Não sei se estou a repetir-me, mas apresento a seguir uma das músicas da minha vida (e de quase todos nós). Morte em Veneza, de Visconti, e O Paciente Inglês, de Minghella, aproveitaram bem este momento triste e inspirado de Mahler.
Também podem optar pela interpretação de Karajan, Mehta ou Bernstein.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Apelo
Praia Boca-do-Rio (Salema)Estou farto desta porcaria do mau tempo. Sinto-me já cansado até aos ossos!..
Não consigo compreender como é que há gente, por exemplo a do Norte da Europa, que consegue sobreviver a um clima tão cinzento e deprimente.
Tirem-me deste filme! Levem-me daqui para fora!
Revival: os Creedence...
Os Creedence Clearwater Revival estão aqui por direito próprio e inteiro. São tão bons que hesitei na escolha da música (Suzie Q, I put a spell, Green River, etc, etc).
Foram uma banda que marcou gerações (estiveram no Woodstock) e deixaram sólida obra. Só o nome é todo um programa...
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Ted Chung: A Thousand Words
Mais uma novidade no monami6f: curtas-metragens. Esta, é uma história simples e muito bem contada. Verdadeira poesia urbana.
A Thousand Words from Ted Chung on Vimeo.
A Thousand Words from Ted Chung on Vimeo.
Cinema Paradiso
Se tivesse de escolher um dos cinco melhores filmes da História do Cinema, o "Cinema Paradiso" seria um dos meus eleitos. Porquê? Por várias razões tais como:
- É cinema Europeu.
- É de um grande realizador; Giuseppe Tornatore ( atenção ele não tem sómente este filme)
- É acompanhado por um dos melhores compositores para filmes; Ennio Morricone.
- O tema musical é uma verdadeira pérola.
- Direcção de actores fantástica.
- Fotografia fantástica, embora sem ser de lindos "postais"
- Philippe Noiret esteve excelente (como sempre)
- O miúdo (não me lembro do seu nome ) não tem palavras...
- ... e porque nós somos latinos, compreendemos muito melhor todas as nuances que o filme contém.
Um senão (para mim): A 2ª versão aumentada com a "resolução" da história não vem trazer nada a melhorar, pelo contrário.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
C'era una volta il West
Estes 10 minutos têm tudo: cinema, música, beleza, história, grandes actores, etc.
É do grande Sergio Leone e talvez o melhor western de sempre. Lembrei-me porque a música que aparece por volta do minuto nove é algo parecida com a que o Oscar aqui publicou ontem. A propósito Leone contava que toda a gente criticou a escolha de Fonda (um actor de olhos azuis do establishment moral e muito conhecido do público) para fazer o papel de bandido: «Não quero que se funda com o personagem, o que eu quero é que as pessoas pensem: raios, é o Henry Fonda!!!»
Obama escolhe assessor tuga!
Bem, é verdade que é um quarto secretário para uma tarefa obscura e burocrática qualquer, já que a administração americana tem mais de 50.000 funcionários directos, mas depois do rafeiro d'água e do fotográfo de quarta geração, eis que chega o assessor, David de seu nome, e é português ou aparentado ou algo assim.
Agora uma coisa é certa, com um tuga perto do poder, mesmo que em terceiro grau ou quarta geração, já sabemos como aquilo vai acabar...
Agora uma coisa é certa, com um tuga perto do poder, mesmo que em terceiro grau ou quarta geração, já sabemos como aquilo vai acabar...
Jean-Baptiste Monge: Viagem ao nosso imaginário infantil
A arte tem sido um tema publicado e debatido no nosso blog. Música, pintura, poesia, livros, cinema, fotografia,... fazem parte das etiquetas do monami6f, algumas das quais albergam um número assinalável de posts. Hoje vou propor um novo tema: a ilustração.
Jean-Baptiste Monge nasceu em Nantes, em 1971. É um ilustrador apaixonado pelo maravilhoso e pelo fantástico. A sua obra, povoada de dragões, duendes e outras criaturas que viajam directamente das histórias de infância, é de uma enorme beleza e transporta-nos ao mundo do sonho e da fantasia. Pessoalmente, fiquei fascinado com a elegância e a magia dos seus traços no exacto momento em que a NF me revelou o artista.
