES
Lors de l'ouverture du paquet, dans tous les cas ne jamais afficher un air déçu. Cela va immédiatement influencer très négativement sa qualité et son efficacité. Un air très heureux, ébloui ou apeuré produit à chaque fois un impact très positif sur son bon fonctionnement.
Pour l’activer, le port d’un décolleté, une petite remarque suggestive, des petits bisous sur le cou ou de légers mouvements lascifs du buste du postérieur suffisent généralement.
Recharger les batteries trois fois par jour : déjeuner, dîner et souper. Plus que cela peut provoquer des effets indésirables tels le sommeil, l’épuisement, ou des troubles érectiles.
L’encourager souvent pour le garder en bon état.
GARANTIE
L’homme n'a pas de garantie. Tous les modèles sont sujets à des défauts d'usine comme critiquer, se plaindre, boire beaucoup, laisser des serviettes humides sur le lit et des chaussettes sales sous le lit, manger de l'ail et des oignons, oublier les dates d'anniversaire, ronfler. Il peut être avantageux de renouveler le modèle lorsque le fonctionnement est trop altéré.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Vamos ouvir jazz!
Porto
Objectivos:
-Promover e divulgar o Jazz junto da sociedade e dos músicos que o
praticam;
-Proporcionar ao público um acesso regular ao Jazz na região do Porto;
-Estabelecer pontos de convergência da comunidade de músicos;
-Promover iniciativas educacionais e de formação;
-Promover o intercâmbio entre músicos de diferentes nacionalidades;
-Incentivar a dinâmica intra-comunitária no sentido da criação de
projectos originais;
-Promover o enquadramento no mercado de trabalho dos profissionais
associados através de auto-iniciativa e funcionando como ponte entre
os associados e potenciais empregadores;
Membros dos Corpos Gerentes da associação:
Direcção: Luís Eurico Costa, João Pedro Brandão, Susana Santos Silva
Mesa da Assembleia Geral: Nuno Ferreira, Rui Teixeira, Zé Pedro
Coelho, António Pedro Neves, Hugo Raro
Conselho Fiscal: Paulo Perfeito, João Paulo Rosado, Marcos Cavaleiro
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Neve sobre a Serra
Sugestão: Abrir o tube enquanto se observam as imagens...
Serra da Freita, 3/12/2010
Cinco "pontes" e quatro fins-de-semana prolongados
domingo, 5 de dezembro de 2010
Mais respeito que sou tua mãe!
Ontem fui ver teatro ao Rivoli. A sala esteve cheia de um público heterogéneo sobressaindo mulheres de pose afectada enfiadas em casacos de peles, aqui e ali atraiçoadas pelos pontapés na gramática e pelo sotaque nortenho: - Há-des ver que eu tenho razom - e outras coisas do género (não suporto esta burguesia bacoca que ostenta ares de grande importância!).
Foi um serão apesar de tudo agradável, pontuado pela actuação do Joaquim Monchique muito acima da restante comitiva que caiu num registo demasiado revisteiro. A peça teve momentos conseguidos embora resvalasse demasiadas vezes para a piada fácil. O público aderiu mal surgiram as pilas e os cagalhões nas falas dos actores. Risos histéricos pulularam amiúde pela plateia. No entanto… que saudades da “Conversa da treta”!
No final o elenco teve direito, como é de bom tom, a uma ovação com a plateia toda de pé. Foi agradável e bem disposto, sim. Mas mais nada para além disso.
Outono vestido de Inverno
... e um longo e salutar passeio com o Óscar, pelos meandros da Natureza branca.
(Serra da Freita, 03-12-2010)
EU
Eu, eu mesmo...
Eu, cheio de todos os cansaços
Quantos o mundo pode dar. -
Eu...
Afinal tudo, porque tudo é eu,
E até as estrelas, ao que parece,
Me saíram da algibeira para deslumbrar crianças...
