quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A vida e o tempo



A expressão “tempo é dinheiro” tornou-se aceitável, mas na verdade não é. A obsessão pelo tempo enche-nos o dia no acto de contar, medir, pesar e reduzir valores não quantificáveis a outros que o sejam. Tudo o que parece calculável, rigoroso ou científico, de facto raramente o é, mas repercute-se num progressivo abandono do humano, limita a vida em largura e empobrece algo que, por natureza, não é renovável.

Sem compreendermos e defendermos que a vida própria é, em si, uma ocupação, uma tarefa que ninguém pode fazer por nós, não logramos sequer alcançar a liberdade de a viver, bem ou mal.

Protágoras

1 comentário:

K disse...

Óscar, és reconhecido pela fotografia, pela biologia, pela música, pela poesia e cada vez mais pela filosofia.
Gosto desta última faceta.