Eis, então, a porta de entrada para o mundo da fantasia: http://www.jbmonge.com/
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Sumi Jo: The Ninth Gate
Aqui vai mais música interpretada pela voz celestial de Sumi Jo. O tema publicado é a banda sonora do filme The Ninth Gate (Polanski) composto por Wojciech Kilar.
Regresso às origens
Este título é duplamente acertado: regresso às nossas origens (ancestrais) e às minhas em termos de formação académica e profissional, a Biologia.
É curioso - ainda há pouco tempo discutia este assunto com dois amigos - frequentemente acontecer que quando vamos publicar num blog nos afastamos dos temas que nos estão profissionalmente mais próximos e que, portanto, melhor dominamos. Talvez seja pelo facto de nos apetecer explorar outros mundos ou então porque sentimos uma maior responsabilidade pela qualidade e rigor daquilo que vamos publicar.
Sem deixar de continuar a mandar os meus bitaites sobre assuntos diversos, como a fotografia, a música, a literatura ou a política vou começar, a partir de hoje, e no ano em que se comemora o segundo centenário do nascimento de Darwin, a incluir posts da área das Ciências.
Eis o primeiro:
Toumai (“Esperança de vida” na língua Goran) é o hominídeo mais antigo descoberto até hoje (e que veio levantar alguma controvérsia ao nível da comunidade científica). O nome científico da espécie de Toumai é Sahelanthropus tchadensis, uma referência ao Deserto Dujarab, no Tchad, onde entre Julho de 2001 a Março de 2002 foram encontrados um crânio pequeno de 340-360 cm3 (o de um humano moderno tem em média 1350 cm3), cinco fragmentos de mandíbula e alguns dentes. Não há ossos do resto do esqueleto, mas o formato do forâmen maior, a abertura na base do crânio onde se encaixa a coluna vertebral, indica que Toumai era possivelmente bípede. Estes restos, encontrados por Adoum Mahamat, Djimdoumalbaye Ahounta, Gongdibé Fanone e Alain Beauvilain tem cerca de 7 milhões de anos de idade.
Para os mais interessados encontra-se disponível no youtube a versão integral do documentário.
Fazer busca a partir de Pre-Human: Riddle of The Toumai Skull
É curioso - ainda há pouco tempo discutia este assunto com dois amigos - frequentemente acontecer que quando vamos publicar num blog nos afastamos dos temas que nos estão profissionalmente mais próximos e que, portanto, melhor dominamos. Talvez seja pelo facto de nos apetecer explorar outros mundos ou então porque sentimos uma maior responsabilidade pela qualidade e rigor daquilo que vamos publicar.
Sem deixar de continuar a mandar os meus bitaites sobre assuntos diversos, como a fotografia, a música, a literatura ou a política vou começar, a partir de hoje, e no ano em que se comemora o segundo centenário do nascimento de Darwin, a incluir posts da área das Ciências.
Eis o primeiro:
Toumai (“Esperança de vida” na língua Goran) é o hominídeo mais antigo descoberto até hoje (e que veio levantar alguma controvérsia ao nível da comunidade científica). O nome científico da espécie de Toumai é Sahelanthropus tchadensis, uma referência ao Deserto Dujarab, no Tchad, onde entre Julho de 2001 a Março de 2002 foram encontrados um crânio pequeno de 340-360 cm3 (o de um humano moderno tem em média 1350 cm3), cinco fragmentos de mandíbula e alguns dentes. Não há ossos do resto do esqueleto, mas o formato do forâmen maior, a abertura na base do crânio onde se encaixa a coluna vertebral, indica que Toumai era possivelmente bípede. Estes restos, encontrados por Adoum Mahamat, Djimdoumalbaye Ahounta, Gongdibé Fanone e Alain Beauvilain tem cerca de 7 milhões de anos de idade.
Para os mais interessados encontra-se disponível no youtube a versão integral do documentário.