Que crianças não sei...
Eu...
Imperfeito? Incógnito? Divino?
Não sei...
Eu...
Tive um passado? Sem dúvida...
Tenho um presente? Sem dúvida...
Terei um futuro? Sem dúvida...
A vida que pare de aqui a pouco...
Mas eu, eu...
Eu sou eu,
Eu fico eu,
Eu...
Álvaro de Campos
sábado, 4 de dezembro de 2010
Música Vaginal
Uma "artista" surpreendeu a plateia que assistia e o resto do mundo ao usar o órgão genital para transmitir a sua musicalidade. Nada pornográfico. Apenas bizarro e inédito. Veja.Há pessoas que se exprimem através da escrita. Outras preferem as artes plásticas ou a pintura. Muitos gostam de transmitir o que lhes vai na alma através da música. E é neste último grupo, dos músicos, que se inscreve o nome de "Amy G". Amy tornou-se famosa pelo vídeo em que aparece a "tocar" da melhor forma que sabe. Não se sabe se o "G" que ostenta no nome terá alguma conotação sexual, mas o efeito sonoro que o órgão da senhora consegue reproduzir é no mínimo curioso.
Ou seja, Amy faz melhor playback com a vagina do que Dina com a boca. Mas em boa verdade se diga que a comparação é fraca, até porque não faço ideia do que a artista Dina é capaz de fazer em termos musicais sem ser na forma tradicional - a cantar com a boca e a tocar viola com as mãos.
Posto isto, e antes de passarmos ao vídeo, devo dizer que sou a favor da livre transmissão da musicalidade da forma que cada um quiser e pelos orifícios que entender, desde que no processo criativo não fira a sensibilidade alheia. Ou as narinas.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
As 83 melhores primeiras frases...
1. Call me Ishmael. - Herman Melville, Moby-Dick (1851)
2. It is a truth universally acknowledged, that a single man in possession of a good fortune, must be in want of a wife. - Jane Austen, Pride and Prejudice (1813)
3. A screaming comes across the sky. - Thomas Pynchon, Gravity's Rainbow (1973)
4. Many years later, as he faced the firing squad, Colonel Aureliano Buendía was to remember that distant afternoon when his father took him to discover ice. - Gabriel García Márquez, One Hundred Years of Solitude (1967; trans. Gregory Rabassa)
5. Lolita, light of my life, fire of my loins. - Vladimir Nabokov, Lolita (1955)
6. Happy families are all alike; every unhappy family is unhappy in its own way. - Leo Tolstoy, Anna Karenina (1877; trans. Constance Garnett)
7. It was a bright cold day in April, and the clocks were striking thirteen. - George Orwell, 1984 (1949)
8. It was the best of times, it was the worst of times, it was the age of wisdom, it was the age of foolishness, it was the epoch of belief, it was the epoch of incredulity, it was the season of Light, it was the season of Darkness, it was the spring of hope, it was the winter of despair. - Charles Dickens, A Tale of Two Cities (1859)
9. I am an invisible man. - Ralph Ellison, Invisible Man (1952)
10. The Miss Lonelyhearts of the New York Post-Dispatch (Are you in trouble?Do-you-need-advice?Write-to-Miss-Lonelyhearts-and-she-will-help-you) sat at his desk and stared at a piece of white cardboard. - Nathanael West, Miss Lonelyhearts (1933)
11. You don't know about me without you have read a book by the name of The Adventures of Tom Sawyer; but that ain't no matter. Mark Twain, Adventures of Huckleberry Finn (1885)
12. Someone must have slandered Josef K., for one morning, without having done anything truly wrong, he was arrested. Franz Kafka, The Trial (1925; trans. Breon Mitchell)
13. You are about to begin reading Italo Calvino's new novel, If on a winter's night a traveler. Italo Calvino, If on a winter's night a traveler (1979; trans. William Weaver)
14. The sun shone, having no alternative, on the nothing new. Samuel Beckett, Murphy (1938)
15. If you really want to hear about it, the first thing you'll probably want to know is where I was born, and what my lousy childhood was like, and how my parents were occupied and all before they had me, and all that David Copperfield kind of crap, but I don't feel like going into it, if you want to know the truth. - J. D. Salinger, The Catcher in the Rye (1951)
