terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Avatar – Alucinante experiência 3D


Também eu fui ver o Avatar e devo dizer que concordo com a nomeação pela Academia para melhor: filme, direcção artística, fotografia, montagem, banda sonora original, edição sonora, som e efeitos visuais. Só não voto já porque não vi os outros nomeados mas sinto-me deveras tentado a votar pelo menos nas categorias de melhor filme, melhor banda sonora original e melhores efeitos visuais.

Algumas criticas do Vital são, quanto a mim, demasiado causticas e até – perdoa-me! – abusivas. Por exemplo a questão da língua: o planeta está a ser colonizado há já vários anos e entre outras coisas os colonizadores têm ensinado inglês às crianças Na’vi. Quanto ao “teleporte” eu não vi nenhum! O que vi foi uma ideia completamente nova e interessante de interagir com um ambiente real por meio de um corpo-avatar como se de um jogo de vídeo se tratasse. O avatar não foi teletransportado para o planeta Pandora, foi num Samson (helicóptero) com o resto da tripulação. Depois o avatar “liga-se” e “desliga-se” com a consciência do dono do avatar. Já na moda masculina do ano 2154, quem sabe eles não estão a viver uma moda retro. Além disso a moda masculina de pronto-a-vestir permanece hoje quase inalterável desde o século 18!

Comparar a destruição da Árvore da Vida à queda das Torres Gémeas parece-me desajustado e descabido. Abater uma árvore usando mísseis não é o mesmo que destruir um arranha-céus usando um avião cheio de gente. Já no que diz respeito às ilhas flutuantes admito que falta explicar a sua natureza mas eu diria que faz parte do mito. E também ninguém disse que os animais de Pandora não se devoram. A mim pareceu-me uma Natureza muito normal nesse sentido. Se Thanator não fosse caçador e carnívoro não teria atacado Jake.

Mas concordo plenamente na crítica em relação a Sigourney Weaver: fuma demais se calhar a fazer lembrar demasiado o “Alien”.
Quanto às inovações tecnológicas (apesar de ter gostado muito dos monitores transparentes, que se retiram da sua base na secretária e se levam connosco sem perderem a ligação), o A.M.P Suit não é novo e os Samson parecem-se demasiado com a guerra do Vietnam. Digamos que vai ser difícil superar a surpresa de Guerra das Estrelas.

Já os animais estão muito bem desenvolvidos e a flora luminescente, que reage ao toque com luz é extraordinária, bem como as conexões usadas para estabelecerem elos entre eles. Se o facto de os Na’vi terem apenas quatro dedos for uma homenagem a Walt Disney, então vou ser fã de James Cameron para sempre. É fantástico o tema da Árvore da Vida e das suas raízes; da Árvore da Almas e das suas sementes. Desculpa Vital mas eu acho que é precisamente deste material de que os sonhos são feitos!

Finalmente, se o Óscar disse: “Avatar é um filme poderoso, deslumbrante e visualmente revolucionário! A não perder. Palavra de Óscar!”, eu diria – alucinante experiência 3D.

3 comentários:

Vital disse...

Perante comentário de tal perito, nada a dizer. A obra encerrará virtualidades que me escapam. E também não em 3d.

©arloslemos disse...

Apenas uma coisa não está à altura deste deslumbramento: o argumento. A história base é por demais conhecida nas produções hollywoodescas que até fez de mim um vidente ao descrever a cena seguinte. O meu filho até me perguntou se eu já tinha visto o filme! De resto, um prazer visual e um hino ao imaginário sonhador.

Kmett N’Ojo disse...

Acho que talvez me tenha deixado levar pela emoção e exagerado quanto à banda sonora... uma nomeação não está mal mas um Óscar é demasiado!