Fazer busca a partir de Pre-Human: Riddle of The Toumai Skull
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Do baú lá do sótão
Começa aqui e agora uma nova colecção «Do baú lá do sótão» onde vou desenterrar velhos êxitos de antanho, mas que entretanto se tornaram ou podiam tornar-se músicas sempiternas. Eis a primeira:
There is a house in New Orleans
They call the Rising Sun
And it's been the ruin of many a poor boy
And God I know I'm one
My mother was a tailor
She sewed my new bluejeans
My father was a gamblin' man
Down in New Orleans
Now the only thing a gambler needs
Is a suitcase and trunk
And the only time he's satisfied
Is when he's on a drunk
------ organ solo ------
Oh mother tell your children
Not to do what I have done
Spend your lives in sin and misery
In the House of the Rising Sun
Well, I got one foot on the platform
The other foot on the train
I'm goin' back to New Orleans
To wear that ball and chain
Well, there is a house in New Orleans
They call the Rising Sun
And it's been the ruin of many a poor boy
And God I know I'm one
Estes rapazes de Newcastle atingiram o primeiro lugar nos EUA antes dos Beatles. Esta música foi também gravada por Dylan e Nina Simone, mas foi com estes Animals que The House... entrou para o Olimpo. Nada mau para uma música sobre um bordel!
There is a house in New Orleans
They call the Rising Sun
And it's been the ruin of many a poor boy
And God I know I'm one
My mother was a tailor
She sewed my new bluejeans
My father was a gamblin' man
Down in New Orleans
Now the only thing a gambler needs
Is a suitcase and trunk
And the only time he's satisfied
Is when he's on a drunk
------ organ solo ------
Oh mother tell your children
Not to do what I have done
Spend your lives in sin and misery
In the House of the Rising Sun
Well, I got one foot on the platform
The other foot on the train
I'm goin' back to New Orleans
To wear that ball and chain
Well, there is a house in New Orleans
They call the Rising Sun
And it's been the ruin of many a poor boy
And God I know I'm one
Estes rapazes de Newcastle atingiram o primeiro lugar nos EUA antes dos Beatles. Esta música foi também gravada por Dylan e Nina Simone, mas foi com estes Animals que The House... entrou para o Olimpo. Nada mau para uma música sobre um bordel!
Um livro para cada domingo: «Alma»
Embora seja mais conhecido como político - com voz (cava) própria - e depois como poeta, não posso deixar de alertar os meus amigos para Manuel Alegre prosador. Refiro-me especificamente a essa pérola que é «Alma».
É uma novela autobiográfica, mas escrita com muita alma (cá está!) e que descreve com muita propriedade certos tiques e tipos da sociedade portuguesa até meados do século passado numa cidade de província (Águeda).
Além do mais, tem ironia e humor qb, lê-se de uma penada (é pequenino) e custa uma miséria (vi anteontem na Festa do Livro, no Palácio de Cristal por menos de 3 euros, salvo erro, perdão salvo euro.
A edição que li há uns anos tinha umas gralhitas sem importância que já devem ter sido corrigidas.
Podem arriscar com confiança. É um valor seguro.
É uma novela autobiográfica, mas escrita com muita alma (cá está!) e que descreve com muita propriedade certos tiques e tipos da sociedade portuguesa até meados do século passado numa cidade de província (Águeda).
Além do mais, tem ironia e humor qb, lê-se de uma penada (é pequenino) e custa uma miséria (vi anteontem na Festa do Livro, no Palácio de Cristal por menos de 3 euros, salvo erro, perdão salvo euro.
A edição que li há uns anos tinha umas gralhitas sem importância que já devem ter sido corrigidas.
Podem arriscar com confiança. É um valor seguro.
Rainha da noite
Esta é para o Labrosca não ficar calado por causa do meu comentário verrinoso: pode ser ouvida por exemplo por Gruberova, Dessay, Sutherland e Sumi Jo (rainha da afinação) que bem trouxeste ao nosso convívio. Aqui fica uma versão ao vivo. Atenção, ouvir bem alto:
Aviso importante!
Não posso deixar de chamar a atenção dos nossos leitores para o post anterior "Ave Maria" publicado pelo Labrosca. A interpretação de Sumi Jo é das coisas mais maravilhososas a que já assisti. Deixo este aviso para o caso de, no meio de tanta publicação, se cometer o erro fatal de não a ouvir com a devida atenção. É simplesmente a beleza em estado puro!
Parabéns amigo!
Parabéns amigo!
Subscrever:
Mensagens (Atom)