16. Once upon a time and a very good time it was there was a moocow coming down along the road and this moocow that was coming down along the road met a nicens little boy named baby tuckoo. - James Joyce, A Portrait of the Artist as a Young Man (1916)
17. This is the saddest story I have ever heard. - Ford Madox Ford, The Good Soldier (1915)
18. Whether I shall turn out to be the hero of my own life, or whether that station will be held by anybody else, these pages must show. - Charles Dickens, David Copperfield (1850)
19. Stately, plump Buck Mulligan came from the stairhead, bearing a bowl of lather on which a mirror and a razor lay crossed. - James Joyce, Ulysses (1922)
20. One summer afternoon Mrs. Oedipa Maas came home from a Tupperware party whose hostess had put perhaps too much kirsch in the fondue to find that she, Oedipa, had been named executor, or she supposed executrix, of the estate of one Pierce Inverarity, a California real estate mogul who had once lost two million dollars in his spare time but still had assets numerous and tangled enough to make the job of sorting it all out more than honorary. - Thomas Pynchon, The Crying of Lot 49 (1966)
21. It was a wrong number that started it, the telephone ringing three times in the dead of night, and the voice on the other end asking for someone he was not. - Paul Auster, City of Glass (1985)
22. Through the fence, between the curling flower spaces, I could see them hitting. - William Faulkner, The Sound and the Fury (1929)
23. Somewhere in la Mancha, in a place whose name I do not care to remember, a gentleman lived not long ago, one of those who has a lance and ancient shield on a shelf and keeps a skinny nag and a greyhound for racing. - Miguel de Cervantes, Don Quixote (1605; trans. Edith Grossman)
24. Mother died today. - Albert Camus, The Stranger (1942; trans. Stuart Gilbert)
25. Every summer Lin Kong returned to Goose Village to divorce his wife, Shuyu. - Ha Jin, Waiting (1999)
26. The sky above the port was the color of television, tuned to a dead channel. - William Gibson, Neuromancer (1984)
27. I am a sick man . . . I am a spiteful man. - Fyodor Dostoyevsky, Notes from Underground (1864; trans. Michael R. Katz)
28. Where now? Who now? When now? - Samuel Beckett, The Unnamable (1953; trans. Patrick Bowles)
29. Once an angry man dragged his father along the ground through his own orchard. "Stop!" cried the groaning old man at last, "Stop! I did not drag my father beyond this tree." - Gertrude Stein, The Making of Americans (1925)
30. In a sense, I am Jacob Horner. - John Barth, The End of the Road (1958)
31. Money . . . in a voice that rustled. - William Gaddis, J R (1975)
32. Mrs. Dalloway said she would buy the flowers herself. - Virginia Woolf, Mrs. Dalloway (1925)
33. All this happened, more or less. - Kurt Vonnegut, Slaughterhouse-Five (1969)
34. They shoot the white girl first. - Toni Morrison, Paradise (1998)
35. For a long time, I went to bed early. - Marcel Proust, Swann's Way (1913; trans. Lydia Davis)
36. The moment one learns English, complications set in. - Felipe Alfau, Chromos (1990)
37. Dr. Weiss, at forty, knew that her life had been ruined by literature. - Anita Brookner, The Debut (1981)
38. Ships at a distance have every man's wish on board. - Zora Neale Hurston, Their Eyes Were Watching God (1937)
39. I had the story, bit by bit, from various people, and, as generally happens in such cases, each time it was a different story. - Edith Wharton, Ethan Frome (1911)
40. There was a boy called Eustace Clarence Scrubb, and he almost deserved it. - C. S. Lewis, The Voyage of the Dawn Treader (1952)
41. He was an old man who fished alone in a skiff in the Gulf Stream and he had gone eighty-four days now without taking a fish. - Ernest Hemingway, The Old Man and the Sea (1952)
42. It was the day my grandmother exploded. - Iain M. Banks, The Crow Road (1992)
43. I was born twice: first, as a baby girl, on a remarkably smogless Detroit day in January of 1960; and then again, as a teenage boy, in an emergency room near Petoskey, Michigan, in August of 1974. - Jeffrey Eugenides, Middlesex (2002)
44. Elmer Gantry was drunk. - Sinclair Lewis, Elmer Gantry (1927)
45. We started dying before the snow, and like the snow, we continued to fall. - Louise Erdrich, Tracks (1988)
46. It was a pleasure to burn. - Ray Bradbury, Fahrenheit 451 (1953)
47. A story has no beginning or end; arbitrarily one chooses that moment of experience from which to look back or from which to look ahead. - Graham Greene, The End of the Affair (1951)
48. Having placed in my mouth sufficient bread for three minutes' chewing, I withdrew my powers of sensual perception and retired into the privacy of my mind, my eyes and face assuming a vacant and preoccupied expression. - Flann O'Brien, At Swim-Two-Birds (1939)
49. I was born in the Year 1632, in the City of York, of a good Family, tho' not of that Country, my Father being a Foreigner of Bremen, who settled first at Hull; He got a good Estate by Merchandise, and leaving off his Trade, lived afterward at York, from whence he had married my Mother, whose Relations were named Robinson, a very good Family in that Country, and from whom I was called Robinson Kreutznaer; but by the usual Corruption of Words in England, we are now called, nay we call our selves, and write our Name Crusoe, and so my Companions always call'd me. - Daniel Defoe, Robinson Crusoe (1719)
50. In the beginning, sometimes I left messages in the street. - David Markson, Wittgenstein's Mistress (1988)
51. Miss Brooke had that kind of beauty which seems to be thrown into relief by poor dress. - George Eliot, Middlemarch (1872)
52. It was love at first sight. - Joseph Heller, Catch-22 (1961)
53. I have never begun a novel with more misgiving. - W. Somerset Maugham, The Razor's Edge (1944)
54. Once upon a time, there was a woman who discovered she had turned into the wrong person. - Anne Tyler, Back When We Were Grownups (2001)
55. In my younger and more vulnerable years my father gave me some advice that I've been turning over in my mind ever since. - F. Scott Fitzgerald, The Great Gatsby (1925)
56. You better not never tell nobody but God. - Alice Walker, The Color Purple (1982)
57. "To be born again," sang Gibreel Farishta tumbling from the heavens, "first you have to die." - Salman Rushdie, The Satanic Verses (1988)
58. It was a queer, sultry summer, the summer they electrocuted the Rosenbergs, and I didn't know what I was doing in New York. - Sylvia Plath, The Bell Jar (1963)
59. Most really pretty girls have pretty ugly feet, and so does Mindy Metalman, Lenore notices, all of a sudden. - David Foster Wallace, The Broom of the System (1987)
60. If I am out of my mind, it's all right with me, thought Moses Herzog. - Saul Bellow, Herzog (1964)
61. Granted: I am an inmate of a mental hospital; my keeper is watching me, he never lets me out of his sight; there's a peephole in the door, and my keeper's eye is the shade of brown that can never see through a blue-eyed type like me. - Gnter Grass, The Tin Drum (1959; trans. Ralph Manheim)
62. When Dick Gibson was a little boy he was not Dick Gibson. - Stanley Elkin, The Dick Gibson Show (1971)
63. In the late summer of that year we lived in a house in a village that looked across the river and the plain to the mountains. - Ernest Hemingway, A Farewell to Arms (1929)
64. "Take my camel, dear," said my Aunt Dot, as she climbed down from this animal on her return from High Mass. - Rose Macaulay, The Towers of Trebizond (1956)
65. He was an inch, perhaps two, under six feet, powerfully built, and he advanced straight at you with a slight stoop of the shoulders, head forward, and a fixed from-under stare which made you think of a charging bull. - Joseph Conrad, Lord Jim (1900)
66. The past is a foreign country; they do things differently there. - L. P. Hartley, The Go-Between (1953)
67. Justice? - You get justice in the next world, in this world you have the law. - William Gaddis, A Frolic of His Own (1994)
68. Vaughan died yesterday in his last car-crash. - J. G. Ballard, Crash (1973)
69. I write this sitting in the kitchen sink. - Dodie Smith, I Capture the Castle (1948)
70. It was just noon that Sunday morning when the sheriff reached the jail with Lucas Beauchamp though the whole town (the whole county too for that matter) had known since the night before that Lucas had killed a white man. - William Faulkner, Intruder in the Dust (1948)
71. I, Tiberius Claudius Drusus Nero Germanicus This-that-and-the-other (for I shall not trouble you yet with all my titles) who was once, and not so long ago either, known to my friends and relatives and associates as "Claudius the Idiot," or "That Claudius," or "Claudius the Stammerer," or "Clau-Clau-Claudius" or at best as "Poor Uncle Claudius," am now about to write this strange history of my life; starting from my earliest childhood and continuing year by year until I reach the fateful point of change where, some eight years ago, at the age of fifty-one, I suddenly found myself caught in what I may call the "golden predicament" from which I have never since become disentangled. - Robert Graves, I, Claudius (1934)
72. Of all the things that drive men to sea, the most common disaster, I've come to learn, is women. - Charles Johnson, Middle Passage (1990)
73. I am an American, Chicago born - Chicago, that somber city and go at things as I have taught myself, free-style, and will make the record in my own way: first to knock, first admitted; sometimes an innocent knock, sometimes a not so innocent. - Saul Bellow, The Adventures of Augie March (1953)
74. The towers of Zenith aspired above the morning mist; austere towers of steel and cement and limestone, sturdy as cliffs and delicate as silver rods. - Sinclair Lewis, Babbitt (1922)
75. I will tell you in a few words who I am: lover of the hummingbird that darts to the flower beyond the rotted sill where my feet are propped; lover of bright needlepoint and the bright stitching fingers of humorless old ladies bent to their sweet and infamous designs; lover of parasols made from the same puffy stuff as a young girl's underdrawers; still lover of that small naval boat which somehow survived the distressing years of my life between her decks or in her pilothouse; and also lover of poor dear black Sonny, my mess boy, fellow victim and confidant, and of my wife and child. But most of all, lover of my harmless and sanguine self. - John Hawkes, Second Skin (1964)
76. He was born with a gift of laughter and a sense that the world was mad. - Raphael Sabatini, Scaramouche (1921)
77. Psychics can see the color of time it's blue. - Ronald Sukenick, Blown Away (1986)
78. In the town, there were two mutes and they were always together. - Carson McCullers, The Heart is a Lonely Hunter (1940)
79. Time is not a line but a dimension, like the dimensions of space. - Margaret Atwood, Cat's Eye (1988)
80. He - for there could be no doubt of his sex, though the fashion of the time did something to disguise it - was in the act of slicing at the head of a Moor which swung from the rafters. - Virginia Woolf, Orlando (1928)
81. High, high above the North Pole, on the first day of 1969, two professors of English Literature approached each other at a combined velocity of 1200 miles per hour. - David Lodge, Changing Places (1975)
82. They say when trouble comes close ranks, and so the white people did. - Jean Rhys, Wide Sargasso Sea (1966)
83. The cold passed reluctantly from the earth, and the retiring fogs revealed an army stretched out on the hills, resting. - Stephen Crane, The Red Badge of Courage (1895).
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Melody Gardot
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Fernando Pessoa
Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Quem não tem cão...
Livros de fotografias de autor abundam, agora que se aproxima o Natal, pelos escaparates das livrarias. É claro que não perco a oportunidade de (re)ver imagens que tornam esta forma de expressão tão especial. Algumas arrasam pela sua beleza, subtileza, ou pelo impacto da mensagem que transmitem. É o caso da obra "Personal Best" do fenomenal Elliott Erwitt (que poderão espreitar aqui) ou da não menos magnífica "In the Shadow of Mountains" de Steve McCurry sobre o qual poderão ver isto.
Serve como consolação pessoal (que não consola nada) aquele comentariozito desdenhoso "pois, se eu pudesse ir fotografar àquelas paragens...".
Isto tudo vem a propósito daquele sítio exótico e desconhecido onde o Hagarra, o Deibaidei e eu próprio fizemos a última sessão fotográfica: a Foz (Porto)!
domingo, 28 de novembro de 2010
PIROSO ?
O que significa piroso ?
Gosto popular ?
Apenas em algumas situações, e com algumas pessoas tenho a coragem de classificar algo como piroso.
Na prática, não sou mais do que um convencido que está acima da populaça e que escarna de algo simples e popular.
Tenho de me emendar.
Assim, pela segunda vez neste blog, apresento aquele post que poderia considerar ser "o mais piroso" que alguma vez existiu.
Convido os eventuais visitantes deste blog a provarem que não são feitos de ideias preconcebidas.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Górecki, 1933-2010
O compositor polaco, Henryk Górecki morreu no passado dia 12, em Katowice aos 76 anos, depois de vários anos a lidar com um frágil estado de saúde. O seu trabalho, seguido com admiração junto dos meios melómanos, onde foi reconhecido como um dos mais originais compositores do seu tempo, ganhou reputação junto do grande público com uma gravação da sua Sinfonia nº3, a chamada "Sinfonia das Canções Tristes", ou «das Lamentações» e cuja gravação com a Sinfonieta de Londres e a mezzo soprano Dawn Upshaw valeu em 1991 mais de um milhão de exemplares vendidos.
Nascido em Czernica, na Silésia, a 6 de Dezembro de 1933, Górecki, filho de músicos amadores, tornar-se-ia uma figura fulcral do renascimento da música polaca do pós-Guerra. Apesar do seu precoce interesse em música, Górecki só iniciaria uma verdadeira formação musical aos 19 anos, quando venceu a oposição inicial do pai e da madrasta (a mãe morrera quando tinha dois anos de idade). A sua férrea dedicação, contudo, levou a que completasse em apenas três anos o curso de quatro onde estudou violino, o seu primeiro instrumento, clarinete, piano e teoria musical. Completaria a sua formação na Academia Musical de Katowice, onde se graduou com distinção em 1960.
Católico devoto, procuraria incutir na sua música um sentido espiritual profundo, que atingirá o auge na sua obra mais conhecida, a Sinfonia nº3, construída sobre que um lamento de século XV, as palavras que uma adolescente escreveu nas paredes de uma prisão polaca da Gestapo e uma história do folclore da Silésia, em que uma mãe chora o filho perdido na guerra. Conhecida como "Sinfonia das Canções Tristes", tornaria Górecky um caso raro de sucesso, ainda que o milhão de discos vendidos em 1992 não tenha gerado interesse no restante da sua obra.
No vídeo acima, a soprano canta no segundo movimento um texto da pequena oração escrita por Helena Wanda Błażusiakówna, uma jovem polaca de 18 anos, em 1944, nas paredes de um cela da Gestapo, em Zakopane, na noite anterior à sua execução.
Mamo, nie płacz nie, nie
Niebios Przeczysta Królowo
Ty zawsze wspieraj mnie
Zdrowaś Mario
Mãe, não, não chores,
Casta Rainha dos Céus,
Guarda-me sempre.
Avé Maria.
Comparado a compositores como Olivier Messiaen ou Arvo Pärt pela estrutura musical, pelo temperamento romântico e pelos temas religiosos, Górecky foi também um professor marcante. Não só pela protecção da Academia de Katowice, onde começou a ensinar em 1968, mas também pela sua lendária exigência. Ele que abandonou o seu cargo na Academia em 1979, em protesto pela recusa do regime em acolher uma visita a Katowice do então Papa João Paulo II, costumava reservar um conselho aos seus alunos": Se conseguem viver sem música durante dois ou três dias, então não componham - talvez seja melhor passarem algum tempo com uma rapariga ou à volta de uma cerveja".
Teve noção da importância da sua Sinfonia nº 3 quando disse «talvez as pessoas encontrem algo que necessitam nesta peça de música[...]. De algum modo acertei na nota, foi algo que tinham em falta. Alguma coisa em algum lugar tinham perdido. Senti instintivamente que sabia o que eles queriam».
A obra é dedicada à sua mulher, Jadwiga Ruranska. Quando lhe perguntaram porquê, respondeu: «A quem seria suposto que a devesse dedicar?».
Nota: Peço desculpa por ter cortado esta obra-prima já que o segundo andamento dura mais de nove minutos. É uma obra fundamental em qualquer discoteca pessoal e já agora com a gravação da Sinfonietta de Londres e Dawn Upshaw. Agora, por favor, e parafraseando um crítico, não ponham esta obra-prima como música de fundo acompanhando o brie e o vosso melhor chardonnay.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Encontro Monami (continuação)
“Pescador Puxando o Barco para o Mar” - João Reis
Coordenadas (I shall say this only once!):
Local: Casa do Pescador - Rua Vasco da Gama 18 - Afurada
Hora da operação: oito e meia.
Nota aos absentistas: deixem lá, só vão perder umas pataniscas, mexilhões com molho verde, camarão da costa e/ou perceves (entradas), caldeirada à pescador ou peixe da lota grelhado na brasa, e mais umas tantas coisitas ricas em colesterol e açúcar para contrabalançar o omega3... (afinal, coisa pouca!..).
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Olhem-me para estes... olhos...
Durante muito tempo fui muito criticado pela importância que dava ao corta-palha e aos cromados de uma bela cremalheira. Espero que tenham percebido.
Já agora, tal qual ela está, saíam com esta miúda?
The Genius of Photography
Curiosos os tempos que vivemos. Curiosos e perturbantes, mas isso é uma outra conversa.
Porta de entrada
Luz e Sombra
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Encontro Momani é já na sexta!
domingo, 21 de novembro de 2010
Os Barbixas - Improvável
sábado, 20 de novembro de 2010
Um dia especial
Hoje fui ao funeral do meu tio Xico Chaves.
Passaram-me pela memória os anos que convivemos, as muitas férias partilhadas, os jantares de animada conversa, os aniversários, os casamentos, os baptizados, passaram todos os momentos da vida já vivida.
Reconfortei o olhar pelas longínquas folhas de carvalhos, de lodãos, de aceres, de liquidambares que se avistavam da escadaria da igreja. Folhas vermelhas, amarelas, castanhas, tremeluzentes, na sua eminente queda outonal.
Foi um dia triste.
Nós, os que ficamos vivos, antecipamos aquele que será também o nosso dia.
Pelo menos, que haja folhas caindo...
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Para reflectir...
PRÉMIO NOBEL DA MEDICINA, o oncologista brasileiro Drauzio Varella:
"No mundo actual, investe-se cinco vezes mais em medicamentos para a virilidade masculina e silicones para as mulheres do que na cura do Alzheimer. Daqui a alguns anos, teremos velhas de mamas grandes e velhos com pénis duro, mas nenhum se recordará para que servem".